A decisão sobre a convocação de sessão do
Congresso Nacional na próxima semana para votar os vetos ao projeto dos royalties foi
adiada para hoje (14). A presidenta em exercício do Congresso, deputada Rose
de Freitas (PMDB-ES), chegou a ir ao Palácio do Planalto conversar com o
presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), que está no exercício
da Presidência da República, sobre a convocação da sessão, mas por mudanças na
agenda de Sarney, o encontro ficou para amanhã pela manhã.
Rose de Freitas disse, antes de ir ao
Planalto, que iria pedir a Sarney que não convoque a sessão do Congresso para a
semana que vem para permitir a busca de um entendimento sobre a votação dos
vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que trata da redistribuição
dos royalties do petróleo. Rose defende que a votação só ocorra no
próximo ano. Ela disse que não vai convocar a sessão e espera que o presidente
Sarney, que reassume a presidência do Congresso neste final de semana, também
não convoque o Congresso para apreciar os vetos neste ano.
“Não vou convocar a sessão para se tentar
um diálogo. O melhor é deixar a votação para o ano que vem e até lá ganharmos
um tempo para negociar. Na minha cabeça, esse assunto tem que ficar para o
próximo ano”, disse a deputada.
Em relação aos questionamentos dos
parlamentares do Rio de Janeiro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para
anular a sessão de ontem (12), que aprovou o requerimento de urgência para a
apreciação dos vetos, Rose de Freitas disse que a sessão ocorreu “estritamente”
seguindo as normas constitucionais e regimentais do Congresso. “Recorremos aos
regimentos do Congresso, do Senado e finalmente o da Câmara, que trata da
votação de requerimentos de urgência. A sessão não foi inconstitucional e o STF
vai dizer isso”, disse Rose de Freitas.
Em função da polêmica sobre a votação dos
vetos dos royalties do petróleo, foi adiada a reunião de instalação
da comissão mista do Congresso criada para analisar a Medida Provisória 592,
que determina novas regras de distribuição dos royalties e da
participação especial e disciplina a destinação dos recursos do Fundo Social.
Na reunião deveriam ser eleitos o presidente, o vice e designado o relator da
MP. Agência Brasil
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