Renata
Giraldi* - Agência Brasil
Por
23 votos a 3, e com 5 abstenções, representantes de 31 países aprovaram, na
noite passada, uma reunião extraordinária de ministros das Relações Exteriores
na Organização dos Estados Americanos (OEA). Na reunião, prevista para o
próximo dia 24, será discutido o impasse entre o Equador e o Reino Unido,
provocado pela presença do fundador do site Wikileaks, Julian Assange, na
embaixada equatoriana em Londres.
Os
países integrantes da OEA debaterão a questão da inviolabilidade da
Embaixada do Equador no Reino Unido, onde Assange está abrigado há dois meses,
uma vez que autoridades britânicas sinalizaram que pretendem entrar no local.
Nos últimos dias, o assunto dominou o debate político porque aliados apoiam o
Reino Unido no impasse.
O
Reino Unido se recusou a conceder o salvo-conduto, autorização para que Assange
saia do país, e informou que ele será preso se deixar a Embaixada do Equador em
Londres. O Reino Unidos tem um acordo de extradição com a Suécia.
O
presidente do Equador, Rafael Correa, entendeu que a posição do Reino Unido é
uma forma de pressionar e pediu uma resposta urgente na OEA, na Aliança
Bolivariana para as Américas (Alba) e na União de Nações Sul-Americanas
(Unasul). A Alba se reúne hoje (18) e a Unasul, amanhã (20), em Guayaquil, no
Equador.
Pela Convenção
de Viena, de 1961, que se refere aos tratados internacionais, uma representação
diplomática é inviolável. A determinação é clara no Parágrafo 1º do Artigo 22.
A exceção é se o chefe da representação autorizar a entrada dos agentes
estrangeiros no local.
*Com
informações da BBC Brasil
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