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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

ONU oferece ajuda ao Brasil para combater vírus Zika

A Organização das Nações Unidas (ONU) colocou à disposição do governo brasileiro todas as 24 unidades que atuam no Brasil para auxiliar no combate ao vírus Zika. A manifestação ocorre após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, na segunda-feira (1º), o vírus uma emergência internacional em saúde pública.

Espanha registra primeiro caso de vírus Zika em grávida


As autoridades da região espanhola da Catalunha confirmaram hoje (4) que uma mulher grávida de 13 semanas, que esteve recentemente na Colômbia, foi diagnosticada com o vírus Zika. As autoridades catalãs acreditam que este é o primeiro caso de uma gestante infetada com o vírus Zika na Espanha.

Segundo o Departamento de Saúde da Catalunha, a mulher está recebendo assistência, mas não está hospitalizada. Os sintomas e sinais clínicos da infeção, transmitida aos seres humanos por picada de mosquito, são muito parecidos com os da gripe, como febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

OMS apoia restrição de doações de sangue por quem passou por países com Zika


A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou hoje (4) “adequado” restringir doações de sangue de viajantes oriundos de países de risco, de modo a evitar uma eventual propagação do vírus Zika, que atinge a América Latina.

“Com o risco de novas infeções pelo vírus Zika em diversos países e a possível ligação entre o vírus e a microcefalia, além de outras consequências clínicas, restringir as doações de sangue por parte daqueles que regressam de regiões onde há a epidemia é uma medida de precaução adequada”, segundo a OMS.

Grupo defende direito ao aborto em casos de microcefalia; CNBB é contra

A intensa circulação do vírus Zika no Brasil e a possível associação da infecção em gestantes com casos de microcefalia em bebês reacende no país o debate sobre o aborto. Um grupo composto por advogados, acadêmicos e ativistas prepara uma ação, a ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que cobra o direito de interromper a gravidez em casos em que a síndrome for diagnosticada nos bebês.

Em entrevista à Agência Brasil, a antropóloga e pesquisadora Debora Diniz, que está à frente do trabalho, explicou que a ação deve ser encaminhada à Suprema Corte em, no máximo, dois meses. O mesmo grupo impetrou ação similar, em 2004, para pedir ao STF o direito ao aborto em casos de bebês com anencefalia. O pedido foi acatado pelos ministros em 2012.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Anvisa registra teste que detecta zika, chikungunya e dengue de forma combinada

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu a análise técnica de três produtos comerciais para diagnóstico in vitro do vírus Zika. A partir de agora, com o registro da Anvisa, esses testes poderão ser comercializados. 

Dois desses produtos utilizam metodologia de imunofluorescência para a detecção de anticorpos relacionados aos vírus Zika, Chikungunya e da dengue em um único procedimento de teste de forma combinada.

Já um terceiro produto utiliza a metodologia de reação em cadeia da polimerase para determinar a presença do Zika na amostra biológica em estudo.

Ainda segundo a agência, foram concluídas também as análises de outros dois produtos para determinar a presença dos vírus da febre chikungunya e da dengue pela mesma metodologia de reação em cadeia da polimerase.
As medidas foram publicadas hoje (3) no Diário Oficial da União.


Técnicos americanos chegam ao Brasil para ajudar no combate ao Zika

Técnicos do Centro de Controle e Combate a Doenças dos Estados Unidos chegarão ao Brasil no dia 11 de fevereiro para definir um cronograma para o combate ao vírus Zika, informou hoje (3) o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em viagem a Montevidéu.

A cooperação entre os dois países foi acertada entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Houve também entendimentos entre o ministro brasileiro e a secretária de Saúde americana, Sylvia Burbell.

EUA preparam medidas para conter transmissão do vírus Zika por relação sexual


Depois de confirmar a ocorrência, no estado do Texas, de um caso de paciente infectado pelo vírus Zika transmitido por relação sexual, e não pela picada do mosquito Aedes aegypti, as autoridades norte-americanas de saúde anunciaram que vão adotar novas medidas para evitar novos casos. Já anteciparam que o uso de preservativos para homens será uma das recomendações a serem adotadas.

Conter novos casos de transmissão de Zika por relação sexual entra no rol dos esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos governos de todo o mundo para conter a epidemia da doença.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão responsável pelas medidas de emergência em situações de ameaça à saúde pública dos Estados Unidos, confirmou ontem (2) que uma pessoa com o vírus Zika foi infectada depois de ter relações sexuais com alguém que havia retornado da Venezuela.

O CDC também confirmou as informaçõs das autoridades de saúde, no Texas, de que a pessoa infectada pelo vírus Zika, por relação secual, não deixou os Estados Unidos. Até o momento, as autoridades não informaram o sexo da pessoa infectada.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Fundador do Facebook, Zuckerberg divulga campanha contra o vírus Zika

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu que os cidadãos de todo o mundo, em especial da América Latina, auxiliem no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus Zika e também dos vírus da dengue e da chikungunya.

Por meio de um post no Facebook, Zuckerberg convida os internautas a assistirem ao vídeo de uma campanha promovida pela própria rede social e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Brasil e EUA definem agenda contra o vírus Zika

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, e a secretária de Saúde dos Estados Unidos, Sylvia Burbell, reafirmaram o compromisso dos países no combate ao mosquito Aedes aegypti em teleconferência na tarde de hoje (2), segundo informou o Ministério da Saúde.

Castro e Sylvia vão buscar cooperação para o desenvolvimento de pesquisas para diagnósticos, vacina e tratamento contra o vírus Zika. Além disso, se comprometeram em acelerar as investigações em curso sobre as infecções causadas por arbovírus, relacionados aos casos de microcefalia e de Síndrome de Guillain-Barré. 

Campinas registra caso autóctone de vírus Zika


A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, registrou um caso autóctone de vírus Zika. Uma pessoa doou sangue no hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas não apresentava sintomas na época da doação. O doador teria a presença do vírus em abril do ano passado.

O paciente que recebeu o sangue contaminado tinha politraumatismo e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, devido à manifestação laboratorial atípica, a Unicamp começou a investigar as causas desses sintomas que não estariam relacionados ao politraumatismo. Ao todo, 18 bolsas de sangue foram investigadas e, em uma delas, foi encontrado zika vírus.

Zika: 3.700 casos levam Honduras a declarar estado de emergência nacional

O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, declarou nessa segunda-feira (1º) estado de emergência nacional devido à propagação do vírus Zika, que afetou 3.700 pessoas no país desde dezembro.

O estado de emergência foi decretado na sessão do Conselho de Ministros, dirigido pelo presidente, informou a ministra adjunta de Estratégia e Comunicação, Hilda Hernández, em sua conta na rede social Twitter.

A ministra da Saúde, Yolany Batres, afirmou que o país contabiliza, apenas este ano, 3.649 casos de infecções pelo vírus Zika, os quais se juntam aos 51 registrados em dezembro último, quando foi detectado o primeiro caso.

Do Conselho de Ministros também saiu a ordem para ativar o Sistema Nacional de Gestão de Riscos, para coordenar e reforçar as medidas preventivas diante da propagação do Zika.

Horas antes, o Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu que os casos de microcefalia e de desordens neurológicas surgidas no Brasil constituem emergência sanitária de alcance internacional.
A OMS confirmou que até agora foram detectados casos em 25 países e territórios das Américas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Zika: OMS discute se declara emergência internacional em saúde pública


O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar o risco de propagação do vírus Zika no mundo terá hoje (1º) sua primeira reunião em Genebra. O grupo discutirá se a propagação do vírus e sua possível relação com o aumento de casos de microcefalia constitui emergência em saúde pública de importância internacional, como aconteceu recentemente com a epidemia de ebola, detectada na África Ocidental.

Segundo o Ministério da Saúde, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis da pasta, Cláudio Maierovitch, apresentará os dados brasileiros por videoconferência.

O comitê foi criado depois que os Estados Unidos emitiram alerta para que gestantes não viajassem a países onde circula o vírus e que governos aconselharam mulheres a não engravidar.

O comitê é formado por profissionais renomados, especialistas na área. Segundo a professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, Deisy Ventura, o grupo pode se reunir por alguns dias, até definir se defende a declaração de emergência ou não. A decisão final é da diretoria-geral da OMS e pode ser mudada, dependendo das novas informações.


Durante sessão do conselho da organização na semana passada, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente e que o Zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha agora de forma explosiva. Até o momento, segundo ela, 23 países já reportaram casos da doença

A situação é preocupante, segundo Margaret Chan, por conta de fatores como a ausência de imunidade entre a população; a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido; e a possibilidade de disseminação global da doença, quando considerada a presença do mosquito Aedes aegypti em diversas partes do planeta. O mosquito é o transmissor do vírus.


Entenda o que é uma situação internacional de emergência em saúde pública

A professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Deisy Ventura, disse que, para decretar situação de emergência em saúde pública de importância internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve considerar a necessidade de ação coordenada entre os países e analisar se a situação apresenta risco à saúde global. O assunto começou a ser discutido pela entidade hoje, em Genebra. 

A criação de um comitê de emergência para avaliar a questão foi decidida depois que o governo brasileiro levantou a possibilidade de o vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, ser motivo do aumento de nascimentos de crianças com microcefalia. A informação mudou o perfil de risco do Zika, de uma leve ameaça a uma epidemia de proporções alarmantes. A decisão da OMS pode levar alguns dias.

A organização poderá fazer recomendações, como por exemplo nos cuidados em viagens, com bagagens e procedimentos. Além disso, há maior mobilização para a arrecadação de fundos destinados ao combate ao vírus. “A OMS tem que combater a propagação internacional da doença, causando o mínimo possível de danos à circulação de pessoas, de bens e mercadorias”, disse a especialista, que também é professora de direito internacional.

Para Deisy, a emergência em saúde pública de importância internacional tem um lado bom e um ruim. “Quando a OMS usa esse recurso, ela deixa todo mundo em estado de alerta, então reforça a importância daquela ameaça dentro dos Estados-Membros. Ela ajuda os ministérios da Saúde a receberem mais peso internamente. Ajuda a captar recursos internacionais e  dá uma orientação para os Estados - o que se quer é que todos andem no mesmo sentido. Por outro lado, a repercussão tem impacto sobre o turismo, sobre a compra de produtos, o que é natural quando o mundo toma conhecimento de uma situação de risco em alguns países”, acrescentou.

Desde a reformulação do Regulamento Sanitário Internacional, em 2007, foram decretadas três situações de emergência de importância internacional. A primeira em 2009, pelo vírus H1N1, em seguida pelo poli vírus selvagem, em 2014, e a mais recente, pelo ebola, também em 2014.

Mesmo com a situação do ebola, vírus transmitido pelos fluidos de pessoa para pessoa e que mata 80% dos infectados, a OMS recomendou que os países não restringissem a circulação de pessoas oriundas dos países da África Ocidental, onde havia epidemia da doença.

Ainda no caso do ebola, a organização recomendou que os governantes tivessem um sistema de comunicação eficaz, que estruturassem uma rede nacional de respostas imediatas e de tratamento. “Às vezes, as recomendações têm dificuldades de implementação porque não existem sistemas nacionais de saúde estruturados. Foi o grande problema do ebola. A gente sabe o que tem que fazer com uma crise de ebola, mas o sistema de saúde desses Estados estava sucateado e foi preciso criar uma missão das Nações Unidas”, lembrou Deisy.

Segundo a especialista, no caso do vírus Zika, os países têm mais estrutura do que a Guiné, Serra Leoa e a Nigéria, os países mais atingidos pelo ebola, e isso torna a situação um pouco mais favorável. “Nossa capacidade de resposta já é bem maior”.

Até 2007, havia um recurso usado para evitar a propagação de doenças específicas, como a varíola, febre amarela e tifo. Porém, a organização percebeu que há situações desconhecidas que precisam de ações globais enérgicas. Para tomar a decisão, é montado um comitê técnico de emergência, formado por pessoas que tenham conhecimento do assunto, que dará à OMS os subsídios necessários.

Veja avanço do vírus Zika no mundo


Entre 3 e 4 milhões de pessoas devem contrair o vírus Zika em 2016 no continente americano, sendo que 1,5 milhão desses casos devem ser registrados no Brasil. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (28) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas. O cálculo considera o número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, em 2015, e a falta de imunidade da população ao vírus.

Pelo menos 22 países e territórios já confirmaram a circulação autóctone do vírus Zika, desde maio de 2015, segundo a Opas. A maioria está localizado no continente americano. São eles: Brasil, Barbados, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa (França), Haiti, Honduras, Martinica (França), México, Panamá, Paraguai, Porto Rico (EUA), Ilha de São Martinho (França/Holanda), Suriname, Venezuela, Ilhas Virgens (EUA), Samoa e Cabo Verde.


Além desses países, o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) também aponta casos da doença na Bolívia, em Curaçao, na República Dominicana, em Guadalupe (França), na Nicarágua, Tailândia, em Fiji, nas Ilhas Maldivas, Nova Caledônia (França) e nas Ilhas Salomão. O órgão ainda indica que 10 países da Europa registraram casos importados de Zika: Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Portugal, Holanda, Espanha, Suécia e Reino Unido.

O Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) informou que um morador do Texas é o primeiro infectado com o vírus Zika no país. O homem havia visitado a América Latina recentemente.
De acordo com a diretora da Opas, Carissa F. Etienne, o vírus Zika está se espalhando rapidamente pelas Américas e pode chegar a todos os países do continente, exceto o Canadá e o Chile continental, onde o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, não está presente.

Ainda não há dados consolidados e precisos do número de casos da doença nos países que registraram a ocorrência do vírus. Segundo a diretora, a dificuldade na obtenção de números confiáveis de casos de infecção pelo vírus Zika se deve a várias razões, como o fato de o vírus ser detectável somente por alguns dias no sangue das pessoas infectadas, e dos médicos, assim como os exames laboratoriais, não conseguirem com facilidade diferenciar os casos de Zika de doenças como dengue e chikungunya, que têm sintomas semelhantes.

Além disso, apenas uma em cada quatro pessoas infectadas apresentam os sintomas, o que significa que somente uma pequena parcela de pessoas procura os serviços de saúde, prejudicando a contagem dos casos da doença.

Vírus Zika
Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o vírus Zika provoca uma doença com sintomas muito semelhantes ao da dengue, febre amarela e chikungunya. De baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos da família Aedes (aegypti, africanus, apicoargenteus, furcifer, luteocephalus e vitattus). A partir da picada, a doença tem um período de incubação de aproximadamente quatro dias no organismo humano até os sintomas começarem a se manifestar, que podem durar até 7 dias.
Como não existe um medicamento específico contra o vírus, o tratamento atual serve apenas para aliviar os sintomas. Assim, o uso de paracetamol, sob orientação médica, é indicado nesses casos.

As medidas de prevenção e controle da doença são as mesmas adotadas para a dengue, febre amarela e chikungunya, como eliminar os possíveis criadouros do mosquito, evitando deixar água acumulada em recipientes como pneus, garrafas, vasos de plantas e fazer uso de repelentes.

No Brasil, as autoridades de saúde investigam a relação do Zika com o aumento da ocorrência de microcefalia, uma anomalia que implica na redução da circunferência craniana do bebê ao nascer ou nos primeiros anos de vida, entre outras complicações. O Ministério da Saúde confirma 270 casos de bebês que nasceram com microcefalia por infecção congênita, que pode ter sido causada por algum agente infeccioso, inclusive o vírus Zika, e 49 mortes. A pasta ainda investiga outros 3.448 casos suspeitos de microcefalia no país.

Também associado ao vírus, os órgãos de saúde de vários países da América do Sul e Central, incluindo o Brasil, verificaram um crescimento de casos da síndrome de Guillain-Barré (SGB). A doença neurológica, de origem autoimune, provoca fraqueza muscular generalizada e, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar, levando-o à morte.

De acordo com a OMS, o Zika pode causar outras síndromes neurológicas, como meningite, meningoencefalite e mielite. 

* Com informações da Organização Mundial de Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e do Ministério da Saúde

domingo, 31 de janeiro de 2016

Fiocruz pesquisa formas de transmissão do Zika


Pesquisadores da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) estudam se a bactéria Wolbachia, usada no Aedes aegypti para evitar a transmissão da dengue, impede também a propagação do vírus Zika. De acordo com o pesquisador Luciano Moreira, que coordena o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, estudos internacionais tiveram resultados positivos.

“Tem já trabalhos publicados na literatura científica. [A bactéria] também reduz a transmissão do vírus da febre amarela, do vírus Chikungunya. Não está publicado ainda, mas recentemente colaboradores do programa internacional realizaram experimento e foi mostrado que o mosquito com Wolbachia também tem efeito sobre o vírus Zika”, disse o pesquisador.
Desde 2014, os pesquisadores usam os chamados mosquitos do bem como um meio natural de controle da dengue. São insetos criados em laboratório, que não têm a capacidade de transmitir a doença. O pesquisador Luciano Moreira esclarece que não se trata de modificação genética, mas de uma bactéria que é naturalmente encontrada em mosquitos e em até 60% dos insetos do mundo inteiro. “Foi descoberto que, quando colocada no Aedes aegypti, ela bloqueia e reduz muito a transmissão do vírus da dengue”, explica.

Atualmente o projeto é testado em Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense e em Jurujuba, Niterói. Moreira afirma que pode demorar anos para que a tecnologia seja usada em grande escala.
“Ainda é um projeto de pesquisa, a gente passou por todas as fases de aprovação regulatória governamental, hoje a gente está no campo em pequena escala. Isso dando certo, um próximo passo seria a expansão do projeto. A gente já está em conversa com o ministério [da Saúde], há interesse, mas isso tem que ser muito planejado e pode levar alguns anos para ter resultado numa área maior”, disse o pesquisador.

Pernilongo
O departamento de entomologia da Fiocruz também investiga se o mosquito Culex, conhecido popularmente como pernilongo ou muriçoca também pode transmitir o vírus Zika. A coordenadora da pesquisa, Constância Ayres, diz que até agora não há comprovação da tese, motivada pela rapidez com que ocorreu a propagação do Zika.

“A primeira coisa que me chamou a atenção foi a rapidez na transmissão. Na maioria dos países em que o Zika vírus foi introduzido, ele gerou um número de casos muito grande em um espaço de tempo muito curto. Então isso já mostra um padrão um pouco diferente das outras viroses que o Aedes transmite, por exemplo a dengue. Então isso foi uma das coisas que me levou a investigar a possibilidade de outros mosquitos estarem envolvidos”, disse Constância.

De acordo com a pesquisadora, saber qual é o agente transmissor é fundamental, pois os hábitos do pernilongo e do Aedes são bem distintos. “Infelizmente, os mosquitos são completamente diferentes. Essas duas espécies têm hábitos completamente diferentes, enquanto o Aedes se alimenta durante o dia, o Culex quinquefasciatus se alimenta preferencialmente à noite, quando a gente está dormindo. Os criadouros também são diferentes.

O Culex tem preferencialmente criadouros que contém água extremamente poluída, como esgotos, fossas, canaletas, água rica em matéria orgânica. Já o Aedes aegypti prefere colocar seus ovos em água parada, em água limpa”.
Ela ressalta, no entanto, que ainda é cedo para mudanças de estratégia e que as ações devem continuar voltadas para o controle do Aedes aegypti, comprovadamente vetor das duas doenças. “A priori é o Aedes aegypti. Então as ações estão voltadas para o controle do Aedes".

De acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas do continente Americano devem ser contaminadas com o vírus Zika em 2016.

sábado, 30 de janeiro de 2016

EUA aumentam monitoramento sobre Zika e apostam no desenvolvimento de vacina


Os Estados Unidos vão monitorar o avanço do vírus Zika nas Américas e adotar medidas mais eficazes para contê-lo, disse o porta-voz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC ), Benjamin Haynes.

As medidas anunciadas pelo CDC revelam a importância que o governo norte-americano vem dando ao problema. Ontem (29), em conversa por telefone, o presidente Barack Obama e a presidenta Dilma Rousseff decidiram criar um grupo de pesquisa para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika.

À Agência Brasil, o porta-voz acrescentou que o monitoramento será acompanhado de ações para equipar laboratórios de diagnóstico e apoiar programas de controle de mosquitos, tanto nos Estados Unidos quanto nos países em que se verificam a presença do mosquito Aedes aegypt. O mosquito é o agente transmissor do vírus Zika, da dengue e da chikungunya.

A pesquisa destinada a criar uma vacina contra o vírus Zika, que pode provocar malformação em recém-nascidos, deverá ser feita com base em uma cooperação já existente entre o Instituto Butantan e o Instituto Nacional de Saúde (NIH), uma agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, com sede em Bethesda, no estado de Maryland.

Reunião
Antes da conversa com a presidenta Dilma, Obama orientou sua equipe de saúde para acelerar os esforços nas pesquisas para desenvolver vacinas e tratamentos para conter o vírus Zika. Em reunião, na terça-feira (26), na Casa Branca, com integrantes da área de Saúde e Segurança Nacional, Obama determinou que todos os americanos recebam informações sobre o vírus e as medidas que devem tomar para se proteger da infecção.

Hoje, existem 31 casos de Zika em 11 estados norte-americanos. O papel do CDC é evitar que aumentem os casos da doença. Por isso, o órgão faz constantes alertas destinados, principalmente, a americanos que possam ser infectados em viagens ao exterior.

Recentemente, o CDC alertou às mulheres grávidas que residem nos Estados Unidos a evitar que viajem para 23 países, a maioria na América o Sul e na América Central. Orientou também às mulheres que pretendem ficar grávidas que avaliem seus planos de viagem e que, caso resolvam mesmo viajar, se protejam contra os mosquitos nos lugares de destino.

Apesar de ressaltar que a epidemia do Zika se espalha muito rapidamente no Brasil e nas Américas, Benjamin Haynes disse que ainda é cedo para que o órgão publique uma lista de recomendações para que atletas e turistas se protejam durante o período das Olimpíadas, no Rio de Janeiro, de 5 a 21 de agosto deste ano. “Seria imprudente especular prematuramente o conteúdo de recomendações de cuidados ou proteção com uma antecedência de seis meses”, disse o porta-voz do CDC.

Haynes disse que o CDC tem conhecimento do vírus Zika há algum tempo e vem se preparando para sua chegada aos Estados Unidos. Laboratórios em muitos países já foram treinados para realizar testes para detectar a dengue e a febre chikungunya. “Essa especialização dos laboratórios agora será destinada para testes com o Zika”, acrescentou.


Por telefone, Dilma e Obama acertam parceria para vacina contra o vírus Zika

A presidenta Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiram criar um grupo de alto nível para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika. Os dois conversaram hoje (29), por telefone, e concordaram em unir esforços para produzir a vacina e produtos terapêuticos contra o vírus. O Zika está relacionado à ocorrência de microcefalia em recém-nascidos. 

A base das pesquisas será a cooperação já existente entre o Instituto Butantan e o National Institute of Health (NIH), que já estudam uma vacina contra a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Durante a ligação, Dilma e Obama determinaram que o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, e o Departamento de Saúde dos Estados Unidos mantenham contato a fim de aprofundar a cooperação bilateral na área.

Nesta semana, o governo federal intensificou as ações de mobilização para eliminar criadouros do Aedes aegypti. Outro vírus transmitido pelo mosquito, o chikungunya, provocou a morte de uma pessoa no Recife. Danielle Santana, de 17 anos, teve miosite aguda, associada ao vírus.

Itália desaconselha viagens a países afetados pelo Zika

O Ministério da Saúde da Itália desaconselhou grávidas ou mulheres pensando em ter um filho a visitarem os países mais afetados pelo vírus Zika. O comunicado da pasta não menciona o nome de nenhuma nação, apenas fala em “adiar viagens não essenciais para essas áreas”.

O governo recomendou também a mesma precaução para indivíduos afetados por doenças no sistema imunológico ou com graves patologias crônicas. “Ainda que a OMS [Organização Mundial da Saúde], até o momento, não recomende a aplicação de restrições de viagens ou movimentos internacionais às áreas ligadas à transmissão do vírus zika, é oportuno, com base em um princípio de extrema precaução, pedir a todos os viajantes que adotem medidas de proteção individual para prevenir picadas de mosquito”, diz o aviso do Ministério da Saúde.

Além disso, nos próximos dias, serão colocados em portos e aeroportos painéis informativos sobre a doença pedindo para os turistas que retornarem à Itália ficarem atentos a sintomas como febre, dores musculares e nas articulações, erupções cutâneas e conjuntivite.


Venezuela tem 255 casos de síndrome neurológica relacionada ao Zika

As autoridades venezuelanas registraram 255 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré, relacionada com o vírus Zika e que em alguns casos pode causar paralisia ou debilidade muscular, segundo a ministra da Saúde da Venezuela, Luisana Melo.

“Ontem, tínhamos registros de 255 doentes com a síndrome de Guillain-Barré e, de entre eles, há 55 que estão na unidade de cuidados intensivos”, disse a ministra em entrevista à televisão estatal VTV.

Até agora, foram contabilizados na Venezuela 4.500 casos suspeitos do vírus Zika, de acordo com a governante, que descartou a ocorrência de casos de microcefalia em bebés associados ao vírus, que se propagou por 24 países americanos e do Caribe.

No entanto, Luisana Melo assinalou que aquele número não corresponde ao total de casos, uma vez que, segundo cálculos das autoridades, três em cada quatro pessoas com o vírus é assintomática, pelo que o número de casos pode ser muito superior.

Ainda de acordo com a ministra, foi concebido “um plano de abordagem com atividades de promoção e prevenção” relativas à doença para implantar em todo o país. Serão usados de cerca de 70.000 litros de inseticida em pulverizações.

O vírus Zika provoca uma doença caracterizada por um surto de erupções cutâneas que podem ser acompanhados de febre, artrite, conjuntivite, dores musculares e dores de cabeça, entre outros sintomas.

Nos últimos meses, o vírus espalhou-se velozmente pelo continente americano que, segundo estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde, pode chegar 3 milhões a 4 milhões de casos da doença no espaço de um ano.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Dilma discute com governadores ações de combate ao Aedes aegypti

A presidenta Dilma Rousseff está reunida neste momento com os governadores dos estados de Pernambuco, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, por meio de videoconferência, para tratar de medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Dilma está acompanhada de sete ministros, entre eles, da Saúde, Marcelo Castro, da Integração Nacional, Gilberto Occhi e da Defesa, Aldo Rebelo, na Sala Nacional de Coordenação e Controle para Enfrentamento da dengue, chikungunya e vírus Zika.

Dia de mobilização
Hoje, o governo federal promove um dia de mobilização para eliminar possíveis criadores do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika – que pode causar microcefalia em crianças.

Mais cedo, o ministro da Saúde afirmou que o Brasil está diante de uma epidemia que chama a atenção do mundo, ao se referir ao avanço do vírus Zika no país. A declaração foi feita um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocar um comitê de emergência para tratar do assunto.

O continente americano deve ter entre 3 milhões e 4 milhões de casos de zika em 2016. A estimativa, divulgada ontem (28), é da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS.

Boletim divulgado na quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde confirma que 270 crianças nasceram com microcefalia por infecção congênita, mas não necessariamente causada pelo vírus Zika. A pasta ainda investiga 3.448 casos suspeitos de microcefalia.

A Região Nordeste concentra 86% dos casos notificados. Pernambuco continua com o maior número de casos em investigação (1.125), seguido da Paraíba (497), Bahia (471), do Ceará (218), de Sergipe (172), Alagoas (158), do Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e Maranhão (119).

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