Nos
EUA, produção da erva no interior de casas e apartamentos consome 1% da
eletricidade do país e gera emissões de CO2 equivalentes ao de três milhões de
carros, diz estudo
Depois
da cidade espanhola de Rasquera, na Catalunha, resolver plantar maconha para
fugir da crise, três estados americanos, Washignton, Oregon e Colorado, vão
levar à votação, em novembro, junto com as eleições presidenciais, uma proposta
de legalização da cannabis sativa para uso recreativo. Mais do que abraçar
argumentos médicos ou científicos, eles defendem que a venda da maconha
(liberada em 14 estados do país para uso medicinal) poderá gerar aos cofres
públicos alguns bilhões de dólares em tributos.
Mas
há uma questão específica que é praticamente esquecida: o impacto ambiental da
produção da maconha no país, como destaca o site Huffington Post. A
reportagem sobre a pegada de carbono da erva cita um estudo independente
divulgado ano passado que mostra que a maconha cultivada nos EUA tem um custo
ao meio ambiente.
A
análise feita pelo pesquisador Evan Mills, especializado em energia e mudanças
climáticas, revela que a produção da erva no interior de casas e apartamentos,
que funcionam como estufas (o chamado cultivo indoor), consome pelo menos
1% de toda a eletricidade do país. Essa demanda de energia custa cerca de 6
bilhões de dólares.
Da
perspectiva dos consumidores individuais, um único cigarro de cannabis
representa 2 quilos de emissões de CO2, um montante igual a deixar uma lâmpada
de 100 watts acesa por 25 horas. Somando a energia consumida mais o transporte
da droga, a produção anual da erva nesse formato geraria emissões de CO2
equivalentes ao emitido por três milhões de carros.
Segundo
o relatório, o cultivo indoor demanda um sistema intensivo de “iluminação,
técnicas específicas de desumidificação para remover o vapor de água,
aquecimento especial durante períodos frios e nublados”. Por isso, há quem
defenda que a legalização da erva permitiria uma maior produção ao ar livre, o
que reduziria a pegada de carbono da droga.
Multiuso
Não
há dúvidas de que o debate sobre liberar ou não a droga vai levantar discussões
acaloradas nos próximos meses. Principalmente se as discussões abordarem não
apenas a vocação terapêutica e medicamentosa da canabis sativa, mas também sua
aplicação em carrocerias de carro e até mesmo a capacidade de produzir
energia. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos,
descobriram que a fibra da Cannabis sativa, conhecida como o cânhamo
industrial, tem propriedades que a tornam viável e atraente como matéria-prima
para a produção de biodiesel.
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