Salman
Rushdie, cujo livro “Os Versos Satânicos” provocou intensas manifestações de
protestos de muçulmanos em 1989, publicou uma nota sobre o ataque à revista
satírica Charlie Hebdo. Sua declaração:
“Religião, uma
forma medieval de irracionalidade, quando combinada com armamento moderno
torna-se uma real ameaça à nossa liberdade. O totalitarismo religioso causou
uma mutação letal no coração do Islã, e hoje vemos as consequências trágicas
disso em Paris. Eu estou com a Charlie Hebdo, como todos nós devemos estar,
para defender a arte da sátira, que sempre foi uma força para a liberdade e
contra a tirania, a desonestidade e a estupidez. ‘Respeito pela religião’
tornou-se um código que significa “medo de religião.” Religiões, como todas as
outras ideias, merecem crítica, sátira e, sim, nosso destemido desrespeito.”
Rushdie é ateu, então não é possível que tenha outra visão sobre religião, da qual eu discordo. Ainda assim, sua crítica do totalitarismo religioso é verdadeira, seja ele islâmico ou não.
ResponderExcluirLembrando que não existe escritor vivo mais perseguido do que ele, tanto pelos versos Satânicos, quanto Os Filhos da Meia Noite, livros que moldam a literatura contemporânea.
No DCN
ResponderExcluir"A diferença entre o crente e o ateu é que enquanto um fantasia o outro pensa"
No DCM
ResponderExcluir"Então não estou vendo diferença mais: assim como o mais estreito dos religiosos, você acha que é especialmente iluminado e dotado em relação aos demais simplesmente porque calhou de pensar do jeito X e não do Y sobre uma das várias questões que abarcam a mente duma pessoa, ainda por cima uma questão totalmente sujeita à opinião, visto que não tem demonstrabilidade científica (pois é, tem religioso que pensa bem mais que ateu, até porque alguns ateus curiosamente atribuem status quase divino ao método científico, mas não, meus caros, é só um método, e não a panaceia onisciente salvadora da humanidade, tá bom?)."