O senador Randolfe Rodrigues
(Psol-AP), candidato à presidência do Senado, afirmou que o rival e favorito ao
posto, Renan Calheiros (PMDB-AL), trabalhou para que a CPI do Cachoeira
terminasse em "pizza" em troca de promessas de votos na eleição da
próxima sexta-feira. A comissão de inquérito terminou em dezembro sem indiciar
ninguém por envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, condenado por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de
dinheiro. "A rejeição do relatório foi uma obra montada nos bastidores do
Congresso na madrugada que antecedeu a votação com a operação direta do senador
Renan Calheiros", afirmou Randolfe ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o senador amapaense, um dos
políticos que seriam indicados pelo relator Odair Cunha (PT-MG) por
envolvimento no esquema era o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Na
semana passada, a Procuradoria Geral da República enviou ao Supremo Tribunal
Federal uma denúncia contra Renan por suspeita de apresentação de notas frias
para comprovar renda. "Não considero de bom tom para nossa democracia
eleger alguém que está denunciado pela PGR", disse o senador do Psol.
"Eu não queria estar na pele dos senadores que já fecharam com Renan (na
disputa)", afirmou Randolfe. Renan Calheiros afirmou que não iria comentar
o assunto, já que sua candidatura ainda não está confirmada pelo partido:
"como líder (do PMDB), preciso unir a base. Se me colocar como candidato,
vou acabar dividindo".
Terra
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