O ex-deputado federal
Pedro Corrêa (PP-PE) será o primeiro parlamentar acusado de envolvimento com o
esquema do mensalão a ter direito à defesa durante julgamento desta
quinta-feira (9), no Supremo Tribunal Federal (STF). Seu advogado, Marcelo Leal
de Lima Oliveira, deve rebater as acusações de formação de quadrilha, corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, feitas pelo Ministério Público Federal (MPF)
contra seu cliente.
O ex-deputado era
presidente do PP na época das denúncias. Ele é acusado de ter participado do
recebimento de R$ 700 mil do empresário Marcos Valério de Souza, por meio do
assessor João Cláudio Genu. O dinheiro teria sido usado para pagamento do advogado
de defesa do ex-deputado Ronivon Santiago, processado por compra de votos na
eleição de 2002.
Em depoimento prestado
à Justiça Federal em Pernambuco, em 2007, Corrêa negou as acusações de
corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. No entanto, ele
admitiu que o PT repassou R$ 700 mil para pagar os honorários do advogado Paulo
Goyaz, que defendeu o deputado federal cassado Ronivon Santiago.
O repasse, segundo
ele, foi autorizado pela Executiva Nacional do PP e recebido pelo ex-deputado
José Janene. Ainda no depoimento, Corrêa disse que o PP não tinha condições de
pagar os honorários do advogado, mas não soube informar por que o PT aceitou
fazer o pagamento, nem a origem dos recursos.
Após as denúncias,
Corrêa teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados em março de 2006.
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