Do Brasil 247
Revista da
Abril divulga com estardalhaço o "livro bomba" de Romeu Tuma Júnior,
defenestrado da Secretaria Nacional de Justiça quando seu nome foi ligado à
máfia chinesa em São Paulo; entre outras acusações, ele afirma que Lula teria
sido "informante da ditadura", que Celso Daniel foi vítima de um
"assassinato político", que José Dirceu operava a "conta do
mensalão" nas Ilhas Cayman e que o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro,
hoje governador do Rio Grande do Sul, comandava a produção de dossiês contra
adversários do PT, como o governador Marconi Perillo, de Goiás, e o ex-senador
Tasso Jereissati, do Ceará.
Personagem
polêmico, de uma família também bastante polêmica, o delegado Romeu Tuma
Júnior, defenestrado da Secretaria Nacional de Justiça em 2010, quando seu nome
foi vinculado à máfia de contrabandistas chineses (leia AQUI) reportagem da
época publicada pelo Estado de S. Paulo), é o novo herói da revista Veja, em
sua caçada permanente ao Partido dos Trabalhadores e ao ex-presidente Lula.
Nesta semana,
a revista da Abril anuncia a chegada do "livro bomba", assinado por
Romeu Tuma Júnior, mas escrito pelo jornalista Claudio Julio Tognolli, que
também atuou em "50 anos a mil", do cantor e compositor Lobão.
Trata-se de "Assassinato de reputações - um crime de Estado".
Em seu livro,
Tuma Júnior denuncia que, sob o comando de Tarso Genro, hoje governador do Rio
Grande do Sul, o governo patrocinava a produção de dossiês contra adversários
políticos. Um dos alvos foi Marconi Perillo, governador de Goiás. "Só
porque ele avisou o Lula da existência do mensalão", diz Tuma. Outro alvo,
segundo o delegado, teria sido o ex-senador cearense Tasso Jereissati, também
adversário do ex-presidente. Tuma Júnior afirma que o pedido partiu do hoje
ministro Aloizio Mercadante.
Em relação a
Lula, Tuma Júnior faz uma acusação mais grave. Afirma que ele foi
"informante da ditadura". "Eu e o Lula vivemos juntos esse
momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir na sala do meu pai. Presenciei
tudo", diz o delegado.
José Dirceu
também é alvo de chumbo grosso. Tuma afirma que caiu do governo não em razão
dos supostos vínculos com a máfia chinesa, mas por ter descoberto a "conta
do mensalão" no exterior. Ela teria sido criada nas Ilhas Cayman e seria
operada pelo ex-ministro da Casa Civil, hoje preso na Papuda. "Mandei
cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero resposta até hoje...
Será que fui defenestrado por ter chegado à conta caribenha do mensalão?"
Tuma Júnior
afirma ainda que Celso Daniel foi alvo de um assassinato político e que
recursos desviados na prefeitura de Santo André alimentavam campanhas do PT.
Diz que isso foi dito a ele pelo ministro Gilberto Carvalho. "Quando saiu
aquela história de que havia desvios na prefeitura, eu, na maior boa fé, procurei
a família dele para levar um conforto. Fui dizer a eles que o Celso nunca
desviou um centavo para o bolso dele, e que todo recurso que arrecadávamos eu
levava para o Zé Dirceu, pois era para ajudar o partido nas eleições",
teria dito Gilberto Carvalho numa conversa com o delegado.
O livro relata
ainda que todos os ministros do Supremo Tribunal foram grampeados, na época da
Operação Satiagraha, contra o banqueiro Daniel Dantas. "Segue a verdade do
caso: não só Gilmar Mendes foi grampeado como também todos os ministros do STF.
O grampo foi feito com uma maleta francesa".
Tuma Júnior
disse que não está publicando seu livro em razão de mágoas ou ressentimentos,
mas apenas porque, segundo ele, teria se tornado vítima da mesma máquina de
"assassinato de reputação". "Meu bem mais valioso é a minha
honra", afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi