terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Presentão de Natal: presos do caso de corrupção do Iases serão libertados nesta terça-feira (18)


Às vésperas das festas de fim de ano, os presos envolvidos no esquema de corrupção no Instituto Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) ganharam um presentão de Natal: serão libertados nesta terça-feira (18). Os alvarás de soltura já foram expedidos. Entre os detidos estão a ex-diretora presidente do Iases, Silvana Galina, o ex-diretor da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), Gerardo Mondragón e a ex-diretora financeira do Iases, Danielle Merisio Fernandes Alexandre. Ao todo, treze pessoas foram presas durante a operação, deflagrada em 17 de agosto deste ano. Estima-se que o rombo aos cofres públicos chegue a R$ 30 milhões.

Segundo informações do juiz Ivan Costa Freitas, titular da 8ª Vara Criminal de Vitória, onde tramita o processo originado com a Operação Pixote, os alvarás de soltura fazem parte do processo, já que todos os trâmites legais em relação aos acusados já foram realizados e atendeu a todas as exigências do Ministério Público Estadual (MPES).

O processo segue em segredo de Justiça e busca informações cruciais como, por exemplo, saber a origem e o destino real dos milhões que foram desviados. Para isso já houve até a quebra de sigilo fiscal dos envolvidos, que agora acompanham o desenrolar das investigações em liberdade.


A operação

A Operação Pixote foi realizada por uma força-tarefa em 17 de agosto de 2012, comandada pelo delegado Rodolfo Laterza, do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (NUROC). As investigações deram inicio após o Estado ter sido notificado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos na Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre violações de Direitos Humanos no Iases.

No dia 25 de setembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Promotoria de Justiça de Vitória protocolaram ação de improbidade administrativa, em face de 21 requeridos envolvidos com irregularidades no IASES.

O MPES denunciou o ex-secretário de Justiça (Sejus), Ângelo Roncalli, que pediu exoneração do cargo no dia 17 de setembro. A ele foi atribuído participação em desvios e irregularidades praticados no Iases. Já o defensor público Severino Ramos da Silva é suspeito de insuflar rebeliões de menores em unidades não administradas pela Acadis.

A perícia técnica inicial, com base nos documentos apreendidos, apontou superfaturamento em contratações e gastos supérfluos, não condizentes às necessidades dos assistidos do Instituto. Ou seja, o dinheiro público chegou a patrocinar viagens para lugares turísticos, com a aquisição de passagens aéreas; bancou também sessão de filmes em cinemas e aulas de Pilates, compra de refeições que não foram entregues, compras de skates e outras irregularidades.


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Dag Vulpi

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