Dag Vulpi,
A banalização da hipocrisia no nosso meio vem a cada dia forçando a
sua quase aceitação por uma sociedade que vive impregnada daqueles que, ou a
usam de forma satírica, ou sarcástica, mas ainda assim, ela não perde a
essência objetivada. Tornando-a, portanto, tolerada, porém, jamais aceita.
A capacidade de esconder os sentimentos mais sinceros pode vir seguida
das mais variadas formas, porém, essa característica da falta de honestidade
nas ações é menos indigesta do que a hipocrisia do discurso. Esse hábito
baseado na demonstração de uma virtude ou sentimento que inexiste.
Pode ser que alguns dos amigos questionem o que o Dagmar esta tentando
passar com essa mensagem “nada a ver” com a postagem que ele está propondo. Mas
me adianto para responder, caso esse “alguém” exista. Eu estou me referindo
exatamente à essa capacidade que alguns, ainda que inconscientemente, possuem
para fazerem um discurso que não corresponde com as suas atitudes, quando, são
deveras duros ao criticarem determinados políticos de determinadas legendas,
mas que, valem-se de uma postura inversa e desproporcional quando atitudes
assemelhadas são tomadas por outros políticos de siglas distintas à aquelas dos
primeiros.
Muito bem, leiam a postagem abaixo e confiram a relação dos políticos
que votaram à favor na manutenção desse verdadeiro câncer da nossa política que
é o financiamento privado de campanha eleitoral.
Observem que são exatamente aqueles políticos que criticam os efeitos
do tal “financiamento” de campanha, ou seja, o combustível que toca a
engrenagem da maioria das corrupções, que apoiam a sua continuidade.
Aproveitando que falei de combustível, que tal recordarmos o último e talvez o
maior e melhor exemplo do que digo. Refiro-me ao “Petrolão”, esquema onde
grandes empresários que financiaram as campanhas milionárias de políticos
desonestos, se juntaram para rapinar o erário público. Uns, os empresários,
para recuperarem com altos índices de lucro, cada centavo que “investiram” nas
campanhas, outros, os políticos, bem, esses roubam porque são desonestos mesmo.
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Leia também: 71 deputados mudaram o voto para aprovar financiamento empresarial
Um dia depois de impor uma dura derrota ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e rejeitar o financiamento empresarial de campanha, o plenário da Casa aprovou na noite desta quarta-feira 27 uma emenda que autoriza as doações de empresas aos partidos políticos e não aos candidatos. A votação ocorreu graças a uma manobra de Cunha, que foi apoiada por diversos partidos, incluindo o PMDB e o PSDB. Apenas quatro legendas (PT, PDT, PCdoB e PPS) recomendaram voto contra o texto, que acabou aprovado com 330 votos a favor e 141 contrários.
Um dia depois de impor uma dura derrota ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e rejeitar o financiamento empresarial de campanha, o plenário da Casa aprovou na noite desta quarta-feira 27 uma emenda que autoriza as doações de empresas aos partidos políticos e não aos candidatos. A votação ocorreu graças a uma manobra de Cunha, que foi apoiada por diversos partidos, incluindo o PMDB e o PSDB. Apenas quatro legendas (PT, PDT, PCdoB e PPS) recomendaram voto contra o texto, que acabou aprovado com 330 votos a favor e 141 contrários.
Parlamentar
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UF
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Voto
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DEM
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Alberto
Fraga
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DF
|
Sim
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Alexandre
Leite
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SP
|
Sim
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Carlos
Melles
|
MG
|
Sim
|
||
Claudio
Cajado
|
BA
|
Sim
|
||
Efraim Filho
|
PB
|
Sim
|
||
Eli Côrrea
Filho
|
SP
|
Sim
|
||
Elmar
Nascimento
|
BA
|
Sim
|
||
Felipe Maia
|
RN
|
Sim
|
||
Hélio Leite
|
PA
|
Sim
|
||
Jorge Tadeu
Mudalen
|
SP
|
Sim
|
||
José Carlos
Aleluia
|
BA
|
Sim
|
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Mandetta
|
MS
|
Sim
|
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Marcelo
Aguiar
|
SP
|
Sim
|
||
Mendonça
Filho
|
PE
|
Sim
|
||
Misael
Varella
|
MG
|
Sim
|
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Moroni
Torgan
|
CE
|
Sim
|
||
Pauderney
Avelino
|
AM
|
Sim
|
||
Paulo Azi
|
BA
|
Sim
|
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Professora
Dorinha Seabra Rezende
|
TO
|
Sim
|
||
Rodrigo Maia
|
RJ
|
Sim
|
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Total DEM: 20
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