sábado, 21 de novembro de 2015

Lama de barragem rompida atingirá litoral do Espírito Santo a partir desta noite


A onda de lama de rejeitos minerais que se formou após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, no último dia 5,  deve chegar ao litoral do Espírito Santo a partir da noite de hoje (21) até a madrugada de amanhã (22), segundo informações da Defesa Civil e da mineradora. Devido ao período seco, um banco de areia formou-se e está impedindo a chegada da lama ao mar.

Máquinas da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, trabalham para desobstruir o caminho até o litoral no vilarejo de Regência, próximo à cidade de Linhares. A avaliação é que, caso a lama se dilua no mar, os danos serão menores do que se permanecer represada.

Em uma tentativa de salvar a vegetação na foz [ponto de desaguamento no mar] do rio Doce, a Samarco instalou bóias de contenção às margens. No entanto, não há certeza sobre a efetividade das bóias, já que tradicionalmente elas são usadas na contenção de vazamentos de óleo.

O trajeto da lama de rejeitos pelo rio Doce interrompeu o abastecimento de água em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. A situação mobilizou pessoas de vários pontos do país, que arrecadaram água potável para enviar para a região. Amanhã (22), durante o jogo de futebol entre Fluminense e Avaí, na cidade capixaba de Cariacica, haverá mais um esforço de arrecadação.

Os torcedores que doarem dois litros de água mineral nas entradas do estádio terão direito a pagar metade do valor dos ingressos. A campanha está sendo organizada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES).

*Com informações de Bruno Faustino, da TV Educativa-ES, em colaboração para a TV Brasil

Estado Islâmico ameaça realizar novos atentados na França


Em um vídeo divulgado na internet, o grupo extremista Estado Islâmico voltou hoje (21) a ameaçar a Europa, especialmente a França, com a realização de novos atentados, como os que ocorreram em 13 de novembro, em Paris, e custaram a morte de 130 pessoas, além de mais de 350 feridos.

O vídeo mostra uma cena em que a Torre Eiffel, um dos maiores símbolos franceses, e principalmente da capital, Paris, aparece caída, segundo um grupo de monitoramento de ameaças terrorista intitulado Site.

Na gravação, aparecem ainda dois extremista do Estado Islâmico, aparentemente de origem francesa, na província síria de Alepo – um dos redutos do grupo – elogiando os ataques a Paris e incitando os muçulmanos da França e do mundo inteiro a praticar atos semelhantes.

Nos ataques de 13 de novembro, em pontos diferentes de Paris, os extremistas abriram com fuzis num restaurante onde centenas de pessoas estavam, detonaram três bombas perto do estádio onde a seleção francesa de futebol jogava com a Alemanha e fizeram reféns numa sala de concertos.

Manifestantes contestam ordem verbal para desocupar Esplanada


O grupo de manifestantes que pede a queda do atual governo, com intervenção militar e realização de novas eleições, se mantinha hoje (21), pela manhã, no gramado em frente ao Congresso Nacional. O prazo dado pelo governador Rodrigo Rollemberg para saída expira às 19h, mas eles alegam que o acampamento não recebeu qualquer documento ordenando a saída, e que têm autorização para ficar.

“Nós fomos intimados para cair fora verbalmente. Isso não existe. Nós vamos ficar dentro da lei, vamos sair dentro da lei. Ninguém pode chegar com uma força policial dizendo para sairmos sem um documento”, disse o produtor de audiovisual Mauro Costa. “Se a polícia vier com um documento dizendo que temos que sair de forma legal, sairemos. Não podemos aceitar [a retirada] à força”, completou.

“Estamos aqui com uma ordem verbal dizendo que a gente tem que desocupar a área. E estamos resistindo pacificamente. Já que não tem ofício, eu não vou sair daqui”, disse Elias Sousa. servidor público da Bahia. Elias conta que veio à Brasília visitar a namorada, viu o acampamento há 25 dias atrás e resolveu ficar. “A gente quer, pacificamente, destituir esse governo que não nos representa”.

A assessoria do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, confirmou que não foi entregue nenhum documento exigindo a saída dos manifestantes. O aviso foi dado após o encontro entre Rollemberg e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, na última quinta-feira (19) .

“Como estão em uma área pública, não é necessário um documento como uma reintegração de posse, por exemplo”, explicou a assessoria do governador. A Polícia Militar (PM) enviará o Batalhão de Policiamento de Choque para garantir a saída dos cerca de 70 manifestantes que acampam no local. O efetivo não foi divulgado pela PM. Segundo a polícia e o GDF, no entanto, muitas pessoas já levantaram acampamento e deixaram o local.

“Até aqui estávamos admitindo as manifestações em respeito à liberdade de manifestação. Mas, em função dos conflitos entre grupos que defendem pontos de vistas diferentes e os confrontos que podem ter consequências imprevisíveis, entendemos que é inadequada a permanência dos acampamentos", afirmou Rollemberg, após encontro com Cunha e Calheiros.
Tumulto e agressões

Uma confusão no início da tarde de ontem (18) causou pânico e terminou com a detenção de dois policiais civis no momento em que a Marcha Nacional das Mulheres Negras chegava à Praça dos Três Poderes. Segundo relatos de participantes da marcha, algumas mulheres teriam tentado derrubar um boneco inflável que estava em um acampamento em frente ao gramado do Congresso Nacional.

Um policial civil do Maranhão, que está acampado com o grupo que pede intervenção militar, deu quatro tiros para o alto e se entregou à polícia. De acordo com os manifestantes acampados, os tiros foram disparados para o alto para dispersar um grupo de pessoas que agrediam uma jovem pró-intervenção. “Cinco pessoas agrediam ela. Quando vieram com um facão, ele [o policial civil] puxou a arma e atirou para cima. Ele nos salvou, não feriu ninguém”, disse Mauro.

Além disso, um grupo de mulheres se colocou diante de um carro particular em frente ao Ministério da Justiça. As manifestantes acusavam a motorista de não respeitar o protesto e de invadir uma das faixas destinadas às mulheres.

“A motorista jogou o carro em cima da companheira. Todas essas violências que aconteceram aqui na Esplanada dos Ministérios foi só uma amostra do que acontece no nosso dia a dia”, afirmou Verônica Lourenço, 45 anos, historiadora, educadora e integrante da Rede Sapatá (Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras).

Aviões turcos e norte-americanos apoiam ataque de rebeldes na Síria contra EI


Forças aéreas da Turquia e dos Estados Unidos lançaram uma operação com caça bombardeiros para apoiar grupos rebeldes que combatem na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou hoje (21) a agência turca Anadolu.

Seis caças F-16 turcos e quatro F-15 norte-americanos, assim como um avião de combate AC-130 e três drones, apoiados pelo ar por uma brigada, conseguiram expulsar os jihadistas de duas localidades a nordeste de Alepo, perto da fronteira turca.

Fontes militares citadas pela agência turca estimam que o EI perdeu 70 combatentes na batalha, que se prolongou durante a noite.

A brigada rebelde síria que encabeça o combate contra os jihadistas é conhecida como Divisão Sultan Murad, grupo composto por sírios turcomanos, uma minoria que mantém boas relações com Ancara.

A brigada recebe o apoio da Frente Levante, uma espécie de centro de coordenação de diversos grupos rebeldes de Alepo, na sua maioria islâmicos.

Coruja do dia


O coruja do dia vai para Alex Solink que, num momento de feliz leitura do panorama político que atravessa o Brasil, e para o desagrado de alguns, desmistificou o tropel a cerca do posicionamento do PT diante do deteriorado presidente da câmara dos deputados.

“A corrente dentro do PT que defende o não enfrentamento ao presidente da Câmara "ganha por larga vantagem" daqueles que querem a entrega de Eduardo Cunha aos leões, apesar de receberem em troca um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff; "Mesmo porque, alegam seus porta-vozes, se o governo for derrubado por impeachment a imagem do partido ficará tão ou mais comprometida que com o apoio ao deputado que virou sinônimo de tudo o que há de pior na política brasileira", afirma; para Solnik, o melhor que o PT pode fazer é "ficar na moita esperando Cunha cair de podre"; "Quanto mais ficar preocupada com Cunha menos tempo a oposição vai ter para se preocupar com o impeachment" sentenciou o jornalista.






*Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento janeiro 2016).

Projeto devolve à natureza peixes-boi marinhos ameaçados de extinção


Em seis anos, o Projeto Manati, que monitora o resgate e reabilitação de mamíferos aquáticos no litoral do Ceará, devolveu cinco peixes-boi marinhos à natureza.  Os animais passaram por uma reabilitação em Pernambuco e foram soltos em Alagoas.

De acordo com a bióloga Ana Carolina Meirelles, coordenadora do projeto, o Ceará é o que registra o maior de encalhe dos animais, ameaçados de extinção.

A bióloga explica que os bichos buscam estuários (locais de transição entre um rio e o mar) para o nascimento dos filhotes, por serem áreas mais calmas e protegidas. No entanto, com a degradação do meio ambiente, a maioria dos estuários no Ceará e no noroeste do Rio Grande do Norte está assoreada, muito rasa. Com isso, as fêmeas não conseguem entrar nos estuários e os filhotes nascem em mar aberto. Eles não conseguem acompanhar a mãe, acabando por encalhar. Cada filhote de peixe-boi marinho fica em torno de dois a três anos com a mãe.

Com a ajuda das comunidades costeiras, os biólogos da organização não governamental Aquatis recolhem os peixes-boi encalhados. “A gente faz todo um trabalho de conscientização e de treinamento nas comunidades para eles saberem o que fazer quando encontrarem um animal desse encalhado, porque em geral são filhotes recém-nascidos. O manejo é mais fácil”, disse.

O serviço de resgate funciona 24 horas por dia e conta com equipe de plantão para atendimento dos encalhes. Cerca de 6,8 mil pessoas já foram capacitadas pelo projeto, como estudantes da rede de ensino municipal e estadual, professores e pescadores.

Em 2012, o projeto passou a contar com um centro próprio de reabilitação dos animais no Ceará. Antes, eles eram levados para Pernambuco. “Os animais que encalhavam aqui [Ceará], a gente tinha que mandar para Pernambuco, porque aqui não tinha nenhuma estrutura de reabilitação. A estrutura que a gente tinha era temporária”, disse Ana Carolina Meirelles, acrescentando que o centro foi construído com apoio do Programa Petrobras Socioambiental.

Reabilitação
Mais nove animais da espécie estão em reabilitação no momento, sendo sete no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, no Ceará, e dois em Pernambuco.

O projeto Manati pretende que os animais fiquem quatro anos em reabilitação, uma vez que cada animal reage de uma forma ao processo de desmame e tem que passar por um processo de readaptação ao ambiente natural, conforme Ana Carolina.

Em 2016, deverá ser iniciada a construção do cativeiro em ambiente natural, com estrutura semelhante a um curral de pesca, visando ao processo de reinserção dos dois animais que estão no centro.

No cativeiro, eles aprenderão a conviver com correntes marítimas, marés, ruídos naturais e de embarcações, além de diversos outros fatores que não existem nos tanques de reabilitação. O cativeiro será erguido em uma enseada, no município de Icapuí, litoral leste do Ceará.

O último estudo, feito em 2013, pela Universidade Federal de Pernambuco, em parceria com a Fundação Mamíferos Aquáticos, identificou a existência de uma população de mil peixes-boi marinhos da costa de Alagoas até o Piauí.

No Ceará e no Rio Grande do Norte, a população é estimada em 190 animais.
Apesar do trabalho de preservação desenvolvido por várias organizações, o peixe-boi marinho ainda está ameaçado de extinção no país, “porque a espécie foi quase dizimada no passado, em razão da caça”.

Embora não seja mais caçado no Nordeste, enquanto no Norte do país ainda há uma caça de subsistência, o peixe-boi é uma espécie que demora para se recuperar. A reprodução é lenta. Além disso, tem outros impactos que ameaçam a espécie, entre os quais a destruição do habitat, a captura acidental em redes de pesca e o atropelamento por embarcação.
 

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Dag Vulpi

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