O
presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Anderson
Silvestrini afirmou nesta segunda-feira (01), que o diagnóstico precoce do
câncer de mama pode contribuir para reduzir entre 90% e 95% o risco de morte
pela doença. Quando o câncer de mama é detectado tardiamente as chances de
sobrevivência das mulheres é de apenas 30%, disse.
Silvestrini
participou na tarde desta segunda-feira, 1, da cerimônia presidida pelo
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pela abertura das comemorações do “Outubro
Rosa”, em que várias atividades aqui no país vão marcar a campanha
internacional de mobilização e de conscientização para a detecção precoce do ao
câncer de mama. Para o presidente da SBOC, os números de incidência da doença
em todo o mundo são alarmantes. Do total de 12 milhões de novos casos de câncer
previstos em 2012 cerca de 1,3 milhões serão de câncer de mama. “Só no Brasil
serão cerca de 50.000 casos novos em 2012”, afirmou ele.
Para
Silvestrini a conscientização da população à respeito da importância de exames
periódicos é primordial para redução do número de óbitos pela doença. “Daí a
importância que adquire a iniciativa de realização do chamado Outubro Rosa,
quando diversas entidades ligadas à saúde, movimentos de mulheres e o próprio
Ministério da Saúde estão engajados”, enfatizou.
O
presidente da SBOC reconheceu que o tratamento oncológico no país tem melhorado
a cada dia. Para ele, cada vez mais pacientes são incluídos e várias
iniciativas do governo estão ajudando a melhorar as estatísticas. Dentre essas
inciativas ele citou o combate ao tabagismo, o programa para controle de
doenças crônicas não transmissíveis, o projeto de expansão da radioterapia no
Brasil, podendo ser um dos poucos países do mundo a produzir aparelhos.
Outra
iniciativa que ele considerou de “primordial” foi a publicação da portaria de
inclusão do trastuzumabe pelo Sistema Único de Saúde, que segundo ele é droga
importantíssima no tratamento do câncer de mama localizado e avançado. Mas ele
salientou que a SBOC “aguarda com ansiedade a definição do tempo de utilização
da droga”.
É que
existe uma tendência de o Ministério da Saúde em adotar o produto para uso de
apenas três meses, mas os protocolos internacionais sobre o medicamento
recomendam o tratamento pelo prazo de um ano para que os resultados sejam
efetivos, explicou.
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