Os
raios cósmicos foram descobertos em 1912 pelo físico austríaco Victor Hess.
A
primeira análise detalhada de raios cósmicos que atingem a Terra mostrou que os
mais potentes deles se formam fora da nossa galáxia, segundo informaram no
Instituto de Tecnologia de Karlsruhe.
Os
raios cósmicos foram descobertos em 1912 pelo físico austríaco Victor Hess. São
partículas elementares e núcleos de átomos de vários elementos, acelerados a
uma velocidade muito próxima da velocidade da luz, representando um dos maiores
enigmas para cientistas e uma das principais ameaças para astronautas.
Hoje
em dia, não há uma opinião comum quanto à origem dos raios. Alguns cientistas
acreditam que as partículas se acelerem em restos quentes de estrelas que
explodiram dentro da Via Láctea, enquanto outros supõem que suas fontes sejam
núcleos e nuvens de gás em galáxias longínquas.
Markus
Roth, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, Alemanha, e seus
colegas há quase dez anos observam os raios cósmicos, que conseguem
"perfurar" a atmosfera da Terra e atingir sua superfície com o uso do
Observatório de Raios Cósmicos Pierre Auger na Argentina.
Observando
de onde vêm os raios, cientistas tentaram entender se são originados pela nossa
galáxia ou pelas suas "vizinhas".
"Raios
cósmicos podem ser considerados uma espécie de 'enviados' do universo, que nos
permitem saber muitas coisas novas sobre sua origem e seu estado hoje em dia
[…] O fato de termos detectado raios excessivos provenientes de certos pontos
do espaço esclareceu significativamente a possível localização de sua
'pátria'", declarou Markus Roth.
Segundo
o especialista, agora, pode-se afirmar com certeza que os raios cósmicos mais
potentes são originados fora da nossa galáxia. De acordo com os dados do
telescópio Pierre Auger, os "focos" mais brilhantes dos raios se
encontram a uma distância enorme do núcleo da galáxia, equivalente a 240 Luas
cheias interligadas.
A
fonte dos raios ainda permanece desconhecida pelos cientistas. No entanto, os
astrônomos acreditam que se formaram em galáxias próximas, não tão longe da Via
Láctea.
Em
breve, os detectores do observatório Pierre Auger serão renovados o que lhe
permitirá detectar a fonte das partículas.
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