quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Defesa de José Dirceu vai contestar voto do relator do mensalão com relação à condenação por corrupção ativa


O advogado do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, reafirmou  ao final da trigésima primeira seção de julgamento da Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão, que não há provas contra seu cliente. Dirceu foi condenado nesta quarta-feira pelo ministro-relator Joaquim Barbosa por corrupção ativa.

“Quero ratificar, mais uma vez, que tenho confiança na absolvição do meu cliente. As provas da Ação Penal 470 demonstram, no nosso entender, a total improcedência das acusações levantadas pelo Ministério Público”, argumentou.
Lima disse ainda que vai apresentar na sexta-feira (5) memorial aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga a ação. “Vou colocar todos os pontos que a defesa apresentou desde o início e também rebater alguns dados relativos ao voto do ministro relator, Joaquim Barbosa”.

Ao condenar Dirceu, Barbosa levou em conta a tese da denúncia, que acusou o ex-ministro de cooptar e distribuir dinheiro a partidos da base aliada ao governo entre 2003 e 2004, no esquema de compra de apoio político.“Nenhuma das teses que a defesa tentou construir para afastar a culpa de Dirceu são verossímeis no contexto evidenciado na ação penal. Ele exerceu controle dos atos executórios, do qual se ocupou na negociação dos recursos empregados e reuniões com líderes parlamentares escolhidos para receber vantagem indevida”, avaliou o advogado.

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