segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Guerra entre religiões

Blog Dag Vulpi - ONU autoriza e França decide enviar soldados para Bangui, após violentos confrontos entre cristãos e muçulmanos

Vackat Thierry, conselheiro do Conselho Nacional de Transição da República Centro-Africana, contou 26 corpos espalhados pelas ruas perto de sua casa. O ex-ministro da Juventude Jean-Serge Bokassa, filho do ex-presidente Jean-Bédel Bokassa (1966-1979), garante que apenas em um dos bairros da capital Bangui foram encontrados 130 mortos. O medo da morte tomou conta da cidade de 1 milhão de habitantes desde a madrugada de ontem, quando guerrilheiros cristãos anti-Balaka — inimigos da milícia muçulmana Seleka ("União", no idioma Sango) — atacaram várias regiões de Bangui, usando armas de fogo e machetes. Com o acirramento da violência, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução que autoriza o envio de mais mil soldados da Missão de Apoio na República Centro-Africana (Misca, pela sigla em inglês), aumentando o efetivo de 2.500 para 3.500. O presidente da França, François Hollande, anunciou, na noite de ontem, uma ação militar "imediata" no país. Em pronunciamento na tevê, ele declarou que a "intervenção francesa será rápida" e "não deve durar". A expectativa é de que o parlamento ouça as explicações das autoridades sobre a operação na próxima semana.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Contra a iniciativa privada dos ricos que é contra a propriedade privada dos pobres

por ,
Por boa parte do tempo em que morei em Washington, da janela do meu apartamento eu via a imagem acima.

Uma casa de dois andares pressionada por dois gorilas de prédios. A construtora dos prédios havia tomado todo o quarteirão, menos aquela casa, que ali permanecia excêntrica e anacrônica. Fiquei curioso. Por que só aquela construção não havia sido demolida para dar espaço a novos projetos milionários? O dono de uma loja de conveniência do outro lado da rua me deu a resposta: por causa do direito à propriedade privada. A construtora que comprou todos os imóveis do quarteirão não conseguiu convencer um proprietário específico a se desfazer do seu. Nem os US$2 milhões que ela supostamente ofereceu conseguiram derrubar o direito do dono.

Pressão para que Serra dispute vaga no Legislativo tensiona relação com Aécio

Irritado com sugestões para se candidatar a deputado federal ou a senador, ex-governador paulista tem se ausentado dos encontros políticos de Aécio Neves em SP.
Blog Dag Vulpi - Na maratona de eventos políticos em São Paulo, organizada com o objetivo de articular a campanha do senador Aécio Neves (PMDB-MG) à Presidência da República, a ausência do ex-governador José Serra chama a atenção dos tucanos. Nos últimos meses, as constantes sugestões para que Serra se candidate a deputado federal ou a senador contribuíram para minar ainda mais a relação entre os dois.

Nos bastidores, interlocutores do ex-governador se queixam da forma como Aécio age em relação a Serra. Ao comentar a agenda do mineiro em São Paulo, dizem que em mais de uma ocasião Serra não foi comunicado do evento ou foi avisado em cima da hora. Dali em diante, o ex-governador passou então a cumprir uma agenda paralela de pré-campanha, comparecendo algumas vezes nos mesmos locais incluídos no calendário de Aécio, só que em datas diferentes.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Tuma: o novo herói de veja na caçada a lula e ao PT


Do Brasil 247
Revista da Abril divulga com estardalhaço o "livro bomba" de Romeu Tuma Júnior, defenestrado da Secretaria Nacional de Justiça quando seu nome foi ligado à máfia chinesa em São Paulo; entre outras acusações, ele afirma que Lula teria sido "informante da ditadura", que Celso Daniel foi vítima de um "assassinato político", que José Dirceu operava a "conta do mensalão" nas Ilhas Cayman e que o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande do Sul, comandava a produção de dossiês contra adversários do PT, como o governador Marconi Perillo, de Goiás, e o ex-senador Tasso Jereissati, do Ceará.

Personagem polêmico, de uma família também bastante polêmica, o delegado Romeu Tuma Júnior, defenestrado da Secretaria Nacional de Justiça em 2010, quando seu nome foi vinculado à máfia de contrabandistas chineses (leia AQUI) reportagem da época publicada pelo Estado de S. Paulo), é o novo herói da revista Veja, em sua caçada permanente ao Partido dos Trabalhadores e ao ex-presidente Lula.

Nesta semana, a revista da Abril anuncia a chegada do "livro bomba", assinado por Romeu Tuma Júnior, mas escrito pelo jornalista Claudio Julio Tognolli, que também atuou em "50 anos a mil", do cantor e compositor Lobão. Trata-se de "Assassinato de reputações - um crime de Estado".

Em seu livro, Tuma Júnior denuncia que, sob o comando de Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande do Sul, o governo patrocinava a produção de dossiês contra adversários políticos. Um dos alvos foi Marconi Perillo, governador de Goiás. "Só porque ele avisou o Lula da existência do mensalão", diz Tuma. Outro alvo, segundo o delegado, teria sido o ex-senador cearense Tasso Jereissati, também adversário do ex-presidente. Tuma Júnior afirma que o pedido partiu do hoje ministro Aloizio Mercadante.

Em relação a Lula, Tuma Júnior faz uma acusação mais grave. Afirma que ele foi "informante da ditadura". "Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir na sala do meu pai. Presenciei tudo", diz o delegado.

José Dirceu também é alvo de chumbo grosso. Tuma afirma que caiu do governo não em razão dos supostos vínculos com a máfia chinesa, mas por ter descoberto a "conta do mensalão" no exterior. Ela teria sido criada nas Ilhas Cayman e seria operada pelo ex-ministro da Casa Civil, hoje preso na Papuda. "Mandei cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero resposta até hoje... Será que fui defenestrado por ter chegado à conta caribenha do mensalão?"

Tuma Júnior afirma ainda que Celso Daniel foi alvo de um assassinato político e que recursos desviados na prefeitura de Santo André alimentavam campanhas do PT. Diz que isso foi dito a ele pelo ministro Gilberto Carvalho. "Quando saiu aquela história de que havia desvios na prefeitura, eu, na maior boa fé, procurei a família dele para levar um conforto. Fui dizer a eles que o Celso nunca desviou um centavo para o bolso dele, e que todo recurso que arrecadávamos eu levava para o Zé Dirceu, pois era para ajudar o partido nas eleições", teria dito Gilberto Carvalho numa conversa com o delegado.

O livro relata ainda que todos os ministros do Supremo Tribunal foram grampeados, na época da Operação Satiagraha, contra o banqueiro Daniel Dantas. "Segue a verdade do caso: não só Gilmar Mendes foi grampeado como também todos os ministros do STF. O grampo foi feito com uma maleta francesa".

Tuma Júnior disse que não está publicando seu livro em razão de mágoas ou ressentimentos, mas apenas porque, segundo ele, teria se tornado vítima da mesma máquina de "assassinato de reputação". "Meu bem mais valioso é a minha honra", afirma.

Flamengo vai colocar time de juniores no Estadual 2014. Prioridade será a Libertadores


Por Mauro Cezar Pereira, no ESPN
Blog Dag Vulpi - O martelo está praticamente batido: o Flamengo pretende priorizar a Copa Libertadores no começo de 2014. Para isso, pensa em escalar um time de juniores no Campeonato Estadual. A idéia é dar as melhores condições possíveis para que a equipe principal possa render ao máximo na competição internacional, da qual o clube sequer esperava fazer parte no próximo ano, até que o título da Copa do Brasil começou a se aproximar. No entanto, é possível que em semanas sem jogos da Libertadores os titulares atuem no torneio doméstico. A proposta agrada à maioria dos dirigentes rubro-negros.

Antônio Pezão e Mark Hunt empatam após cinco rounds

Duelo, cotado para ser um dos melhores do ano, levantou a arena em Brisbane, na Austrália. Resultado agrada aos dois lutadores
Antônio Pezão e Mark Hunt travaram uma batalha histórica em Brisbane, na Austrália (Foto: Getty Images)
Blog Dag Vulpi - Os versos "Eu sou guerreiro / sou trabalhador" da música "Lado B Lado A", do Rappa, que embalaram a entrada do paraibano Antônio Pezão no octógono em Brisbane, na Austrália, podem resumir a sua atuação de diante do neozelandês Mark Hunt na madrugada deste sábado. Diante de um adversário fortíssimo e de momentos em que a maioria dos atletas desistiria, o brasileiro resistiu e protagonizou uma das maiores lutas da história dos pesos-pesados no MMA. O resultado de empate majoritário (48-47 para Hunt e um duplo 47-47) fez justiça aos dois atletas, que não mereciam deixar o octógono derrotados. Ambos tiveram os braços levantados pelo árbitro, e não mostraram nenhum sinal de descontentamento. Pelo contrário. Aplaudiram a decisão.

- Que luta! Agradeço a Deus por tudo e aos fãs pelo apoio - disse Hunt, que retirou-se rapidamente com o filho nos braços.

Antônio Pezão falou um pouco mais, e foi aplaudido por todos os presentes.

- Quero agradecer a todos na Austrália. Isso aqui é um paraíso. Mark é um guerreiro. Há duas semanas eu lesionei as costas, mas vim aqui para lutar por vocês. Agradeço à minha família e a todos no Brasil.

A luta
O primeiro round começou com os dois lutadores mantendo a distância, e Pezão aplicando dois pisões laterais e um chute baixo logo de início. Hunt contra-atacou buscando um cruzado de direita próximo à grade. O brasileiro desviou-se e perdeu o equilíbrio, mas levantou-se rapidamente. O brasileiro encurtou a distância e aplicou um duro golpe que derrubou o neozelandês. Ele, no entanto, recuperou-se rapidamente e voltou a mantre a distância do paraibano. Consciente e usando sua estratégia com perfeição, Pezão mantinha Hunt à distância com chutes e buscava golpes fortes, principalmente de direita. O neozelandês se valia apenas de socos isolados.

No segundo round Pezão começou buscando um chute alto aproveitando sua vantagem de altura. No contra-golpe, Hunt buscou os diretos de direita, mas a movimentação do brasileiro evitava que ele se tornasse um alvo fácil para o rival. Pezão também tentou um chute alto rodado, do qual o neozelandês desviou-se com facilidade. Na sequência, os dois buscaram golpes fortes, e Hunt acertou uma combinação de jab e direto no rosto do brasileiro, que sentiu, mas respondeu com um chute baixo. A luta diminuiu de ritmo, mas Pezão conseguiu acertar um forte chute no otrnozelo esquerdo de Hunt, que sentiu claramente e passou a mancar até o fim do round.

Os lutadores voltaram para o segundo round com estratégias diferentes. Pezão se mantinha aplicando chutes e buscando magoar a perna esquerda do neozelandês. Já Hunt buscava encurtar a distância e levar a luta para a grade ou para o chão, provavelmente para tentar proteger a perna esquerda. O brasileiro tentava se afastar e aplicar golpes, mas Hunt acertou um belo direto de direita que derrubou Pezão. No chão, Hunt buscava dar sequência aos golpes e o brasileiro tentava ganhar tempo e se proteger de novos socos. Em inferioridade no round, Pezão apenas se defendeu das cotoveladas e socos do neozelandês até o fim do período.

Mark Hunt reagiu no fim da luta e criou sérios problemas para Antônio Pezão (Foto: Getty Images)
O quarto round trouxe os lutadores mostrando algum cansaço, e Pezão parecia ainda abalado pelo castigo sofrido no round anterior. O brasileiro tentou levar a luta para o chão, mas Hunt defendeu e derrubou o paraibano, ficando por cima e tentando repetir o castigo do fim do terceiro round. A partir da segunda metade do round, a luta ficou espetacular, com golpes trocados de parte a parte, com vantagem para Pezão, que montou e passou a massacrar Mark Hunt até o fim do período. O "Super Samoano" mostrou coração e resistiu ao castigo bravamente.

No quinto e último round, após um abraço respeitoso no meio do octógono sob aplausos dos fãs, os dois lutadores mostravam cansaço, mas demonstravam um coração extraordinário. Trocando golpes duríssimos, os dois buscavam um nocaute que encerrasse a luta o quanto antes. Hunt usava os cotovelos, e o supercílio do brasileiro abriu e passou a sangrar muito, a ponto do árbitro Steve Perceval interromper o combate para que o médico analisasse o ferimento. Na volta à luta, Pezão conseguiu pressionar o neozelandês na grade, mas Hunt novamente aplicou golpes duros. Apenas no coração, o brasileiro se mantinha no combate resistindo ao castigo até o fim. Ao soar do fim da luta, os dois se abraçaram e foram aplaudidos de pé por toda a arena, inclusive por Bruce Buffer.


Do G1Esportes

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Dag Vulpi

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