Às vésperas das festas de fim de
ano, os presos envolvidos no esquema de corrupção no Instituto Socioeducativo
do Espírito Santo (Iases) ganharam um presentão de Natal: serão libertados
nesta terça-feira (18). Os alvarás de soltura já foram expedidos. Entre os
detidos estão a ex-diretora presidente do Iases, Silvana Galina, o ex-diretor
da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), Gerardo
Mondragón e a ex-diretora financeira do Iases, Danielle Merisio Fernandes Alexandre.
Ao todo, treze pessoas foram presas durante a operação, deflagrada em 17 de
agosto deste ano. Estima-se que o rombo aos cofres públicos chegue a R$ 30
milhões.
Segundo informações do juiz Ivan
Costa Freitas, titular da 8ª Vara Criminal de Vitória, onde tramita o processo
originado com a Operação Pixote, os alvarás de soltura fazem parte do processo,
já que todos os trâmites legais em relação aos acusados já foram realizados e
atendeu a todas as exigências do Ministério Público Estadual (MPES).
O processo segue em segredo de
Justiça e busca informações cruciais como, por exemplo, saber a origem e o
destino real dos milhões que foram desviados. Para isso já houve até a quebra
de sigilo fiscal dos envolvidos, que agora acompanham o desenrolar das investigações
em liberdade.
A operação
A Operação Pixote foi realizada por uma força-tarefa em 17 de agosto de 2012,
comandada pelo delegado Rodolfo Laterza, do Núcleo de Repressão às Organizações
Criminosas (NUROC). As investigações deram inicio após o Estado ter sido
notificado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos na Organização dos
Estados Americanos (OEA), sobre violações de Direitos Humanos no Iases.
No dia 25 de setembro deste ano, o
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Promotoria
de Justiça de Vitória protocolaram ação de improbidade administrativa, em face
de 21 requeridos envolvidos com irregularidades no IASES.
O MPES denunciou o ex-secretário de
Justiça (Sejus), Ângelo Roncalli, que pediu exoneração do cargo no dia 17 de
setembro. A ele foi atribuído participação em desvios e irregularidades
praticados no Iases. Já o defensor público Severino Ramos da Silva é suspeito
de insuflar rebeliões de menores em unidades não administradas pela Acadis.
A perícia técnica inicial, com base
nos documentos apreendidos, apontou superfaturamento em contratações e gastos
supérfluos, não condizentes às necessidades dos assistidos do Instituto. Ou
seja, o dinheiro público chegou a patrocinar viagens para lugares turísticos,
com a aquisição de passagens aéreas; bancou também sessão de filmes em cinemas
e aulas de Pilates, compra de refeições que não foram entregues, compras de
skates e outras irregularidades.
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Dag Vulpi