sábado, 30 de março de 2013

Dilma deverá ser maior prejudicada com antecipação de campanha eleitoral

A cartilha do jogo político reza que não é prudente expor as cartas antes da hora e antecipar campanha eleitoral. Pelo menos é o que dizem políticos experientes em Brasília. Mesmo assim, a quase dois anos do pleito que definirá o comando da República de 2015 a 2018, o tabuleiro está praticamente montado e os pré-candidatos, extra-oficialmente, definidos.


Lula lançou candidatura de Dilma à reeleição em evento pelos 10 anos do PT na Presidência
Foto: Bruno Santos / Terra
Na avaliação de governistas e oposicionistas, quem mais perde com a antecipação é a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Segundo interlocutores da Presidência, o terceiro ano do mandato é considerado decisivo, uma vez que é hora de a presidente “mostrar serviço”. Ter sua agenda de governo confundida com compromisso de campanha, no entanto, pode atrapalhar sua governabilidade.

“Ela fica desviada de sua função principal, que é governar. Deixa de tomar conta da ‘loja’”, avalia o professor David Fleisher, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).

Gato só visita passarinho quando está mal intencionado



Por Dag Vulpi

Há momentos em nossas vidas em que manter a serenidade é necessariamente imprescindível, mesmo quando tudo conspira contra, tornando essa tarefa quase impossível. E foi num desses momentos adversos que o extrovertido e sempre de bem com a vida "beija-flor" foi pego.

Beija-flor é um cidadão de boa índole e de muitas amizades, funcionário da prefeitura de Vila Velha - ES há mais de 30 anos, e essa longevidade profissional acabou por render-lhe certos "privilégios" comuns ao setor público, dos quais, coerentemente, beija-flor não abre mão.

Entre os tais privilégios, estão a redução de sua carga horária, e as constantes faltas são sempre ignoradas, afinal, ele é um dos mais antigos funcionários daquela prefeitura.

Como manda a regra, a maioria dos seus chefes entrou para os quadros do funcionalismo apadrinhados, e à custa de favores políticos, e o conhecimento técnico da função que exerceriam, bem, esse era um detalhe esquecido. A cada mudança no executivo municipal, toda a chefia era substituída, mas beija-flor continuava seguindo sua rotina, aumentando sua longevidade na vida e no trabalho.

Boa bisca, boêmio e com seus vícios, vícios que, aliás, quase todos nós temos. Um de seus principais vícios derivava do seu próprio apelido, o de sentir prazer em possuir pássaros de gaiola. Não abria mão de ter em seu plantel um bom curió, coleirinha e trinca-ferro.

Esse vício, que ele chamava de paixão por pássaros, por vezes trazia-lhe alegrias, mas, como nem tudo é sorriso, e até o mais famoso é falso, que o diga Mona Lisa, a vida também lhe reservava momentos de desilusões.

Coisa não permitida por beija-flor era o questionamento quanto à qualidade de seus pássaros. Ai daquele que fizesse críticas aos seus canoros. Vez ou outra, um desavisado fazia comentários pejorativos sobre a qualidade de seus pupilos, que eram rechaçados e tidos como: “inadmissíveis”, “opiniões inconsequentes vindas de leigos”. Seus pássaros eram sempre os melhores, ponto.

Os momentos mais felizes de beija-flor foram quase todos atribuídos aos triunfos de seus pássaros, em especial ao seu coleirinha "Pepê".

Tornaram-se tradicionais as disputas, ou como gostava de dizer beija-flor, os "rachas". Eles eram realizados todos os sábados pela manhã. A rapaziada se reunia para colocar seus pássaros à prova, enfileirados com suas gaiolas lado a lado para determinar qual deles daria o maior número de cantos.

Outro participante das rodas de racha, e admirador da arte da criação de passeriformes, era seu Carlos, ou "Carlinho Pereá". Pereá é vizinho de beija-flor, mora na mesma rua, e sua paixão por pássaros também é grande. Porém, apesar dos gostos parecidos, os pontos de vista dos dois sempre foram divergentes.

Aquela rixa era antiga, atribuída a fatos ocorridos quando eram jovens, e o passar dos anos não contribuiu para o consenso. Difícil era saber quem estava com a razão, se é que alguém a tinha.

Papo comum e recorrente era a afirmativa de ambos em se dizerem proprietários dos melhores e mais belos pássaros da região. Nunca se entenderam quanto a isso, aliás, não se entendiam em quase nada. Tratarei especificamente disso em outra publicação; por hora, tratarei de um fato em especial que tirou beija-flor de circulação por alguns dias.

O bom e velho beija-flor acordou às quatro horas da manhã, e acordar cedo era seu costume antigo. Levantou, ligou o rádio sintonizado na AM, onde passava seu programa matinal predileto, com música caipira e locutor com sotaque de interiorano.

Ao pegar a vasilha para aquecer a água do café, beija-flor ouviu um barulho vindo do seu quintal. Imediatamente, abriu a janela e, mesmo ainda escuro, percebeu um desconhecido no seu quintal, carregando uma botija de gás. Antes que beija-flor questionasse a presença do intruso em sua propriedade, o sujeito se antecipou, indagando se ele tinha interesse em comprar a botija de gás, alegando que ela estava cheia e que precisava vendê-la para comprar remédio para o filho pequeno.

Beija-flor pensou por alguns segundos e respondeu que não tinha interesse. "Vai que seja fruto de algum roubo", pensou ele. Em seguida, pediu para o cidadão se retirar de seu quintal, e assim foi feito. O cidadão desculpou-se pelo incômodo e retirou-se levando a botija.

Beija-flor certificou-se de que o cidadão realmente havia se retirado e voltou aos seus afazeres. Ao colocar a chaleira sobre o fogão e tentar acender o fogo, teve a primeira decepção do dia: o gás havia acabado. Tentou duas, três vezes, mas nada. O fogo não acendeu. Era inevitável; teria que esperar o comércio abrir para comprar outro botijão.

Chateado, lamentou-se pela oportunidade perdida: "Eu poderia ter comprado a botija daquele infeliz, teria ajudado um filho de Deus, e agora não ficaria sem café até o comércio abrir", pensou ele. Mas não havia outro jeito, a não ser adiantar o processo da troca de botijas, soltando a válvula que ficava presa à botija.

Ao acender a lâmpada da área externa e dirigir-se ao local onde estava instalada a botija, ao chegar lá, só avistou a mangueira. Percebeu que a botija não estava mais lá. Alguém já havia adiantado o seu serviço.

Beija-flor não se conteve, jogou o boné no chão e praguejou tudo o que não devia contra o seu indesejável visitante matutino.

Como azar pouco é bobagem, Beija-flor, apesar de ser um sujeito com muitos anos de cidade e conviver diariamente no meio da galera da prefeitura, onde o que não falta é peão esperto, não poderia cometer o erro de contar o ocorrido logo para o suíno. Suíno era o apelido do dono da quitanda, e falar para o suíno era o mesmo que pagar um carro de som para divulgar o falecimento de um padre.

Antes das nove da manhã, o bairro todo já estava sabendo do ocorrido, e o pior, com exageros. Afinal, a galera não perderia uma oportunidade daquelas.

Beija-flor se encontrava naquela situação de "bola da vez" e precisou tomar uma atitude inédita. Logo ele, que se gabava aos quatro ventos de nunca ter tirado férias na vida, desta vez foi inevitável. Beija-flor, que durante toda vida foi um gozador nato, tornara-se o motivo da chacota de todo o bairro e das proximidades.

Não houve jeito; Beija-flor tirou férias forçadas e foi passar uns dias na casa de um irmão que morava no interior. Não havia escolha; era isso ou fazer uma bobagem.

Felizmente, tudo acabou bem, mas Beija-flor ficou muito chateado durante um bom tempo. Perdeu aquele status de ser o esperto da área e virou chacota.

Até hoje, seu feito é lembrado, inclusive por este que agora assina este texto.

Coreia do Norte entra em “estado de guerra” contra Seul


Brasília - A Coreia do Norte declarou estar entrando em "estado de guerra" contra a Coreia do Sul. A afirmaçãoo ocorre em meio a uma escalada de retórica contra o vizinho do sul e os Estados Unidos. Em um comunicado divulgado pela agência estatal, Pyongyang prometeu "severas ações físicas" contra "qualquer ato de provocação".
A Coreia do Norte vem ameaçando seus adversários com ataques quase diariamente, mas analistas não descartam o risco de guerra. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnestm disse que a retórica apenas aprofunda o isolamento do país comunista.
Os Estados Unidos condenaram a "retórica belicosa" dos norte-coreanos. A Rússia advertiu que a troca de ameaças pode criar um "círculo vicioso". As Coreias do Sul e do Norte estão tecnicamente em guerra desde 1953 - quando a guerra acabou sem a assinatura de um armistício.
A tensão na península coreana aumentou desde que Pyongyang fez seu terceiro teste nuclear, em 12 de fevereiro - que resultou na imposição ao país de novas sanções internacionais.

Uma declaração divulgada pelo governo da Coreia do Norte neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil) diz: "Daqui para frente, as relações Norte-Sul entrarão em um estado de guerra e todos os assuntos levantados entre o Norte e o Sul serão lidados conforme [essa situação]".

Mal de Parkinson - Santa Casa de São Paulo faz cirurgia pelo SUS que melhora qualidade de vida.


São Paulo - Quando recebeu o diagnóstico de mal de Parkinson, há seis anos, a advogada Juliana Torres, 59 anos, disse que achou que a sua vida tivesse perdido o sentido. "Sabia que era uma doença degenerativa. Com o passar do tempo, os sintomas só foram piorando. Meu corpo ficou rígido, mal mexia o pescoço. A gente também sofre de solidão, porque perde o convívio social", relatou. Em fevereiro deste ano, no entanto, uma cirurgia de alta tecnologia mudou a perspectiva de vida dela. O implante de um eletrodo no cérebro, feito pela equipe de neurocirurgia funcional da Santa Casa de São Paulo, fez com que ela recuperasse os movimentos e, com eles, a qualidade de vida.
O procedimento, custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), consiste em estimular, por meio de um dispositivo, as regiões do cérebro responsáveis pela manifestação dos principais sintomas da doença, como tremor e rigidez. "A ideia de tratar cirurgicamente essa doença vem há mais de 50 anos, mas antes cauterizavam-se pedaços que estavam doentes", explicou o neurocirurgião Nilton Lara, que coordena a equipe. O método com o eletrodo é considerado pouco invasivo, tendo em vista que o dispositivo é instalado por um pequeno furo e o risco de sangramento diminui de 2% para 0,05%.
Logo depois de passar pela cirurgia, Juliana retomou atividades simples que há anos não fazia. "Conseguir escrever foi muito impactante para mim. Antes, eu só conseguia digitar e, ainda assim, com muita dor", descreveu. Aos poucos, a advogada está conquistando outros movimentos. "Voltei a viver. Senti um bem-estar como nunca", relatou. Estima-se que 200 mil brasileiros, assim como ela, sofram com a doença, especialmente pessoas a partir dos 50 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. A perspectiva é que esse número aumente nos próximos 30 a 50 anos com o envelhecimento da população.

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Dag Vulpi

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