A
comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16,
que trata da reforma da Previdência, discute neste momento o parecer do
relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA). A reunião começou pouco depois das 15h
com protestos de parlamentares da oposição e de servidores públicos contrários
à reforma.
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O
texto apresentado preservou o teor da proposta do governo, mas flexibilizou
alguns pontos, como o que estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e 62
anos para mulheres para aposentadoria. Além disso, eleva o tempo mínimo de contribuição
de 15 anos para 25 anos. Maia fez uma série de alterações após críticas e
reivindicações de deputados da oposição e da base governista. Confira aqui as alterações.
Um
acordo fechado com a oposição possibilitou a realização de três reuniões para a
discussão do parecer de Maia sem que houvesse obstrução. A expectativa é que o
texto seja votado no colegiado na próxima semana e, depois, no plenário da
Câmara.
Até
o momento, 10 deputados se revezaram nos debates. A maior parte dos inscritos é
da oposição, que tem feito críticas duras ao texto apresentado pelo governo no
final do ano passado. O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) questionou a legitimidade
do governo para propor mudanças amplas na seguridade social. "Nenhum
candidato a presidente ou a deputado defendeu esta reforma nas suas campanhas.
Isso é uma rasteira no eleitor."
Segundo
Luiz Sérgio, o governo poderia ter proposto outras medidas para equilibrar as
contas da Previdência, entre as quais mudanças na contribuição previdenciária
para taxar mais empresas que lucram muito e têm poucos empregados.
Pela
base aliada, Bilac Pinto (PR-MG) defendeu a proposta do governo. De acordo como
deputado, se não houver alterações na Previdência, o sistema pode entrar em
colapso em poucos anos, levando os governantes a adotar medidas mais drásticas
como as que ocorreram em outros países, como a Grécia.
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