sábado, 7 de novembro de 2015

Acidente de avião russo ocorreu de forma rápida e violenta, confirma caixa-preta


Os testes em uma das caixas-pretas do avião da companhia russa MetroJet que caiu na península egípcia do Sinai confirmaram o caráter “violento e rápido” dos acontecimentos que levaram à queda da aeronave.

A informação foi divulgada hoje (6) em Paris por uma fonte próxima do dossiê que contém os dados das caixas pretas, citada pela agência francesa AFP. A mesma fonte citada pela AFP indicou que os testes feitos nas duas caixas-pretas, cruzados com os dados recolhidos no local do acidente e a experiência dos investigadores, permitem “privilegiar fortemente” a hipótese de que um atentado causou a queda do avião russo.

Segundo os dados fornecidos pela caixa, tecnicamente designada Flight Data Recorder (FDR) e que registra todos os parâmetros técnicos do voo "tudo estava normal, absolutamente normal durante o voo e, de repente, não há mais nada”, indicou a mesma fonte.

“Isto dá a sensação de rapidez, do caráter imediato” dos acontecimentos, informou a fonte, em um momento em que as duas caixas pretas do aparelho, uma que contém os parâmetros do voo e outra que registra as conversas da tripulação, foram analisadas.

O Airbus A321 da companhia Metrojet caiu no sábado no Sinai, após ter descolado da estância balneária egípcia Sharm el-Sheikh com destino à cidade russa de São Petersburgo, deixando 224 mortos.

A descodificação do Flight Data Recorder e do gravador de vozes de cabine (Cockpit Voice Recorder) do aparelho indica que “tudo estava normal”, tanto ao nível dos mecanismos como das conversas, até ao 24.º minuto do voo, referiu a fonte, que pediu anonimato. A partir desse momento, acrescentou a fonte, as duas caixas-pretas do aparelho deixaram de funcionar abruptamente, sendo percetível “uma descompressão explosiva muito repentina”.

A autoria do desastre foi reivindicada pelo grupo radical Estado Islâmico (EI).
As autoridades norte-americanas e britânicas declararam ser possível que um explosivo tenha causado a queda do avião, enquanto o Egito e a Rússia pediram paciência antes de tirar conclusões até que os resultados da investigação sobre o acidente sejam conhecidos.

O jumento da semana


O jumento da semana vai para o deputado paranaense Fernando Francischini.

Ladeado por Eduardo Cunha, Francischini ultrapassou a barreira do decoro e cruzou a linha da estupidez na visita do príncipe Akishino, do Japão, à Câmara. 

O deputado obrigou um estafeta a escrever a seguinte frase numa cartolina:

“We want the impeachment of the (sic) president Dilma Roussef because we hope Brazil becomes as honoured as Japan”.

Diante de Akishino, empunhou o cartaz, como um daqueles sujeitos que vendem ouro no centro da cidade. O homem deu um sorriso sem graça e saiu apressado, de fininho, assustado com os costumes daquele estranho povo.

Não aguentei: tive que falar para o príncipe do Japão que a situação da corrupção no Brasil está imoral”, afirmou Francischini. No Facebook, lamentou: “Se toda essa corrupção fosse no Japão seria diferente. Ah, seria…


Mineradora diz que não sabe as causas do rompimento de barragens em Minas


O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, disse na tarde de hoje (6) que a mineradora ainda não sabe as causas do rompimento das barragens de Fundão e Santarém na tarde dessa quinta-feira (5). Localizadas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, as barragens se romperam, inundando a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração.

“O momento que estamos vivendo agora é de dar atenção às pessoas, cuidar das famílias e transportar as pessoas de Bento Rodrigues para um lugar de maior conforto. Não estamos especulando sobre hipóteses, mas vamos fundo para descobrir o que de fato aconteceu. No momento estamos monitorando a barragem de Germano, que se encontra estável e sem alteração”, disse Vescovi, em entrevista à imprensa.

O responsável pelo plano emergencial da Samarco, Germano Silva, informou que por volta das 14h dessa quinta-feira houve um primeiro tremor e que funcionários foram até o local, mas não verificaram nenhum rompimento. Porém, uma hora depois a barragem de Fundão se rompeu e causou o rompimento da barragem de Santarém. Ele negou que houve um erro na primeira análise das barragens e disse que tudo será apurado para saber quais foram as causas do acidente.

Com o deslizamento dos rejeitos, 13 pessoas que trabalhavam no local podem ter sido soterradas. Além de ter atingido o distrito de Bento Rodrigues, a lama já chegou aos distritos de Paracatu, que está totalmente coberto, de Águas Claras, de Ponte do Gama e de Pedras, além da cidade de Barra Longa.

“Por volta das 15h, recebemos a informação do rompimento da barragem de Fundão. Imediatamente, demos inicio ao plano de emergência entrando em contato com as autoridades. Em seguida, tivemos o rompimento da barragem de Santarém, que é a barragem de água. Essa barragem de rejeitos e água provocou uma onda de água que se propagou e atingiu a comunidade de Bento Ribeiro. Infelizmente, no momento do acidente, havia pessoas trabalhando na barragem de Fundão. Há, neste momento, 13 pessoas desaparecidas e um morto, que teve um ataque cardíaco”, disse o diretor-presidente da Samarco.

Vescovi reiterou que o rejeito de minério de ferro não é tóxico. “As operações nas barragens eram regulares, licenciadas e monitoradas dentro do melhor padrão que a gente conhece de monitoramento de barragem”.

TSE mantém relatora de ação contra Dilma e Temer


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, decidiu hoje (6) que a ministra Maria Thereza de Assis Moura vai continuar com a relatoria da ação de investigação eleitoral em que o PSDB pleiteia a cassação dos mandatos da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. Na decisão, Toffoli explicou que a mudança de relator, conforme solicitado pela ministra, não está prevista nas normas do TSE.

A ministra pediu para ser substituída na relatoria por ter ficado vencida na decisão do tribunal que reabriu a ação de investigação eleitoral. Antes da decisão, os advogados da campanha de Dilma defenderam no tribunal a permanência de Maria Thereza. A defesa do PSDB defendeu que o processo deveria ser remetido ao ministro Gilmar Mendes, que proferiu primeiro voto a favor do desarquivamento.

No processo, o PT sustenta que todas as doações que o partido recebeu foram feitas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral. As contas eleitorais da presidenta foram aprovadas pelo plenário do TSE em dezembro do ano passado por unanimidade.


ONU aprova resolução brasileira sobre combate à corrupção


A 6ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção aprovou uma resolução apresentada pelo Brasil sobre o uso de procedimento não criminais, civis e administrativos no combate à corrupção. A conferência teve início na última segunda-feira (2) e termina hoje, em São Petersburgo, na Rússia.

De acordo com o Ministério da Justiça, a aprovação da resolução facilita a cooperação entre o Brasil e outros países no combate à corrupção, a partir da aceitação de pedidos feitos por instituições brasileiras, como AGU, CGU e o Ministério Público, a instituições estrangeiras.

“A resolução também melhora as condições em que o Brasil pode ajuizar ações civis diretamente em tribunais estrangeiros, com o objetivo de recuperar ativos decorrentes de corrupção”, destacou o ministério, em nota. Atualmente, não existe obrigação de cooperação internacional para troca de informações nos âmbitos civil e administrativo.

A Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção conta com 177 Estados Partes e é o mais importante instrumento jurídico internacional de prevenção e combate à corrupção. Para essa conferência o Brasil enviou representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU), da Comissão de Ética Pública (CEP), do Ministério da Justiça (MJ) e do Ministério Público Federal (MPF).

STJ nega pedido de liberdade a ex-conselheiro do Carf


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou hoje (6) pedido de liberdade a José Ricardo da Silva, ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Silva foi preso no dia 26 de outubro, na quarta fase da Operação Zelotes, que investiga a manipulação de julgamentos do Carf, ligado ao Ministério da Fazenda.

A decisão foi proferida pelo ministro Nefi Cordeiro. O magistrado manteve decisão da Justiça Federal no Distrito Federal que determinou a prisão do ex-conselheiro. A justificativa sobre a decisão não foi divulgada.

As primeiras fases da Zelotes investigaram a manipulação de julgamentos do Carf. em que conselheiros e ex-conselheiros passavam informações privilegiadas para escritórios de consultoria. Esses escritórios, muitos dos quais tinham os próprios conselheiros como acionistas, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e, mediante pagamento de propina, prometiam manipular o andamento de processos para anular ou reduzir as multas aplicadas. A PF estima que foram desviados mais de R$ 19 bilhões.

No entanto, durante o desenrolar das investigações, a polícia e o Ministério Público Federal (MPF) encontraram indícios sobre a suposta negociação na edição de três medidas provisórias (MPs) que beneficiaram empresas do setor automobilístico.

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Dag Vulpi

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