O comitê de
emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar o risco de
propagação do vírus Zika no mundo terá hoje (1º) sua primeira reunião em
Genebra. O grupo discutirá se a propagação do vírus e sua possível relação com
o aumento de casos de microcefalia constitui emergência em saúde pública de
importância internacional, como aconteceu recentemente com a epidemia de ebola,
detectada na África Ocidental.
Segundo o
Ministério da Saúde, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças
Transmissíveis da pasta, Cláudio Maierovitch, apresentará os dados brasileiros
por videoconferência.
O comitê foi
criado depois que os Estados Unidos emitiram alerta para que gestantes não
viajassem a países onde circula o vírus e que governos aconselharam mulheres a
não engravidar.
O comitê é
formado por profissionais renomados, especialistas na área. Segundo a
professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, Deisy
Ventura, o grupo pode se reunir por alguns dias, até definir se defende a
declaração de emergência ou não. A decisão final é da diretoria-geral da OMS e
pode ser mudada, dependendo das novas informações.
Durante sessão
do conselho da organização na semana passada, a diretora-geral da OMS, Margaret
Chan, disse que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente e que o Zika,
após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha agora de forma explosiva.
Até o momento, segundo ela, 23 países já reportaram casos da doença
A situação é
preocupante, segundo Margaret Chan, por conta de fatores como a ausência de
imunidade entre a população; a falta de vacinas, tratamentos específicos e
testes de diagnóstico rápido; e a possibilidade de disseminação global da
doença, quando considerada a presença do mosquito Aedes aegypti em
diversas partes do planeta. O mosquito é o transmissor do vírus.
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Dag Vulpi