Advogados de
ex-deputados federais pelo PT e titular dos Transportes na época do escândalo
vão sustentar que valores recebidos eram para pagar dívidas de campanha
No penúltimo dia
dedicado a defesa dos réus do mensalão, advogados de três ex-deputados federais
pelo PT, de um ex-ministro e de uma assessora parlamentar vão falar aos
ministros do Supremo Tribunal Federal.
Entre os deputados
petistas estão o Professor Luizinho (SP), acusado de ter recebido R$ 20 mil do
esquema para votar favoravelmente ao governo. Sua defesa sustenta que o
dinheiro foi sacado por um assessor sem o seu conhecimento e que o valor foi
repassado ao PT.
O ex-deputado João
Magno (MG) teria recebido R$ 360 mil do esquema. Segundo seu advogado, dinheiro
era para pagar dívidas de campanha. Por fim, a defesa de Paulo Rocha (BA),
acusado de receber R$ 820 mil, também vai sustentar que dinheiro era usado
para quitar dívidas de campanha. A sua assessora parlamentar na época,
Anita Leocádia, também foi acusada de envolvimento por ter sacado R$ 620 mil
pelo esquema. De acordo com seu advogado, no entanto, Anita apenas cumpriu ordens.
O último réu a
apresentar defesa será o ex-ministro dos Transportes (PL, atual PR) Anderson
Adauto, atual prefeito de Uberaba (MG). Segundo a acusação, ele recebeu R$ 950
mil e ajudou a montar o esquema de compra de apoio político no PTB. O ex-ministro
nega participação no esquema e afirma que o valor foi usado para pagar dívidas
de campanha.
Votos. Após a
defesa desta terça, restarão apenas três réus, que serão ouvidos nesta
quarta-feira, 15. Começam em seguida a leitura dos votos dos ministros. O primeiro
será o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa. Com 1 mil
páginas, a leitura do voto pode durar até quatro dias.
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