"Ao
contrário do que o PSDB está fazendo, indo para o ataque pessoal, nós estamos
fazendo um debate político com o candidato do PRB", disse o petista sobre
Russomanno
Por Julia Duailibi
De olho no eleitorado do candidato Celso Russomanno (PRB), o candidato
do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou hoje que a
proposta do adversário de criar tarifa de ônibus proporcional à distância
percorrida vai "aumentar o desemprego na periferia". Nos últimos
dias, a campanha do PT tem intensificado os ataques ao PRB com o objetivo de
atrair eleitores simpáticos ao PT, mas que estão apoiando Russomanno, líder nas
pesquisas de intenção de voto na capital paulista. Questionado sobre os
ataques, Haddad disse que não eram pessoais.
Indagado
sobre os ataques a Russomanno e o impacto na relação do PRB, partido da base da
presidente Dilma Rousseff, com o governo federal, Haddad disse que ao
"contrário do que o PSDB está fazendo, indo para o ataque pessoal, nós
estamos fazendo um debate político com o candidato do PRB".
Haddad
também criticou o candidato do PSDB, José Serra, com quem disputa uma vaga no
segundo turno das eleições paulistanas. O candidato petista afirmou que o
tucano "recusa" parcerias com o governo federal. "Tem um candidato
que não tem programa, e o outro recusa a parceria federal. Diz que só vai fazer
com o governo do Estado. Não é razoável. Nós temos na região metropolitana mais
de 21 milhões de brasileiros", disse o petista em referência a Russomanno
e a Serra, respectivamente.
Haddad
rebateu as acusações feitas ontem por Serra de que ele teria sido um ministro
da Educação "medíocre". "É do estilo dele. Eu queria que
dissesse o que ele acha então da administração Kassab. Uma pessoa que defende a
administração do Kassab não pode me elogiar porque ele tem uma forma de
avaliação diferente da minha e da população também. A população reprova a
administração Kassab", afirmou o petista, citando pesquisa feita após sua
saída do ministério, segundo a qual a área da educação seria uma das mais bem
avaliadas na gestão Dilma.
O
petista criticou, então, o vice de Serra, Alexandre Schneider (PSD). "O
Serra não tem expediente na educação. Ele não conhece os dados da educação no
País, muito menos em São Paulo. Você sabe que um dos poucos secretários de
Educação que não cumpriram as metas do ministério da Educação, que foram
pactuadas e assinadas pelos prefeitos, foi o vice dele? O vice dele fracassou
no cumprimento de metas pactuadas de livre e espontânea vontade com o
ministério da Educação. Quer dizer, não olha para a própria chapa",
declarou, sobre as metas estabelecidas entre São Paulo e o governo federal em
2007.
Marta
A
ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), participaria da carreata com Haddad,
mas não pode esperar pelo candidato, que acabou chegando quase uma hora
atrasado ao compromisso.
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