Pepe Mujica em seu fusca. O
'presidente mais pobre' do mundo ainda doa 90% do seu salário
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Pepe
recebe 12.500 dólares mensais por seu trabalho à frente do país, mas doa 90% de
seu salário, ou seja, vive com 1.250 dólares ou 2.538 reais ou ainda 25.824
pesos uruguaios. O restante do dinheiro é distribuído entre pequenas empresas e
ONGs que trabalham com habitação.
“Este dinheiro me basta, e tem que bastar
porque há outros uruguaios que vivem com menos”, diz o presidente.
Aos
77 anos, Mujica vive de forma simples, usando as mesmas roupas e desfrutando a
companhia dos mesmos amigos de antes de chegar ao poder.
Além
de sua casa, seu único patrimônio é um velho Volkswagen cor celeste avaliado em
pouco mais de mil dólares. Como transporte oficial, usa apenas um Chevrolet
Corsa. Sua esposa, a senadora Lucía Topolansky também doa a maior parte de seus rendimentos
Presidente mais pobre do mundo faz graves denúncias sobre
Golpe no Paraguai
Jose Mujica, presidente do Uruguai e
Fernando Lugo, presidente eleito do Paraguai.
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O tom
das acusações e os elementos apresentados dão cada vez mais valor à denúncia do
presidente Mujica sobre a vinculação do famoso narcocoloradismo com o golpe
contra Lugo que, concretamente, não é condenado pelos EUA
Em
suas declarações, que causaram um grande impacto no setor político paraguaio,
Mujica assinalou que o “narcocoloradismo” foi o autor da conspiração para
materializar o golpe parlamentar destinado a tirar o chefe de Estado eleito
pela população de seu cargo.
Isso
se converteu no sinal para que, em meio a violenta disputa pela candidatura
presidencial para as eleições de 2013, na qual o partido está envolvido, todas
os olhares se dirigissem para um dos candidatos presidenciais, o opulento
empresário Horacio Cartes.
Já o
presidente Lugo havia assinalado que Cartes foi o principal organizador do
golpe ao realizar um pacto com o então vice-presidente da República, Federico
Franco, dirigente do Partido Liberal, que ocuparia a presidência da República
até as próximas eleições em troca de apoiar seu plano.
A
direção dos colorados, da qual fazem parte outros dois candidatos, Lilian
Samaniego e Ivier Zacarías, exigiu publicamente de Cartes uma declaração na
qual esclareça publicamente suas relações com o narcotráfico e com a lavagem de
dinheiro.
O
pedido de Samaniego e Zacarías, além de fazer parte da luta interna na entidade
pela candidatura presidencial, baseou-se em elementos públicos sobre a conduta
de Cartes que, imediatamente, voltaram a sair à luz nos debates realizados
pelos representantes das duas partes nos meios de comunicação.
Segundo
esses dados apresentados pelos adversários de Cartes, este esteve foragido da
justiça durante quatro anos acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas,
até que se entregou na década dos 90, foi condenado em várias instâncias, mas
surpreendentemente seu caso foi depois arquivado.
Foi
acusado também, disseram seus colegas de partido, de tráfico de cigarros e
drogas, enquanto um telegrama difundido pelo Wikileaks o situou sob a mira de
agências antidrogas pelo mesmo delito de facilitar através de seu banco Amambay
a lavagem de dinheiro.
A
polêmica no interior do Partido Colorado subiu de tom nos últimos dias enquanto
acerca-se a data estabelecida pelo Tribunal de Justiça Eleitoral para a
apresentação oficial da lista de candidatos para as próximas eleições.
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