sábado, 28 de abril de 2012

Ministro: Foro privilegiado não deve impedir investigação de CPMI

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta quarta-feira que as investigações das relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados, foco da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada hoje, não sejam paralisadas sob a justificativa de que alguns dos investigados têm foro privilegiado.
Segundo ele, a garantia constitucional não pode dar privilégio a pessoas que têm mandato. “Quem tem garantia constitucional de foro privilegiado deve impedir que determinadas pessoas sejam investigadas sem autorização do Congresso Nacional. Mas se pessoas que têm foro privilegiado surgem no bojo de uma investigação que tem um outro foco, parar a investigação apenas amplia a impunidade no País. Não se pode interpretar garantia constitucional como privilégio para a pessoa que tem mandato". Os comentários foram feitos depois de o ministro participar de audiência pública na Câmara.
Cardozo destacou ainda que o governo disponibilizará todas as informações para que a CPMI possa fazer um bom trabalho na medida em que a comissão aprovar requerimentos para ter acesso aos documentos.
O ministro reforçou que a orientação da presidente Dilma Rousseff é agir independentemente do partido a que está ligado o “autor do malfeito” e não interferir nos trabalhos do Congresso.
Delta
Nesta quarta-feira, a CPMI recebeu do novo presidente da construtora Delta, Carlos Alberto Verdini, uma caixa de documentos cujo teor não foi revelado. A Delta está sob investigação da Polícia Federal por supostos envolvimentos com Carlos Cachoeira e pode ser um dos focos de apurações da CPMI.
Verdini substituiu o ex-presidente da companhia, Fernando Cavendish, que renunciou ao cargo após ter seu nome relacionado com Cachoeira. Em comunicado anexado aos documentos, a empresa informa que foi determinada “uma ampla auditoria para averiguar as práticas da diretoria no Centro-Oeste”.
O ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, foi preso hoje pela Polícia Civil do Distrito Federal e já havia sido afastado do cargo após divulgação de escutas telefônicas da PF em que ele aparece em negociações com o esquema de Cachoeira.

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Dag Vulpi

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