Suspeito
diz que atualização em rede social levou a crime, no ES
Dançarina também trabalhava como modelo fotográfica no Espírito Santo (Foto: Arquivo familiar) |
Dançarina
foi morta na última sexta-feira (21), em Cariacica.
Homem está detido no Centro de Triagem de Viana, na Grande Vitória.
Em novo depoimento na Delegacia de
Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), em Vitória, nesta terça-feira (25), o
caminhoneiro David Correia, que confessou ter matado a tiros a dançarina
Alini Gama, disse que resolveu procurar a vítima quando leu na página de uma
rede social de Alini que ela havia começado a trabalhar como dançarina da banda
de forró na vaga almejada pela namorada do criminoso, segundo a Polícia Civil.
Além disso, ele novamente confirmou que agiu sozinho e que a namorada não tinha
conhecimento sobre a situação. A jovem foi morta em Cariacica, na região Metropolitana
do Espírito Santo, na última sexta-feira (21). O suspeito está preso no Centro
de Triagem de Viana, na mesma região.
David disse que achou um abuso Alini
ter declarado na rede social que havia conseguido o emprego, sendo que nada
estava confirmado ainda, de acordo com o suspeito. Mesmo assim, ele alegou não
ter procurado a vítima com a intenção de matá-la, mas apenas para dar um susto.
"É tipo um abuso. Era tudo um
teste para todo mundo. Fiquei meio revoltado perante a situação. Mas eu não
queria matar. Só queria assustar. Falei para ela desistir da viagem e ela riu
da minha cara. Vou pagar pelo meu erro, porque eu estraguei a minha vida, a
vida dessa moça", declarou. David ainda disse que a namorada, Adayane
Matias, não sabia do ocorrido e nem da declaração de Alini na internet, mas
confirmou que ela estava ansiosa pelo resultado da seleção e que não conseguia
nem comer direito.
No final desta tarde, o rapaz que
dançou com Adayane Matias na banda de forró também prestou depoimento. "Na
sexta-feira, eles ligaram falando que não era possível e que iriam fazer testes
com outros dançarinos. Se fosse o caso de eles nos chamarem novamente, eles
fariam o contato", disse.
A polícia vai ouvir integrantes da
banda, com depoimentos do vocalista e do empresário marcados para esta
quarta-feira (26). "O depoimento de amanhã é que vai dar uma diretriz de
quem tinha, realmente, autonomia para contratar. Se essa pessoa que tinha
autonomia, que talvez seja o dono da banda, já havia descartado a possibilidade
e se alguém, de forma indevida, alimentou essa esperança nela e acabou criando
essa animosidade, que fez com que ele cometesse esse crime", explicou.
Alini Gama foi morta a tiros na sexta-feira (21), em Cariacica. (Foto: Reprodução/TV Gazeta) |
O
crime
De acordo com a polícia, Alini foi
morta em uma emboscada, por volta das 9h de sexta-feira, no pátio de um hotel
em Campo Grande Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para
tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por
telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com
a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.
Ainda segundo Adroaldo Lopes, ao
chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi
morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que
foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular
no mesmo município, mas não resistiu e morreu.
A
família
Parentes da dançarina ficaram abalados
com a morte da jovem. “Nunca imaginava que minha sobrinha tivesse morrido por
um motivo tão banal. Não é possível que perder uma oportunidade de trabalho
seja motivo para matar alguém. Se a moça não tinha competência para conseguir o
contrato naquele momento, que se levantasse e buscasse a vitória. Minha
sobrinha não estava tirando nada de ninguém, estava apenas conquistando o
espaço dela”, desabafou a tia, Rosa Gama, de 51 anos.
Polícia pede prisão de namorada de
suspeito por morte de dançarina
O delegado Adroaldo Lopes, titular da
Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) de Vitória, pediu a prisão
da dançarina Adayane Matias e do parceiro de dança dela, Juliemerson Bastos, na
tarde desta quarta-feira (26), pelo assassinato da dançarina Alini Gama na
última sexta-feira (21). A namorada do caminhoneiro David Correia, já preso
após confessar ter executado a dançarina Alini Gama, foi chamada para prestar
novo depoimento e, para o delegado, Adayane e Juliemerson ajudaram a planejar o
homicídio.
Adroaldo Lopes explicou que o trio
planejou matar Alini para que Adayane ficasse com a vaga dela em uma banda de
forró. "O juiz acabou de decretar a prisão da Adayane e do dançarino,
amigo dela, que inclusive acabou de ser preso e está sendo encaminhado para a
delegacia", explicou o delegado nesta tarde.
Na terça-feira (25), David Correia
prestou depoimento e revelou que resolveu procurar a vítima quando leu na
página de uma rede social de Alini que ela havia começado a trabalhar como
dançarina da banda, na vaga almejada pela namorada.
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