Os réus do PTB e do PMDB já foram condenados pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do processo
Jefferson é acusado de ter recebido R$ 4 milhões do esquema montado por Marcos Valério |
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, abriu há pouco a 28ª reunião de julgamento do processo do mensalão. O ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação, deve terminar a leitura de seu voto nesta quarta-feira decidindo sobre os réus do PTB e do PMDB quanto ao envolvimento em corrupção.
Entre os acusados que estão sendo julgados estão o delator do esquema, o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o ex-líder do PMDB na Câmara dos Deputados José Borba. Jefferson é acusado de ter recebido R$ 4 milhões do esquema montado por Marcos Valério. O repasse, segundo o Ministério Público, tinha por objetivo favorecer o governo Lula nas votações da Câmara.
Os réus do PTB e do PMDB já foram condenados pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do processo. O ministro adiou o voto sobre a cúpula do PT, o que inclui a decisão sobre ex-presidente do partido, José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como chefe do esquema.
Na última sessão, Lewandowski condenou o ex-presidente do PL e deputado federal atualmente pelo PR Valdemar Costa Neto (SP) e o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas (PR) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O revisor ainda condenou o ex-parlamentar Bispo Rodrigues (PL) por corrupção passiva e o absolveu de lavagem de dinheiro, além de ter julgado improcedente a denúncia contra o ex-assessor do PL, Antônio Lamas.
Quanto aos réus do PP, O ex-deputado Pedro Henry foi absolvido de todos os crimes, enquanto o ex-deputado Pedro Corrêa foi absolvido de lavagem de dinheiro e condenado por formação de quadrilha e corrupção passiva - mesma situação do ex-assessor João Cláudio Genu.
Breno Fischberg, empresário da Bônus Banval, foi absolvido de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo relator, enquanto seu sócio, Enivaldo Quadrado, foi condenado por ambos os crimes.
Após o término da leitura do revisor, a ministra Rosa Weber será a próxima a iniciar a votação. Em seguida, é a vez de Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e, por último, Ayres Britto.
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