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quinta-feira, 21 de maio de 2015

FMI e Banco Mundial afirmam que FHC quebrou o país


Dados do Banco Mundial e do FMI mostram que foi no governo de FHC que a renda per capita e o PIB caíram e a dívida pública líquida quase dobrou, o que esvazia argumentos de que governo atual está quebrando o país


Por Redação

Segundo os chamamentos que estão sendo feitos no WhatsApp e nas redes sociais, pessoas estão sendo convocadas para saírem às ruas acusando o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.


Se estes brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para tomar suas decisões, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso.


Segundo o Banco Mundial, o PIB do Brasil, que era de US$ 534 bilhões, em 1994, caiu para US$ 504 bilhões quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois. Para subir, extraordinariamente, destes US$ 504 bilhões, em 2002, para US$ 2 trilhões, US$ 300 bilhões, em 2013, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.


E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebrás, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país.


Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial, caiu de US$ 3.426, em 1994, no início do governo, para US$ 2.810, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de US$ 2.810, para US$ 11.208, também segundo o World Bank, depois que o PT chegou ao poder.


O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia US$ 108, caiu 23%, para US$ 81, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de US$ 250, hoje, também depois que o PT chegou ao poder.
As reservas monetárias internacionais – o dinheiro que o país possui em moeda forte – que eram de US$ 31,746 bilhões, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para US$ 37.832 bilhões nos oito anos do governo FHC.


Nessa época, elas eram de fato, negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de US$ 40 bilhões com o FMI. Depois, elas se multiplicaram para US$ 358,816 bilhões em 2013, e para US$ 369,803 bilhões, em dados de ontem, transformando o Brasil de devedor em credor, depois do pagamento da dívida com o FMI em 2005, e de emprestarmos dinheiro para a instituição, quando do pacote de ajuda à Grécia em 2008.


E, também, no quarto maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano. –(http://www.treasury.gov/ticdata/Publish/mfh.txt).


O Investimento Estrangeiro Direto (IED), que foi de US$ 16,590 bilhões, em 2002, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para US$ 80,842 bilhões, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial, passando de aproximadamente US$ 175 bilhões nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para US$ 440 bilhões depois que o PT chegou ao poder.


A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder.


Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superávit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 – segundo Ipeadata e o Banco Central – nos governos do PT.


E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha – cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” – ou o Canadá. 


Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo o Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois, e não está entre as primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20.


Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, há poucos dias, acreditem mais nos boatos das redes sociais, do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores.


Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola – ou da "cachola" – o absurdo paradigma, que vêm defendendo há anos, de que o Governo Fernando Henrique foi um tremendo sucesso econômico, e de que deixou “de presente” para a administração seguinte, um país econômica e financeiramente bem-sucedido.


Nefasto paradigma, este, que abriu caminho, pela repetição, para outra teoria tão frágil quanto mentirosa, na qual acreditam piamente muitos dos cidadãos que saíram às ruas: a de que o PT estaria, agora, jogando pela janela, essa – supostamente maravilhosa – “herança” de Fernando Henrique Cardoso, colocando em risco as conquistas de seu governo.


O pior cego é o que não quer ver, o pior surdo, o que não quer ouvir.
Está certo que não podemos ficar apenas olhando para o passado, que temos de enfrentar os desafios do presente, fruto de uma crise que é internacional, que faz com que estejamos crescendo pouco, embora haja diversos países ditos “desenvolvidos” que estejam muito mais endividados e crescendo menos do que nós.


Assim como também é verdade que esse governo não é perfeito, e que se cometeram vários erros na economia, que poderiam ter sido evitados, principalmente nos últimos anos.


Mas, pelo amor de Deus, não venham nos impingir nenhuma dessas duas fantasias, que estão empurrando muita gente a sair às ruas para se manifestar: nem Fernando Henrique salvou o Brasil, nem o PT está quebrando um país que em 2002 era a 14ª maior economia do mundo, e que hoje já ocupa o sétimo lugar.


Em pleno bombardeio institucional – Dilma Rousseff foi vaiada em uma feira de construção em São Paulo, apesar de seu governo ter financiado a edificação de dois milhões de casas populares – e às vésperas da realização de manifestações pedindo o impeachment da Presidenta da República, sua assessoria preparou um discurso, para a sua estreia em rede nacional de rádio e televisão, no segundo mandato, rico em lero-lero e pobre em informações.
O grande dado econômico dos “anos PT” não são os US$ 370 bilhões de reservas monetárias, que deveriam, sim, terem sido mencionados, ao lado do fato de que eles substituem, hoje, os 18 bilhões que havia no final do governo FHC, exclusivamente, por obra e graça de um empréstimo de 40 bilhões do FMI, que foi pago em 2005 pelo governo Lula.


Nem mesmo a condição que o Brasil ocupa, agora, segundo o próprio site oficial do tesouro norte-americano, de quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos.


Mas o fato de que o PIB, apesar de ter ficado praticamente estagnado em 2014, saiu de US$ 504 bilhões em 2002, para US$ 2 trilhões e 300 bilhões, em 2013, com um crescimento de mais de 400% em 11 anos, performance que talvez só tenha sido ultrapassada, nesse período, pela China.
E, isso, conforme, não, o IPTE – como está sendo apelidado o IBGE pelos hitlernautas de plantão nas redes sociais – mas segundo estatísticas da série histórica do site oficial do Banco Mundial. Faltou também dizer que não houve troca de dívida pública externa por interna, já que, no período, a dívida pública líquida caiu de quase 60% do PIB, em 2002, para aproximadamente 35%, agora, depois de ter praticamente duplicado no governo Fernando Henrique, com relação ao final do governo Itamar Franco.
Há outros dados que poderiam negar a tese de que o país inviabilizou-se, economicamente, nos últimos anos, como o aumento do salário mínimo de US$ 50 para mais de US$ 250 em menos de 12 anos, ou a produção de grãos e de automóveis ter praticamente duplicado no período.


É claro que o PT cometeu erros graves, como estimular a venda de carros sem garantir a existência de fontes nacionais de combustíveis, gastando bilhões de dólares no exterior na compra de gasolina, quando poderia ter subsidiado, em reais, a venda de etanol nacional no mercado interno, diminuindo a oferta de açúcar no mercado internacional, enxugando a disponibilidade e aumentando os ganhos com a exportação do produto.


Ou o de dar início a grandes obras de infraestrutura – de resto absolutamente necessárias – sem se assegurar, antes, por meio de rigoroso planejamento e negociação, que elas não seriam interrompidas dezenas de vezes, como foram.


Quem quiser, pode encontrar outros equívocos, que ocorreram nestes anos, e que poderiam ter sido corrigidos com a participação de outros partidos, até mesmo da base "aliada", se sua "colaboração" não se limitasse ao interesse mútuo na época das campanhas eleitorais, e à chantagem e ao jogo de pressões propiciados pelos vícios de um sistema político que precisa ser urgente e efetivamente reformado.


Mas o antipetismo prefere se apoiar, como Goebbels, na evangelização de parte da opinião pública com mentiras, a apontar os erros reais que foram cometidos, e debruçar-se na apresentação de alternativas que partam do patamar em que o país se encontra historicamente, agora. 



Soluções que extrapolem a surrada e permanente promoção de receitas neoliberais que se mostraram abjetas, nefastas e indefensáveis no passado, e a apologia da entrega, direta e indireta, do país e de nossas empresas, aos interesses e ditames estrangeiros. No discurso do governo – súbita e tardiamente levado a reagir, atabalhoadamente, pela pressão das circunstâncias – continua sobrando "nhenhenhém" e faltando dados, principalmente aqueles que podem ser respaldados com a citação de fontes internacionais, teoricamente acima de qualquer suspeita, do ponto de vista dos "analistas" do "mercado". Isso, quando o seu conteúdo – em benefício, principalmente, do debate – deveria ser exatamente o contrário.

Via Portal Metrópole 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Desenterrando ossos: FHC negocia votação para LDO de 2001


O presidente Fernando Henrique Cardoso pressionou os parlamentares e conseguiu que o relator do Orçamento, senador Amir Lando (PMDB-RO), se comprometesse a aprontar seu relatório para ser votado no dia 28, como queria o governo federal.

Como compensação, os parlamentares obtiveram de FHC a garantia de que o Executivo convocaria extraordinariamente o Congresso entre os dias 15 de janeiro e 15 de fevereiro de 2001, o que representou um ganho de R$ 16 mil a cada parlamentar. Com o pagamento de horas extras para os funcionários, o custo total foi de mais de R$ 20 milhões.

O acordo foi firmado no Palácio da Alvorada, em reunião entre FHC, Lando, o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), e o líder do governo na comissão, deputado Ricardo Barros (PPB-PR).

Lando saiu da reunião garantindo que entregaria seu relatório até o final daquela semana, o que possibilitou que o documento fosse votado pelo Congresso até o dia 28, mesmo que isso tenha comprometido a qualidade do Orçamento.

Antes da reunião, o discurso do senador era diferente. Ele dizia que não estava disposto a "assinar um cheque em branco” e ser responsabilizado por possíveis falhas e desvios de recursos.

Ao sair do Alvorada, Lando afirmou que o risco continuava existindo, mas que ele iria concluir seu trabalho no prazo porque contava com o apoio do presidente. "Gostaria de ter tido mais tempo para preparar um relatório com maior qualidade”, desabafou. "Mas quero compensar o tempo curto com a participação de todos os parlamentares e do Executivo, todos empenhados na fiscalização e na transparência”.

O governo não aceitava que o Orçamento fosse aprovado em 2001 porque a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) extinguia a figura do duodécimo, que até aquele ano permitia que o governo gastasse 1/12 da proposta orçamentária a cada mês enquanto o projeto não fosse votado.

De acordo com a LDO, se o Orçamento demorasse a ser aprovado, o governo poderia gastar apenas com salários, benefícios da Previdência Social, juros, dívidas e transferências constitucionais para Estados e municípios.

Mesmo após o acordo, ainda havia dois empecilhos para a aprovação do Orçamento na outra semana. Um deles era a ameaça da oposição de bloquear a tramitação, o que não havia ocorrido até aquela data. "Não acredito que um parlamentar obstrua o Orçamento e arque com a responsabilidade pelos problemas que o atraso irá causar”, apostou Barros.

A outra dificuldade era reunir quórum suficiente. Nesse ponto, além de mobilizar a base, os governistas tentaram um acordo com a oposição para aprovar o projeto em votação simbólica, que exigia a presença de apenas 20% dos parlamentares.

Já a contrapartida dos parlamentares à mobilização entre as festas é a convocação extraordinária. "O governo disse que se votasse o Orçamento haveria a convocação”, confirmou o líder do PFL na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE).

Além do dinheiro extra, os parlamentares queriam a convocação devido à campanha eleitoral no Legislativo, cuja sucessão presidencial ocorreu em fevereiro. "Depois do Orçamento, a coisa mais importante é a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado”, confirmou Inocêncio, candidato à presidência da Câmara. 


Por outro lado, os parlamentares não queriam o ônus da convocação, que ficaria com o governo federal.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Provas da compra de votos na reeleição de FHC eram “cabais”, conta jornalista

Em vídeo, o jornalista Fernando Rodrigues, à época na Folha de S. Paulo, conta como coletou durante quatro meses dados sobre o esquema de corrupção envolvendo o governo tucano. Ele garante que as informações seriam suficientes para que as autoridades tomassem alguma providência. Ninguém foi sequer investigado

Fernando Rodrigues, em entrevista cedida à equipe do documentário O Mercado de Notícias, crava: existiam, sim, “provas cabais”, denunciadas pela Folha de S. Paulo, da compra de votos no Congresso para garantir a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1997. “Isso era um fato. Vários jornalistas sabiam. (…) As provas eram incontestáveis. Os deputados diziam [em conversas gravadas] como recebiam o dinheiro, quem pagou e quanto foi”, acrescentou.

O jornalista responsável pela reportagem explica, no vídeo abaixo, como conseguiu juntar as informações que culminaram em um dos maiores escândalos da gestão de FHC. Segundo Rodrigues, a estratégia foi entrar em contato com os deputados que demonstravam ter mais caráter e que possivelmente não entrariam no esquema e pedir que eles gravassem as reuniões com os demais parlamentares. Esse processo levou quatro meses para ser concluído, mas resultou, de acordo com Fernandes, em uma coleta de dados que seriam o bastante para que as autoridades tomassem alguma providência.

“O que era necessário na época era que se abrisse um inquérito e um processo na Procuradoria-Geral da República. Mas a CPI não foi instaurada, pois a iniciativa da oposição foi abafada. Os deputados envolvidos imediatamente renunciaram ao mandato e desapareceram”, lembrou Rodrigues. Poucos meses depois de ajudar a enterrar a CPI, o PMDB conseguiu emplacar dois ministros no primeiro escalão de FHC: Iris Rezende, que virou titular da Justiça, e Eliseu Padilha, dos Transportes. “O procurador-geral de Justiça, Geraldo Brindeiro, disse que não havia indícios de nada e não abriu inquérito. Indícios não tinha, mesmo. Tinham provas!”

Apontar ganhador no debate da Record entre Dilma e Aécio no último domingo depende da filiação ou da simpatia partidária de cada um. Claro que cada lado terá seus argumentos sobre o que disse seu candidato para que fosse vencedor, mas, para o eleitor indeciso – que é o alvo dos debates e das campanhas neste momento –, não deve ter havido vencedor.

Este Blog, porém, tem opinião sobre o que viu. E, de tudo que foi visto, recolheu ao menos uma informação eloquente para que o leitor enxergue melhor quem se opõe a Dilma.

A numeralha e os termos técnicos são absolutamente inacessíveis para a população em geral. Isso sem falar que Aécio usa mentiras. Por exemplo, ao dizer que todos os indicadores sociais do Brasil vêm caindo. É mentira, vêm subindo há mais de uma década. Mas o tucano não pretende falar a verdade; seu objetivo é dar ares de verdade às próprias mentiras.

Aécio afirmou que Dilma não tem responsabilidade por investigações de corrupção, de modo que as milhares de operações da PF nos governos dela e de Lula, por exemplo, não seriam mérito dos dois. Mentiu de novo.

Sim, o governo pode permitir ou bloquear investigações. Como Dilma lembra sempre, no governo FHC chegava-se a transferir delegados da PF que investigavam “mais do que deviam”. E, ao nomear o primo do vice-presidente Marco Maciel como Procurador Geral da República, o ex-presidente tucano agiu para impedir “problemas” com o único órgão que poderia investigá-lo.

Contudo, além de manter um único procurador-geral da República em seu governo de 8 anos, e ainda um PGR que era parente de seu vice, FHC ainda tentou resguardar-se contra problemas futuros com a lei, pois nem ele acreditava que Lula assumiria e colocaria uma pedra sobre o passado.

Poucos se lembram disso, mas FHC tentou colocar no Supremo Tribunal Federal o homem que, durante oito longos anos, tratou de impedir toda e qualquer investigação sobre o governo federal, à diferença do que fariam Lula e, depois, Dilma, os quais nomearam para a Procuradoria sempre o nome indicado pelo Ministério Público.

E, repito, foram 3 PGR’s em 8 anos de Lula e 2 em 4 anos de Dilma contra 1 durante os 8 anos de FHC. É assim, como Lula e Dilma, que se combate a corrupção; é assim, como FHC, que se impede investigações de corrupção.
O ex-procurador-geral da República de FHC, Geraldo Brindeiro, primo do então vice-presidente Marco Maciel, livrou a cara de FHC várias vezes. Uma delas foi no caso da compra de votos para a reeleição do tucano, que o jornalista da Folha de SP Fernando Rodrigues considerou que foi inquestionavelmente corrupção envolvendo o governo tucano.

Veja, abaixo, vídeo em que Rodrigues fala sobre o caso.


Alguém foi sequer processado? Houve investigação? Nenhuma. Sabe por que, leitor? Porque FHC impediu. Ou melhor, o despachante que pôs na Procuradoria impediu.

O caso ao qual você viu o repórter da Folha se referir foi sumariamente engavetado por Geraldo Brindeiro. Se tivéssemos uma Procuradoria como as de Lula e Dilma, talvez o ex-presidente tucano estivesse saindo hoje da cadeia.

Devido a tão bons serviços prestados por Brindeiro, FHC tratou de tentar colocá-lo no STF, além de ter colocado Gilmar Mendes pouco antes para fazer o servicinho que vem fazendo para o PSDB ao longo dos anos. Porém, o tucano não conseguiu. Com a derrota de Serra para Lula, FHC tornou-se um “lame duck” e não teve força para dar sobrevida ao seu engavetador.

Abaixo, matéria do jornal O Estado de São Paulo de 2 de setembro de 2002 que mostra a manobra que FHC tentou para prolongar a vida útil do engavetador-geral da República, quem, ao lado de uma Polícia Federal manietada, impediu que qualquer das muitas falcatruas daquele governo fosse investigada.

Clique aqui para ir à página original da matéria.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Escândalos de corrupção envolvendo Aécio, o PSDB e aliados.



São muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas sobre tucanos e aliados.

O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, se apresentou como sendo o candidato da ética e da moralidade nas eleições presidenciais de 2014, mas são muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre ele, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados. Escândalos esses em torno dos quais o PSDB opera para que não tenham  destaque da mídia e não sejam investigados. Confira abaixo 14 deles:


1 – Escândalo da Petrobrás: valor ainda não contabilizado



O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, adora criticar a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, pelo suposto envolvimento de petistas no escândalo da Petrobrás. As investigações, entretanto, apontam também para o possível envolvimento de lideranças tucanas. Em depoimento, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou ter pago propina ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que morreu este ano, para ele ajudar a esvaziar uma CPI criada em 2009 para investigar a Petrobrás.


2 - Desvio das verbas da saúde mineira: R$ 7,6 bilhões



Na última terça (14), no debate da Band, a presidenta Dilma acusou Aécio Neves de desviar R$7,6 bilhões da saúde quando foi governador de MG. O tucano disse que ela estava mentindo e, então, Dilma convidou os eleitores a acessarem o site do Tribunal de Constas do Estado (TCE). Naquela noite, o site saiu do ar, segundo o TCE devido à grande quantidade de acessos. Nesta quarta (15), o site voltou, mas os documentos citados por Dilma desapareceram por cerca de 4 horas, até a imprensa denunciar a manobra. A presidenta do TCE, Adriane Andrade, foi indicada por Aécio e é casada com Clésio Andrade (PMDB), seu vice-governador no primeiro mandato. (http://goo.gl/LqdpP3)

3 – Aecioporto de Cláudio: R$ 14 milhões



Quando era governador de Minas Gerais (2003-2010), Aécio construiu cinco aeroportos em municípios pequenos, todos eles nas proximidades das terras de sua família. O caso mais escandaloso foi o de Cláudio, com cerca de 30 mil habitantes e que já fica próximo a outro aeroporto (o de Divinópolis, há apenas 50 Km). A pista, que foi construída a 6 Km da fazenda do presidenciável, fica nas terras do tio-avô de Aécio, desapropriadas e pagas com dinheiro público. Quem cuida das chaves do portão são os primos de Aécio. Custou R$ 14 milhões aos cofres mineiros.


4 – Relações com Yusseff : R$ 4,3 milhões



O doleiro Alberto Yousseff ficou conhecido nacionalmente devido ao seu envolvimento no escândalo da Petrobrás. Mas a Polícia Federal também investiga os serviços prestados pelas empresas de fachada do doleiro para outra estatal, a mineira Cemig, controlada há anos pelo PSDB de Aécio Neves, principal líder do partido no Estado. As suspeitas é que a Cemig tenha sido usada para engrossar o caixa do grupo, através da parceria com a empresa Investminas, uma sociedade de propósito específico, criada para construir e operar pequenas hidrelétricas, cuja única operação comercial foi uma parceria firmada com a Cemig. Vendida à Light, a participação na sociedade rendeu à Investminas, em poucos meses, R$ 26,586 milhões,  um ágil surpreendente de 157%. Três semanas depois, R$ 4,3 milhões foram depositados pela Investminas na conta MO Consultoria, empresa de fachada usada por Yousseff. As suspeitas é que tenham sido destinados a pagar os agentes públicos envolvidos na operação. O caso carece investigação.

5 - Favorecimento aos veículos da Família Neves: valor não contabilizado



Nem Aécio Neves e nem o governo de MG divulgam qual a fatia da publicidade oficial do estado foi parar nos meios de comunicação da família do tucano, de 2003 até agora. E a falta de transparência, claro, gera suspeitas. A família Neves controla a Rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João Del Rei, além do semanário Gazeta de São João Del Rei. Aécio é sócio da Arco Íris com a mãe e irmã mais velha, Andrea que, quando ele foi governador, era coordenadora voluntária do grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuição estabelecer as políticas de comunicação do governo e aprovar os gastos em publicidade.


6 -Nepotismo em Minas



Aécio diz que é a favor da meritocracia, mas, além de receber pelo gabinete do pai, em Brasília, quando morava no Leblon, de 1980 a 1983, não deixou de empregar parentes quando governou Minas. A lista é longa. Oswaldo Borges da Costa Filho, genro do padrasto do governador, foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Minas Gerais. Fernando Quinto Rocha Tolentino, primo, assessor do diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/MG). Guilherme Horta, outro primo, assessor especial do governador. Tânia Guimarães Campos, prima, secretária de agenda do governador. Frederico Pacheco de Medeiros, primo, era secretário-adjunto de estado de Governo. Ana Guimarães Campos e Júnia Guimarães Campos, primas, servidoras do Servas. Tancredo Augusto Tolentino Neves, tio, diretor da área de apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Andréia Neves da Cunha, irmã, diretora-presidente do Serviço de Assistência Social de Minas Gerais (Servas). Segundo Aécio, o trabalho da irmã era voluntário.

7 – Mensalão tucano: pelo menos R$ 4,4 milhões



Trata-se do esquema de desvio de verbas de empresas públicas armado em Minas Gerais, em 1998, para favorecer a reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo. Além dos políticos tucanos, os acusados são os mesmos responsabilizados pelo chamado “mensalão petista”: o publicitário Marcos Valério e os diretores do Banco Rural. Entretanto, embora tenha acontecido antes, o esquema tucano ainda não foi julgado. E mais, não o será pelo STF, mas pela justiça comum. O processo está engavetado há tanto tempo que vários envolvidos já se beneficiaram pela prescrição. Pela denúncia feita pelo Ministério Público, foram desviados pelo menos R$ 4,4 milhões. Mas os valores são discutíveis: como as operações de algumas empresas públicas, como a Cemig, ficaram de fora da denúncia, há quem defenda que possa ser bem maior.


8 - Mensalão tucano II: R$ 300



As conexões dos tucanos com o esquema de Marcos Valério são profundas. O candidato derrotado ao governo de Minas Gerais pelo PSDB nas eleições deste ano, Pimenta da Veiga, é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga porque ele recebeu, em 2003, um total de R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério.


9 – Máfia do Cachoeira: valor não contabilizado



Em 2012, o Congresso instalou uma CPI para investigar as relações entre a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. Entre os públicos, estavam o ex-senador Demóstenes Torres (à época filiado ao DEM), o então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de prevaricar ao descontinuar as investigações da Polícia Federal. Entre os agentes privados, destacaram-se veículos de imprensa, como a revista Veja, e empreiteiras, como a construtora Delta. Em função da pressão política dentro do parlamento, para aprovar seu relatório final, o deputado Odair Cunha (PT-MG) teve que retirar os pedidos de indiciamento de jornalistas e do ex-procurador geral. O mandado de Demóstenes no Senado foi cassado, mas, por decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, o mais afinado com o ideário tucano, ele teve o direito de reassumir sua vaga de promotor em Goiás.


10 – Cartel dos metrôs de SP e DF: pelo menos R$ 425 milhões



O escândalo vem de longa data, mas até agora nenhum político foi punido. Envolvem dois casos diferentes, mas com relações entre si: o Casol Alston, a multinacional francesa que teria subornado políticos ligados ao governo Alckmin para ganhar o contrato da expansão do metrô de SP, e o Caso Simiens, a empresa que admitiu ter formado cartel com outras 13 para fraudar as licitações do metrô de SP e do DF. A Simens entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma série de documentos que comprovam que o governo tucano tinha conhecimento da formação do cartel. Reportagem da Istoé estimou em R$ 425 milhões de reais os prejuízos para os cofres públicos. No Caso Alston, a PF indiciou, por corrupção passiva, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), ex-ministro do governo FHC.


11 - Privataria tucana: R$ 124 bilhões



Registradas e documentadas no livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Junior, as denúncias revelam os descaminhos do dinheiro público desviado pelos tucanos na era das privatizações, instaurada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu então ministro da Fazenda, José Serra. Resultado de 12 anos de investigação do ex-jornalista da Isto É e de O Globo, o livro irritou o ninho tucano. Serra o classificou como “lixo”. FHC, como “infâmia”. Aécio Neves, como “literatura menor”. Pelos cálculos do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), delegado da Polícia Federal que atuou no caso, o montante desviado dos cofres públicos pelos tucanos para paraísos fiscais chega a R$ 124 bilhões.


12 – Emenda da reeleição de FHC: valor não contabilizado



Em 1997, durante o governo FHC, a Câmara aprovou a emenda que permitiria a reeleição presidencial. Poucos meses depois, começaram a pipocar as denúncias de compra de votos pelo Executivo para aprovação da matéria. Um grampo revelou que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, receberam R$ 200 mil cada um. Na gravação, outros três deputados eram citados de maneira explícita e dezenas de congressistas acusados de participação no esquema. Nenhum foi investigado pelo Congresso nem punido. Apesar das provas documentais, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, engavetou as denúncias. No ano seguinte, FHC se reelegeu para um novo mandato. Brindeiro foi nomeado para um segundo mandato no cargo.


13 – O caso da Pasta Rosa: US$ 2,4 milhões



Em 1995, servidores do Banco Central que trabalhavam em uma auditoria no Banco Econômico encontraram um dossiê com documentos que indicavam a existência de um esquema ilegal de doação eleitoral, envolvendo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Antônio Calmon de Sá, dono do Econômico e ex-ministro da Indústria e Comércio da ditadura. O esquema apontava a distribuição ilegal de US$ 2,4 milhões dos bancos a 45 políticos que se candidataram nas eleições de 1990, entre eles o José Serra (PSDB), Antônio Magalhães (do antigo PFL, hoje DEM) e José Sarney (PMDB). O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco. Nenhum político foi punido por causa do escândalo.


14 – Caso Sivam: valor não contabilizado



Primeiro grande escândalo de corrupção do governo FHC, o Caso Sivam, que estourou em 1995. envolve denúncias de corrupção e tráfico de influência na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia. O ponto alto foi quando o vazamento de gravações feitas pela Polícia Federal expôs uma conversa entre o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, à época chefe do cerimonial de FHC, e o empresário José Afonso Assumpção, representante da empresa norte-americana Raytheon no Brasil, em que ambos defendiam os interesses dessa última no Sivam. E foi justamente a Raytheon que arrematou, sem licitação, o contrato de US$ 1,4 bilhão. O escândalo também envolvia ministros e outros assessores de FHC, além de empresas brasileiras. Em 1996, o deputado Arlindo Chinglia (PT-SP) protocolou pedido de instalação de uma CPI, que só saiu em 2001, mas de forma esvaziada. Como tinha maioria no parlamento, o governo FHC conseguiu abafar as denúncias. Ninguém foi punido.

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