domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
Dilma deverá ser maior prejudicada com antecipação de campanha eleitoral
A cartilha do jogo político reza que
não é prudente expor as cartas antes da hora e antecipar campanha eleitoral.
Pelo menos é o que dizem políticos experientes em Brasília. Mesmo assim, a
quase dois anos do pleito que definirá o comando da República de 2015 a
2018, o tabuleiro está praticamente montado e os pré-candidatos, extra-oficialmente, definidos.
Na avaliação de governistas e
oposicionistas, quem mais perde com a antecipação é a presidente Dilma
Rousseff, candidata à reeleição. Segundo interlocutores da Presidência, o
terceiro ano do mandato é considerado decisivo, uma vez que é hora de a
presidente “mostrar serviço”. Ter sua agenda de governo confundida com
compromisso de campanha, no entanto, pode atrapalhar sua governabilidade.
“Ela fica desviada de sua função
principal, que é governar. Deixa de tomar conta da ‘loja’”, avalia o professor
David Fleisher, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília
(UnB).
Gato só visita passarinho quando está mal intencionado
Por Dag Vulpi
Há momentos em nossas vidas em que manter a serenidade é
necessariamente imprescindível, mesmo quando tudo conspira contra,
tornando essa tarefa quase impossível. E foi num desses momentos
adversos que o extrovertido e sempre de bem com a vida "beija-flor"
foi pego.
Beija-flor
é um cidadão de boa índole e de muitas amizades, funcionário da
prefeitura de Vila Velha - ES há mais de 30 anos, e essa longevidade
profissional acabou por render-lhe certos "privilégios"
comuns ao setor público, dos quais, coerentemente, beija-flor
não abre mão.
Entre
os tais privilégios, estão a redução de sua carga horária, e as
constantes faltas são sempre ignoradas, afinal, ele é um dos mais
antigos funcionários daquela prefeitura.
Como
manda a regra, a maioria dos seus chefes entrou para os quadros do
funcionalismo apadrinhados, e à custa de favores políticos, e o
conhecimento técnico da função que exerceriam, bem, esse era um
detalhe esquecido. A cada mudança no executivo municipal, toda a
chefia era substituída, mas beija-flor continuava seguindo sua
rotina, aumentando sua longevidade na vida e no trabalho.
Boa
bisca, boêmio e com seus vícios, vícios que, aliás, quase todos
nós temos. Um de seus principais vícios derivava do seu próprio
apelido, o de sentir prazer em possuir pássaros de gaiola. Não
abria mão de ter em seu plantel um bom curió, coleirinha e
trinca-ferro.
Esse
vício, que ele chamava de paixão por pássaros, por vezes
trazia-lhe alegrias, mas, como nem tudo é sorriso, e até o mais
famoso é falso, que o diga Mona Lisa, a vida também lhe reservava
momentos de desilusões.
Coisa
não permitida por beija-flor era o questionamento quanto à
qualidade de seus pássaros. Ai daquele que fizesse críticas aos
seus canoros. Vez ou outra, um desavisado fazia comentários
pejorativos sobre a qualidade de seus pupilos, que eram rechaçados e
tidos como: “inadmissíveis”, “opiniões inconsequentes vindas
de leigos”. Seus pássaros eram sempre os melhores, ponto.
Os
momentos mais felizes de beija-flor foram quase todos atribuídos aos
triunfos de seus pássaros, em especial ao seu coleirinha "Pepê".
Tornaram-se
tradicionais as disputas, ou como gostava de dizer beija-flor, os
"rachas". Eles eram realizados todos os sábados pela
manhã. A rapaziada se reunia para colocar seus pássaros à prova,
enfileirados com suas gaiolas lado a lado para determinar qual deles
daria o maior número de cantos.
Outro
participante das rodas de racha, e admirador da arte da criação de
passeriformes, era seu Carlos, ou "Carlinho Pereá". Pereá
é vizinho de beija-flor, mora na mesma rua, e sua paixão por
pássaros também é grande. Porém, apesar dos gostos parecidos, os
pontos de vista dos dois sempre foram divergentes.
Aquela
rixa era antiga, atribuída a fatos ocorridos quando eram jovens, e o
passar dos anos não contribuiu para o consenso. Difícil era saber
quem estava com a razão, se é que alguém a tinha.
Papo
comum e recorrente era a afirmativa de ambos em se dizerem
proprietários dos melhores e mais belos pássaros da região. Nunca
se entenderam quanto a isso, aliás, não se entendiam em quase nada.
Tratarei especificamente disso em outra publicação; por hora,
tratarei de um fato em especial que tirou beija-flor de circulação
por alguns dias.
O
bom e velho beija-flor acordou às quatro horas da manhã, e acordar
cedo era seu costume antigo. Levantou, ligou o rádio sintonizado na
AM, onde passava seu programa matinal predileto, com música caipira
e locutor com sotaque de interiorano.
Ao
pegar a vasilha para aquecer a água do café, beija-flor ouviu um
barulho vindo do seu quintal. Imediatamente, abriu a janela e, mesmo
ainda escuro, percebeu um desconhecido no seu quintal, carregando uma
botija de gás. Antes que beija-flor questionasse a presença do
intruso em sua propriedade, o sujeito se antecipou, indagando se ele
tinha interesse em comprar a botija de gás, alegando que ela estava
cheia e que precisava vendê-la para comprar remédio para o filho
pequeno.
Beija-flor
pensou por alguns segundos e respondeu que não tinha interesse. "Vai
que seja fruto de algum roubo", pensou ele. Em seguida, pediu
para o cidadão se retirar de seu quintal, e assim foi feito. O
cidadão desculpou-se pelo incômodo e retirou-se levando a botija.
Beija-flor
certificou-se de que o cidadão realmente havia se retirado e voltou
aos seus afazeres. Ao colocar a chaleira sobre o fogão e tentar
acender o fogo, teve a primeira decepção do dia: o gás havia
acabado. Tentou duas, três vezes, mas nada. O fogo não acendeu. Era
inevitável; teria que esperar o comércio abrir para comprar outro
botijão.
Chateado,
lamentou-se pela oportunidade perdida: "Eu poderia ter comprado
a botija daquele infeliz, teria ajudado um filho de Deus, e agora não
ficaria sem café até o comércio abrir", pensou ele. Mas não
havia outro jeito, a não ser adiantar o processo da troca de
botijas, soltando a válvula que ficava presa à botija.
Ao
acender a lâmpada da área externa e dirigir-se ao local onde estava
instalada a botija, ao chegar lá, só avistou a mangueira. Percebeu
que a botija não estava mais lá. Alguém já havia adiantado o seu
serviço.
Beija-flor
não se conteve, jogou o boné no chão e praguejou tudo o que não
devia contra o seu indesejável visitante matutino.
Como
azar pouco é bobagem, Beija-flor, apesar de ser um sujeito com
muitos anos de cidade e conviver diariamente no meio da galera da
prefeitura, onde o que não falta é peão esperto, não poderia
cometer o erro de contar o ocorrido logo para o suíno. Suíno era o
apelido do dono da quitanda, e falar para o suíno era o mesmo que
pagar um carro de som para divulgar o falecimento de um padre.
Antes
das nove da manhã, o bairro todo já estava sabendo do ocorrido, e o
pior, com exageros. Afinal, a galera não perderia uma oportunidade
daquelas.
Beija-flor
se encontrava naquela situação de "bola da vez" e
precisou tomar uma atitude inédita. Logo ele, que se gabava aos
quatro ventos de nunca ter tirado férias na vida, desta vez foi
inevitável. Beija-flor, que durante toda vida foi um gozador nato,
tornara-se o motivo da chacota de todo o bairro e das proximidades.
Não
houve jeito; Beija-flor tirou férias forçadas e foi passar uns dias
na casa de um irmão que morava no interior. Não havia escolha; era
isso ou fazer uma bobagem.
Felizmente,
tudo acabou bem, mas Beija-flor ficou muito chateado durante um bom
tempo. Perdeu aquele status de ser o esperto da área e virou
chacota.
Até
hoje, seu feito é lembrado, inclusive por este que agora assina este texto.
Coreia do Norte entra em “estado de guerra” contra Seul
Brasília - A Coreia do Norte declarou estar entrando em "estado de guerra" contra a Coreia do Sul. A afirmaçãoo ocorre em meio a uma escalada de retórica contra o vizinho do sul e os Estados Unidos. Em um comunicado divulgado pela agência estatal, Pyongyang prometeu "severas ações físicas" contra "qualquer ato de provocação".
A Coreia do Norte vem ameaçando seus adversários com ataques quase diariamente, mas analistas não descartam o risco de guerra. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnestm disse que a retórica apenas aprofunda o isolamento do país comunista.
Os Estados Unidos condenaram a "retórica belicosa" dos norte-coreanos. A Rússia advertiu que a troca de ameaças pode criar um "círculo vicioso". As Coreias do Sul e do Norte estão tecnicamente em guerra desde 1953 - quando a guerra acabou sem a assinatura de um armistício.
A tensão na península coreana aumentou desde que Pyongyang fez seu terceiro teste nuclear, em 12 de fevereiro - que resultou na imposição ao país de novas sanções internacionais.
Uma declaração divulgada pelo governo da Coreia do Norte neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) diz: "Daqui para frente, as relações Norte-Sul entrarão em um estado de guerra e todos os assuntos levantados entre o Norte e o Sul serão lidados conforme [essa situação]".
Mal de Parkinson - Santa Casa de São Paulo faz cirurgia pelo SUS que melhora qualidade de vida.
São Paulo - Quando recebeu o diagnóstico de mal de Parkinson, há seis anos, a advogada Juliana Torres, 59 anos, disse que achou que a sua vida tivesse perdido o sentido. "Sabia que era uma doença degenerativa. Com o passar do tempo, os sintomas só foram piorando. Meu corpo ficou rígido, mal mexia o pescoço. A gente também sofre de solidão, porque perde o convívio social", relatou. Em fevereiro deste ano, no entanto, uma cirurgia de alta tecnologia mudou a perspectiva de vida dela. O implante de um eletrodo no cérebro, feito pela equipe de neurocirurgia funcional da Santa Casa de São Paulo, fez com que ela recuperasse os movimentos e, com eles, a qualidade de vida.
O procedimento, custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), consiste em estimular, por meio de um dispositivo, as regiões do cérebro responsáveis pela manifestação dos principais sintomas da doença, como tremor e rigidez. "A ideia de tratar cirurgicamente essa doença vem há mais de 50 anos, mas antes cauterizavam-se pedaços que estavam doentes", explicou o neurocirurgião Nilton Lara, que coordena a equipe. O método com o eletrodo é considerado pouco invasivo, tendo em vista que o dispositivo é instalado por um pequeno furo e o risco de sangramento diminui de 2% para 0,05%.
Logo depois de passar pela cirurgia, Juliana retomou atividades simples que há anos não fazia. "Conseguir escrever foi muito impactante para mim. Antes, eu só conseguia digitar e, ainda assim, com muita dor", descreveu. Aos poucos, a advogada está conquistando outros movimentos. "Voltei a viver. Senti um bem-estar como nunca", relatou. Estima-se que 200 mil brasileiros, assim como ela, sofram com a doença, especialmente pessoas a partir dos 50 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. A perspectiva é que esse número aumente nos próximos 30 a 50 anos com o envelhecimento da população.
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