sábado, 28 de abril de 2012

Parlamentares já apresentaram 167 requerimentos à CPMI do Cachoeira

Além de Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres, os parlamentares querem ouvir os governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF), que tiveram os nomes citados em gravações telefônicas.
CPI/ CPMI - CPMI do Cachoeira - Reunião da CPMI do Cachoeira
Arquivo/ Saulo Cruz
Dois dias depois de ser oficialmente instalada, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira já acumula 167 requerimentos apresentados pelos senadores e deputados integrantes do colegiado. São pedidos de documentos sigilosos, convocações de depoentes e solicitações de quebra de sigilos bancários e fiscais.

Acesse a relação completa dos 167 requerimentos apresentados.


Entre os depoimentos solicitados pelos parlamentares estão o do próprio Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Também estão na lista o sócio majoritário da Delta Construções, Fernando Cavendish; o engenheiro Cláudio Abreu, ex-diretor regional da Delta; o contador Geovani Pereira da Silva, apontado como tesoureiro do esquema de Cachoeira; os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); o procurador-geral da República, Roberto Gurgel; e até o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

São muitos também os pedidos de quebra de sigilos bancários e fiscais. Estão no alvo dos parlamentares, além de nomes indicados pela Polícia Federal (PF) com algum tipo de ligação com Cachoeira, a Delta Construções e a Alberto & Pantoja Construções e Transportes Ltda, considerada pela polícia uma empresa de fachada, criada exclusivamente para receber dinheiro “sujo” da Delta.

Até agora, a
CPMI aprovou apenas um requerimento, em sua primeira reunião, na terça-feira (24), com pedido de informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à PF sobre as operações Vegas e Monte Carlo. O STF decidiu, nesta sexta-feira (27), compartilhar os dados do inquérito com a CPMI.

Plano de trabalho

A comissão tem reunião marcada às 14h30 da próxima quarta-feira (2), após o feriado, quando o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), deve apresentar aos colegas um plano de trabalho para as próximas semanas. - Arquivo/ Leonardo Prado

Marco Maia
Marco Maia afirma que a não existência de
sub-relatorias vai facilitar trabalho de relator.
O planejamento pode não agradar a todos, visto que os integrantes da comissão divergem sobre o melhor momento para iniciar as oitivas dos acusados. Os parlamentares pretendem também eleger o vice-presidente do colegiado.

Sub-relatorias

O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta sexta-feira (27) que considera correta a ideia de a CPMI não ter sub-relatorias. Segundo ele, a existência de sub-relatorias dilui o trabalho e há perda de foco. “Não ter sub-relatorias melhora o trabalho do próprio relator.”

Marco Maia, que relatou a CPI da Crise Aérea, acha que o relator deve tratar de todos os assuntos da comissão.


Questionado sobre a legitimidade do relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), por ser do PT, Marco Maia respondeu que o partido tem maioria na casa, mas que o relator não representa um partido e que, portanto, é legítimo. “A composição da Câmara se dá pela representatividade e o mesmo acontece para cada comissão do Congresso.”


O presidente completou que a CPMI não pode existir apenas para o debate e deve produzir o que a sociedade almeja, o esclarecimento do fato. “A CPMI tem que ter foco e necessita de análise técnica, de uma linha condutora nas investigações.”

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