Durante almoço ontem (25) com a presença de 18 governadores, o
presidente da República, Michel Temer, disse que não há mais motivos para não
aprovar a reforma da Previdência depois das alterações feitas pelo relator,
deputado Arthur Maia (PSB-BA), ao texto original. O encontro, realizado na casa
do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), serviu para angariar apoio para
a aprovação da proposta.
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“O
relator [deputado Arthur Maia] percorreu todas as bancadas, ouviu as
observações todas. Eu disse: 'olha, pode negociar, porque a linha mestra da
reforma é exatamente a questão da idade'. Ele foi, negociou e amenizou
enormemente aquele projeto inaugural. Então não há mais razão, penso eu, para
que se diga que não se deva aprovar a reforma da Previdência”, afirmou Temer.
O
presidente iniciou sua fala dizendo que aquele encontro não era para pedir
apoio aos governadores para aprovar a reforma, mas sim explicar como foram as
negociações até aquele momento. Mas, ao final do discurso, Temer já falava em
precisar muito do apoio dos chefes dos Executivos estaduais.
“Queremos dizer que precisamos muito desse
apoio. Eu sei que os senhores têm a compreensão porque são governadores, têm as
dificuldades, as mesmas que temos aqui na área federal. Enfrentamos
dificuldades diárias no nosso governo. Mas nós podemos, juntos, fazer a
reconstrução do país, independentemente de posições políticas e partidárias.
Isso não está em conta.”.
Temer
voltou a citar a urgência da reforma, em um discurso que é amplamente
reproduzido pela equipe de ministros e por deputados da base. A máxima é que a
não aprovação da reforma agora vai obrigar o país a fazer sacrifícios maiores
depois. “O que é preciso é a compreensão
de que temos um problema sério no país e precisamos solucioná-lo agora. Se não
solucionarmos agora, teremos que fazê-lo muito mais vigorosamente e com mais
sacrifícios talvez daqui três, no máximo quatro anos. O momento é de fazer
essas reformas”, disse Temer.
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