A cartilha do jogo político reza que
não é prudente expor as cartas antes da hora e antecipar campanha eleitoral.
Pelo menos é o que dizem políticos experientes em Brasília. Mesmo assim, a
quase dois anos do pleito que definirá o comando da República de 2015 a
2018, o tabuleiro está praticamente montado e os pré-candidatos, extra-oficialmente, definidos.
Na avaliação de governistas e
oposicionistas, quem mais perde com a antecipação é a presidente Dilma
Rousseff, candidata à reeleição. Segundo interlocutores da Presidência, o
terceiro ano do mandato é considerado decisivo, uma vez que é hora de a
presidente “mostrar serviço”. Ter sua agenda de governo confundida com
compromisso de campanha, no entanto, pode atrapalhar sua governabilidade.
“Ela fica desviada de sua função
principal, que é governar. Deixa de tomar conta da ‘loja’”, avalia o professor
David Fleisher, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília
(UnB).