Mostrando postagens com marcador Donald Trump. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Donald Trump. Mostrar todas as postagens

sábado, 29 de abril de 2017

Trump diz a defensores de armas nos EUA que eles têm um "amigo" na Casa Branca


O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assegurou nesta sexta-feira (28) a integrantes da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês) que eles têm um "amigo" na Casa Branca e prometeu que jamais agirá contra o direito ao porte de armas. A NRA é o maior grupo de pressão favorável à posse de armas no país, As informações são da agência EFE.

Leia também:

"O ataque dos últimos oito anos contra os seus direitos, protegidos pela Segunda Emenda (da Constituição dos EUA), chegou a um final surpreendente. Vocês têm agora um amigo na Casa Branca", afirmou Trump em discurso na convenção anual da NRA em Atlanta, no estado da Geórgia.

"Eu lhes prometo que, como presidente, jamais vou interferir no direito das pessoas de possuir e portar armas. A liberdade não é um presente do governo, é um presente de Deus", acrescentou Trump. Ele é o primeiro presidente a discursar na reunião anual da NRA desde Ronald Reagan, em 1983, um fato que Trump destacou com orgulho, enquanto lembrava o apoio público que recebeu da NRA durante a campanha eleitoral do ano passado.

"Vocês me apoiaram, e eu vou apoiá-los agora", disse o presidente, que neste sábado (29) completa 100 dias no poder. Trump pediu aos presentes que se mantenham "atentos" àqueles que querem atacar o direito de portar armas. "Quando alguém proíbe as armas, [o resultado é que] apenas os criminosos estarão armados", disse Trump, ao ressaltar que "a propriedade responsável de armas salva vidas". Trump lembrou que, além disso, seu governo "agiu rapidamente para restaurar algo que importa muito aos proprietários de armas: a aplicação da lei", mediante apoio claro aos policiais e agentes da ordem.

MS-13
O presidente dos EUA destacou, em particular, a política de tolerância zero declarada ao grupo Mara Salvatrucha (MS-13), uma organização criminosa que surgiu nas ruas de Los Angeles, na Califórnia, e que ganhou força na América Central, especialmente em El Salvador. "Sabem o que é a MS-13, não? As coisas já não são agradáveis para eles. Vamos tirá-los daqui, não é verdade? Fora daqui", disse Trump.

A posição do presidente na questão do porte contrasta com a política adotada no governo Barack Obama, que afirmou, em várias ocasiões, que uma de suas maiores frustrações era não ter conseguido fazer nada para evitar a morte de inocentes em episódios violentos envolvendo massacres com armas de fogo que ocorrem com regularidade nos EUA.

Obama promoveu, em 2013, medidas para o controle de armas, mas o Congresso sequer aprovou a iniciativa que gerava mais consenso no país, a verificação de antecedentes dos compradores, devido, em parte, à grande influência política da NRA.

Trump não descarta conflito com a Coreia do Norte, mas espera saída diplomática


"Existe uma chance de que acabemos tendo um grande, grande conflito com a Coreia do Norte". A declaração do presidente Donald Trump é o destaque de uma entrevista exclusiva veiculada hoje (28) pela Agência Reuters. Ao falar sobre o acirramento das tensões na região, Trump disse que prefere a saída diplomática. 

Leia também:

"Adoraríamos solucionar as coisas diplomaticamente, mas é muito difícil", frisou. A entrevista foi destaque nesta sexta-feira na imprensa americana, um dia antes de Trump completar 100 dias de governo.

Com a Coreia do Norte, ele enfrenta o maior desafio, até o momento.

O país intensificou exercícios militares na área e estuda sanções econômicas contra a Coreia do Norte, além de aproximação para uma saída diplomática.  Hoje haverá uma reunião extraordinária no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tema.

Nas semanas anteriores, Donald Trump mandou mensagens mais duras, inclusive com a visita do vice-presidente Mike Pence ao Japão e à Coreia do Sul. Anteriormente, o presidente vinha dando declarações ameaçadoras direcionadas ao líder norte-coreano Kim Jong-Un. O vice-presidente disse que a negociação estava descartada, pelo menos por enquanto.

Na entrevista à Reuters, Trump, inverteu o discurso, ao dizer que o conflito não está descartado, mas que espera uma saída diplomática.

Uma possível abertura ao diálogo já havia sido indicada pelo governo chinês. Ontem o Ministério das Relações Exteriores da China parabenizou  os Estados Unidos pela mudança de postura. Para o governo chinês, Trump está, neste momento, mais aberto ao diálogo.

Os Estados Unidos haviam pedido ajuda à China para pressionar o líder Kim Jong-Un a abandonar os testes nucleares.

Durante a visita do presidente chinês Xi-Jinping aos Estados Unidos, no começo deste mês, Donald Trump insistiu no tema.

A China pediu cautela e, naquele momento, disse que a falta de diálogo só acirraria o quadro. Antes da visita de Xi-Jinping, Trump havia feito críticas também ao governo chinês, dizendo que esperava mais dedicação.

Na entrevista à Reuters, ele disse ter visto empenho da parte do presidente chinês. "Acredito que ele está se esforçando muito. Sei que ele gostaria de ser capaz de fazer algo."
A China mandou um duro recado ontem à Coreia do Norte e disse que poderia definir algum tipo de sanção ao país, caso fosse feito um novo teste com mísseis nucleares.

Trump reconhece que a China está em comunicação constante com a Coreia do Norte e que o governo chinês já havia solicitado a interrupção dos testes nucleares.

Na entrevista, Trump evitou opinar sobre o perfil do líder norte-coreano. "Não sei dizer se ele é racional, mas espero que seja", disse o presidente americano, ao ser perguntado sobre a personalidade de Kim Jong-Un. "Ele tem 27 anos, seu pai morreu, e ele  assumiu um regime", disse. "Então, diga o que você quer, mas isso não é fácil, especialmente nessa idade," acrescentou.

Kim Jon-Un tem respondido com envio de mensagens agressivas a Washington, como vídeos que simulam o lançamento de bombas em território norte-americano e a destruição do país.

A preocupação dos Estados Unidos e aliados com a Coreia do Norte é proporcional à capacidade nuclear do país.

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e agentes infiltrados na região acreditam que os norte-coreanos estão avançando na produção de mísseis nucleares.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Ted Cruz quer financiar muro com México com fundos do traficante "El Chapo"


O senador republicano pelo Texas, Ted Cruz, propôs nesta quarta-feira (26) financiar a construção do polêmico muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, proposto pelo presidente Donald Trump, com os fundos apreendidos do narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, atualmente preso em Nova Iorque.

Leia também:

Cruz, ex-aspirante à candidatura presidencial republicana, disse hoje que as autoridades federais estão tratando de recuperar cerca de US$ 14 bilhões de supostos lucros obtidos pelo narcotraficante como chefe do cartel de Sinaloa.

"US$ 14 bi seriam mais do que suficientes para a construção do muro que manterá os EUA seguros e estancará o fluxo ilegal de drogas, armas e indivíduos através de nossa fronteira sul", disse Cruz em uma entrevista à emissora Fox.

Problemas
Apesar de sua insistência na construção do muro na fronteira, que a princípio disse que seria pago pelo México, Donald Trump enfrenta grandes dificuldades para cumprir com sua controversa promessa de campanha, entre elas os problemas para encontrar financiamento e a negativa de muitos congressistas a contribuir com fundos para isso.

O custo inicial estimado pelo magnata para a construção do muro era de cerca de US$ 8 bilhões, mas o cálculo hoje já passa de US$ 21,6 bilhões, segundo as últimas cifras do Departamento de Segurança Nacional dos EUA.

O traficante "El Chapo" foi extraditado do México para ser julgado nos Estados Unidos no último dia 19 de janeiro, poucas horas antes de o então presidente, Barack Obama, passar o poder a Trump.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Rússia repudia lançamento de mísseis na Síria; França e Alemanha apoiam


Agência Brasil

Líderes mundiais repercutiram hoje (7) o lançamento de 59 mísseis, pelos Estados Unidos, contra a base militar do governo da Síria nessa quinta-feira (6). A Rússia repudiou fortemente, enquanto a França, a Alemanha e Israel apoiaram o ataque. Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, a ação foi uma resposta ao ataque químico lançado no começo da semana pelo Exército sírio, comandado pelo presidente Bashar Al Assad.

Em comunicado, o presidente russo, Vladmir Putin,  disse que o lançamento dos mísseis agrediu um Estado soberano e isso representa "um golpe nas relações da Rússia com os Estados Unidos".

O Kremlin reforçou que os Estados Unidos terão consequências negativas porque violaram normas do direito internacional. O país já pediu pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A França e Alemanha afirmaram, em comunicado conjunto, que o presidente sírio, Bashar Al Assad, tem plena responsabilidade pelos ataques dos Estados Unidos à base militar do governo sírio.

O primeiro-ministro de Israel também apoiou. Benjamin Netanyahu afirmou que o Estado israelense está plenamente de acordo com a decisão de Donald Trump.

Outros países que apoiaram o ataque foram o Japão, a Turquia, o Reino Unido e a Arábia Saudita. A China e o Irã afirmaram que não apoiam a medida norte-americana.

Na noite dessa quinta-feira (6), Donald Trump fez um pronunciamento, após o anúncio do ataque, e  conclamou os países que se unam aos Estados Unidos para lutar contra o que chamou de derramamento de sangue inocente na Siria.

Ao falar do ataque, Trump lembrou que as armas químicas estão proibidas segundo resolução das Nações Unidas. Os mísseis lançados são a primeira ação militar direta dos Estados Unidos sobre a Síria.

Um ataque com gás venenoso na terça-feira, na cidade síria de Khan Sheikhoun, tomada por rebeldes, matou entre 70 e 80 pessoas, a maioria delas civis, crianças e mulheres.

Até o momento, o discurso de Donald Trump estava direcionado ao combate ao grupo extremista Estado Islâmico que, na Síria, faz oposição ao governo.

De acordo com o Pentágono, a Casa Branca já vinha discutindo medidas a serem tomadas em relação ao país. Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos à Síria em setembro de 2014, mas o alvo vinha sendo o Estado Islâmico.

O lançamento dos mísseis ocorreu em meio a uma agenda internacional de Donald Trump, após jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, na Flórida. Os dois presidentes estarão reunidos até o fim da tarde de hoje.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Trump diz que EI será erradicado e luta vai durar menos do que se espera


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou hoje (5) que o Estado Islâmico (EI) será destruído e acrescentou que a luta contra os terroristas "será mais curta" do que o esperado, após receber na Casa Branca o rei Abdullah II da Jordânia. O mandatário americano classificou o rei  como um "parceiro e aliado devoto, desde os primeiros dias da campanha contra o Estado Islâmico, tanto na Síria quanto no Iraque".As informações são da agência EFE.

"Vamos erradicar o EI e protegeremos os civis. Não temos opção", afirmou Trump numa entrevista coletiva conjunta ao lado do rei jordaniano, em Washington.

"Será uma luta mais curta do que um monte de gente pensa, acreditem em mim. Já demos passos enormes. Fizemos mais nas últimas seis semanas do que o governo anterior fez em anos e vamos continuar assim", afirmou Trump, que está a apenas dois meses e meio no poder.

Em mais uma de suas frequentes críticas ao seu antecessor, Barack Obama, o magnata republicano  afirmou que "herdou uma confusão", mas prometeu vai regularizá-la. Ele não deu, no entanto, detalhes a respeito.

Retomada de Mossul

Os EUA lideram a coalizão internacional que dá apoio aéreo e assessoria militar ao Iraque na batalha pela retomada da cidade de Mossul, a segunda maior do país e cuja luta pela reconquista começou em outubro passado. As tropas iraquianas já tomaram toda a zona leste da cidade e atualmente estão enfrentando os jihadistas no centro, embora o confronto esteja durando mais do que o esperado.

No último fim de semana, Jared Kushner, genro de Trump e um de seus principais assessores, fez uma viagem surpresa ao Iraque com o chefe do Estado-Maior conjunto dos Estados Unidos, Joseph Dunford, para reafirmar o apoio do Executivo em Washington às tropas iraquianas em Mossul.

Paz na Palestina

Além do conflito bélico na Síria e da questão do grande número de refugiados na Jordânia, Trump e o rei Abdullah trataram do conflito entre israelenses e palestinos. Na oportunidade, o rei ofereceu ao presidente americano a sua ajuda e a dos países árabes para "aparar as arestas" em um possível plano de paz palestino-israelense.

"O presidente Trump entende as circunstâncias e os desafios. Todos temos uma responsabilidade e nosso trabalho é facilitar a aproximação entre palestinos e israelenses", afirmou Abdullah em entrevista coletiva conjunta com Trump nos jardins da Casa Branca.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Governo Trump amplia lista de imigrantes deportáveis e endurece regras do setor

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (United States Department of Homeland Security – DHS, na sigla em inglês) ampliou hoje (21) o número de pessoas em situação irregular no país e que poderão ser deportadas, além de determinar mais rigor no cumprimento das leis migratórias existentes. As diretrizes para a lista de "deportáveis" foram alteradas por meio de dois memorandos, assinados pelo secretário de Segurança Interna, John Kelly.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

'Um Dia sem Imigrantes' paralisa empresas e serviços nos Estados Unidos

Diversas empresas dos Estados Unidos ficaram fechadas em grandes cidades do país nesta quinta-feira (16) e outras trabalharam com capacidade reduzida graças à adesão ao protesto denominado "Um Dia sem Imigrantes" (A Day Without Immigrants).  A iniciativa teve início nas redes sociais, com o objetivo de protestar contra as políticas migratórias do presidente Donald Trump, e se espalhou por todo país. As informações são da Agência Ansa.

Centenas de companhias da construção civil, restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos não funcionaram para mostrar ao presidente a importância dos imigrantes para a economia do país. Em Nova York, Washington, Boston, na Filadélfia e em Los Angeles, vários imigrantes abandonaram seus postos de trabalho e se negaram a fazer compras e usar o transporte público, ignorando por um dia a economia norte-americana.

Na capital, Washington, os manifestantes marcharam até a Casa Branca, sede do governo norte-americano, e diversas ruas foram interditadas. Manifestantes carregavam cartazes com frases como "Nenhum ser humano é ilegal" e "Você come comida? Então você precisa de imigrantes".

Diversos imigrantes salvadorenhos, colombianos, indianos e coreanos uniram-se ao protesto contra as medidas anunciadas por Trump, que quer acelerar a deportação de imigrantes ilegais e proibir a entrada de refugiados no país. Em alguns locais foram afixados cartazes que diziam: "fechado por greve geral". Escolas receberam ligações de imigrantes informando que estavam doentes e não iriam às aulas.

Segundo o Escritório do Censo, a população de imigrantes nos Estados Unidos cresceu de maneira histórica nos últimos anos. De acordo com os últimos dados, divulgados em 2013, 13% dos habitantes do país nasceram no exterior, o equivalente a mais de 41 milhões de pessoas.


sábado, 11 de fevereiro de 2017

Autoridades norte-americanas prendem imigrantes sem documentos em seis estados

Agência Brasil
As autoridades de imigração norte-americanas prenderam centenas de imigrantes sem documentos em pelo menos seis estados ao longo desta semana em uma ofensiva que aparentemente marca o início da aplicação em grande escala da ordem executiva do presidente Donald Trump, assinada em 26 de janeiro, destinada a deportar cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais, inclusive 3 milhões, supostamente com antecedentes criminais.

Em janeiro, seis dias após tomar posse, Donald Trump assinou uma ordem executiva que ampliou as categorias de imigrantes sem documentos a serem incluídos na listas para deportação, cumprindo assim sua promessa de campanha para combater a imigração. Centenas de prisões foram confirmadas pelas autoridade de imigração de vários estados, mas a Casa Branca ainda não divulgou oficialmente o início da vigência da ordem executiva para deportações em massa.

Uma ordem executiva é uma norma que coloca em prática as políticas do governo a serem executadas pelas agências e departamentos oficiais. O ato se resume a uma ação de governo e não tem o poder de reverter uma lei aprovada pelo Congresso. Desde que tomou posse, Trump assinou 12 ordens executivas.

A ordem executiva de 26 de janeiro é ampla e não se resume a medidas para deportar imigrantes. Ela também prevê a contratação de mais de 10 mil agentes de imigração para fiscalizar as fronteiras e o interior do país, além de uma fiscalização das chamadas "cidades santuárias", ou seja, dos municípios que se recusaram a transferir imigrantes sem documentos para o âmbito das autoridades federais.

Invasão
Funcionários da imigração confirmaram que agentes federais invadiram esta semana casas e locais de trabalho em Atlanta, Chicago, Nova York, Los Angeles e também em algumas cidades da Carolina do Norte e da Carolina do Sul, em busca de imigrantes sem documentos. No entanto, Gillian Christensen, porta-voz do Departamento de Segurança Interna, o órgão norte-americano que supervisiona os setores de imigração e de alfândega, não quis usar a palavra "invasão" para se referir às operações realizadas e falou em "ações direcionadas de rotina".

Gillian disse que a ofensiva, que começou na segunda-feira (6) e terminou sexta-feira (10), prendeu imigrantes sem documentos provenientes de 12 países latino-americanos. "Estamos falando de pessoas que são ameaças à segurança pública ou uma ameaça à integridade do sistema de imigração", disse. Segundo ela, a maioria dos presos eram criminosos sérios, incluindo alguns que haviam sido condenados por assassinato e violência doméstica .

Ativistas que combatem a repressão a imigrantes porém afirmam que as prisões não se resumiram a criminosos. Disseram também que a ação das autoridades envolveu uma área bem maior do que a admitida, uma vez que cidades dos estados da Flórida, Kansas, Texas e Virgínia também registraram prisões.

"Esta é claramente a primeira onda de ataques [a imigrantes] sob o governo Trump, e sabemos que não vai ser a única", disse Cristina Jimenez, diretora-executiva da United We Dream (Juntos Sonhamos), uma organização de jovens imigrantes, em entrevista à imprensa.

Agentes de imigração em Los Angeles, na Califórnia, detiveram dezenas de pessoas em casa ou a caminho do trabalho. Em uma teleconferência na sexta-feira (10), o diretor de imigração para a área de Los Angeles, David Marin, disse que 160 pessoas foram presas. Segundo ele, desse total, 75% tinham condenação por crime. Os demais realizaram pequenos delitos ou estavam ilegalmente nos Estados Unidos. Entre as pessoas presas em Los Angeles, 37 foram deportadas para o México.

Emissoras de rádio em língua espanhola e a afiliada local da NPR (uma rádio pública dos Estados Unidos) vêm divulgando, em Los Angeles, anúncios sobre os direitos dos imigrantes. As emissoras estão convidando os imigrantes a participar de seminários para tomarem consciência das medidas que podem adotar na Justiça, caso estejam sob ameaça de prisão ou deportação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

EUA podem taxar importações do México para custear construção de muro


José Romildo - Agência Brasil
Os Estados Unidos pretendem aplicar um imposto de 20% sobre todas as importações do México direcionadas para o mercado americano. Com a receita deste imposto, o governo norte-americano quer pagar os custos de um muro na fronteira sul do país com o México, segundo informou hoje (26) o secretário de imprensa da presidência, Sean Spicer. Conforme o secretário, o dinheiro a ser arrecadado é suficiente para levantar US$ 10 bilhões em apenas um ano.

Leia também:

A ideia de taxar as mercadorias provenientes do México foi dada por parlamentares republicanos. O custo do muro, de acordo com o cálculo de alguns congressistas, pode alcançar entre US$ 14 bilhões e US$ 20 bilhões, o que significa que o imposto cobriria grande parte do valor do projeto.
Os parlamentares estão estudando outras propostas para cobrir o valor do muro, inclusive a possibilidade de imposição de uma taxa sobre operações das bolsas de valores americanas.

O valor das mercadorias importadas do México em 2015 alcançou US $ 296 bilhões. O México é o terceiro parceiro comercial dos Estados Unidos, depois do Canadá e da China.

Spicer afirmou que a instituição de uma taxa exigirá a aprovação de uma nova lei sobre o assunto. No entanto, o presidente Donald Trump tem a autoridade, em determinadas situações, de impor tarifas sobre as importações se considerar que os interesses dos Estados Unidos estão ameaçados.

A aprovação do imposto pode representar uma nova escalada de reclamações e desentendimentos entre os  dois países, após uma campanha eleitoral em que Trump se referiu aos mexicanos, em um discurso, como "estupradores" e insistiu que o país pagaria pelo muro.

No início deste mês, o ministro mexicano da Economia, Ildefonso Guajardo, alertou que um imposto de fronteira desencadearia conseqüências em todo o mundo e poderia gerar uma recessão global.

O anúncio de Spicer ocorreu horas depois que o presidente Peña Nieto cancelou uma visita programada à Casa Branca, um dia após Trump ter assinado uma ordem executiva para construção do muro.
Apenas uma opção

Horas depois de dizer que os Estados Unidos pretendem impor uma taxa de  20% sobre a importação de mercadorias do México para pagar a construção do muro na fronteira sul norte-americana com o território mexicano, o secretário de imprensa da Casa Branca convocou os repórteres para dar mais esclarecimentos sobre a informação anteriormente divulgada. Sean Spicer disse que o imposto era apenas uma opção em consideração para pagar o muro. O chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, também deu entrevista à imprensa esclarecendo o assunto. Segundo ele, a taxação das importações do México constitui apena uma em um "buffet" de opções.

A informação inicial de Sean Spice provocou uma drástica queda do peso mexicano. Quando, porém, ele afirmou que a taxação constituía apenas uma opção em estudo, o peso voltou a se recuperar.

México reafirma que não pagará por muro na fronteira com os Estados Unidos


O presidente do México, Enrique Peña Nieto, reafirmou que seu país não pagará pelo muro que o norte-americano Donald Trump ordenou que seja construído na fronteira. A informação é da Agência Ansa.

Leia também:

Em mensagem divulgada em rede nacional logo após Trump assinar o decreto que autoriza a construção do muro - uma das promessas de campanha mais controversas do magnata republicano -, Peña Nieto exigiu "respeito" dos Estados Unidos (EUA) com o México, "uma nação soberana".

"Lamento a decisão dos Estados Unidos de continuar a construção de um muro que, em vez de nos unir, divide", afirmou o mexicano, criticando o presidente norte-americano. "O México não acredita em muros, disse isso mais de uma vez. O México não pagará por nenhum muro", rebateu Peña Nieto. O presidente mexicano também anunciou que "analisará os próximos passos que tomará", baseando-se no resultado de reuniões de alto nível que devem ocorrer nos próximos dias em Washington com representantes dos dois governos.

Circulam boatos na imprensa mexicana de que Peña Nieto poderia até cancelar uma viagem oficial que tem agendada para terça-feira (31) aos Estados Unidos. Membros de seu gabinete, como o chanceler Luis Videgaray e o ministro da Economia, Ildefonso Guajardo, já estiveram em Washington e se encontraram com o gabinete de Trump.

O presidente tomou posse no último dia 20 de janeiro, após vencer as eleições de novembro contra a candidata democrata, Hillary Clinton. Durante toda a campanha eleitoral, ele prometeu construir um muro na fronteira com o México e endurecer as leis imigratórias nos EUA. Segundo analistas, o muro tem custo estimado em US$ 12 bilhões.

Trump já ameaçou confiscar remessas de mexicanos que vivem nos EUA, caso o país vizinho se negue a pagar pela obra. O muro teria 3.200 quilômetros (km) de extensão, sendo que 1.046 km seriam cobertos por cercas. A barreira passaria por Matamoros, Ciudad Juarez, El Paso e Tijuana.

Cerca de 11 milhões de pessoas vivem ilegalmente nos Estados Unidos


A ordem de execução, assinada nessa quarta-feira (25) pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para a conclusão de um muro que separe completamente a fronteira dos Estados Unidos (EUA) e do México repercutiu no mundo inteiro. A Agência Brasil apurou números sobre os imigrantes que vivem nos Estados Unidos sem documentação. Aproximadamente 11 milhões de pessoas de diferentes nacionalidades moram no país sem permissão legal.

Maioria entra com visto
Apesar da emblemática e famosa travessia terrestre pela fronteira entre os Estados Unidos e o México, mais da metade dos imigrantes sem documentação que vivem nos Estados Unidos entram por via aérea, geralmente com visto de turista. Depois de vencer o prazo de permanência no país, eles não retornam ao país de origem.

A estimativa do governo norte-americano é de que dos 11 milhões de pessoas sem documentação, pelo menos 6 milhões cheguem com visto pelos aeroportos. Nessa categoria se enquadra a maioria dos brasileiros que vivem nos EUA sem visto de permanência. Entram com visto de turista e não regressam dentro do prazo estipulado (em geral, seis meses).

Muro
O muro fronteiriço começou a ser construído entre os dois países desde 1994, sendo que atualmente já estão prontos 1.050 quilômetros. O projeto de Donald Trump prevê a construção de uma parte horizontal e outra feita por meios de valas. O custo total da obra será de US$ 8 milhões.

O muro do México deverá ter cerca de 1,6 mil quilômetros de comprimento. A fronteira tem, ao todo, 3,2 mil quilômetros, mas além da parte já construída (que será remodelada), existem barreiras naturais.

Corredor perigoso
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 6% dos imigrantes no mundo passam pela fronteira dos Estados Unidos com o México.

O governo mexicano estima que cerca de 160 mil pessoas atravessem a fronteira terrestre entre os dois países a cada ano. Mas a maioria dos que cruzam a fronteira não são de nacionalidade mexicana.

O corredor México-Estados Unidos é usado por pessoas que tentam imigrar de vários países, da América Central e também de pessoas de outros continentes que chegam legalmente ao México.

Depois dos atentados nas torres gêmeas em Nova York, em 2001, a fiscalização aumentou muito na região, mas ainda há pessoas que conseguem atravessar. A travessia é extremamente perigosa e cara. Os coiotes trabalham em conjunto com os cartéis do tráfico de drogas.

A Agência Brasil apurou, com a comunidade de imigrantes sem documentação que vivem em Atlanta, que o custo médio cobrado pela travessia varia, mas um imigrante pode pagar entre US$ 6 mil e US$ 10 mil para ser “guiado” entre a fronteira pelos coiotes.

Mortes e desaparecimentos
A área fronteiriça sobre influência de carteis de drogas também é cenário para outros crimes como abuso sexual, homicídios, sequestro e tráfico de pessoas. O número de pessoas que morrem na travessia é alta.

A cifra, no entanto, pode ser maior porque não há controle de quem passa, uma vez que a maioria busca rotas controladas por narcotraficantes. A maioria dos casos é registrada como desaparecimento. Foram 2.400 no ano passado. Estima-se que entre 60 e 80 pessoas morram por mês, na tentativa de atravessar a fronteira.

Em novembro do ano passado, o brasileiro Jefferson de Oliveira morreu quando tentava chegar aos EUA pelo México. Aos 20 anos, o mineiro deixou o país para viver e trabalhar nos Estados Unidos. O corpo dele foi encontrado perto do Rio Bravo, na fronteira.

Crianças na fronteira
Há inúmeros casos de crianças desacompanhadas na fronteira entre os Estados Unidos e o México, sobretudo na parte do Texas, segundo a patrulha norte-americana. Em 2016, foram detidos mais de 54 mil menores sozinhos e mais de 68 mil famílias na região.

Entre as crianças “solitárias”, há uma parcela que é nascida nos Estados Unidos e que viaja para o México a fim de visitar familiares que foram deportados ou mesmo para levar malas ao país. Também há registro de crianças perdidas que não conseguem concluir a viagem e nem regressar ou reencontrar os familiares.

As crianças na fronteira também são suscetíveis ao recrutamento pelos carteis de drogas e à exploração sexual.

Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Trump assina ordem para construção de muro na fronteira dos EUA com o México


Leia também:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordem executiva nesta quarta-feira (25) para dar início à construção de um muro ao longo da fronteira com o México, além de congelar recursos públicos para cidades que se negam a prender e a deportar imigrantes em situação irregular. As informações são da Agência France Presse.


A construção do muro é uma das mais polêmicas propostas da campanha eleitoral de Trump, que insiste em que o México pagará pela obra de alguma forma.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Trump deve assinar decreto para construção de muro na fronteira com o México


José Romildo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar nesta quarta-feira (25) decretos determinando a construção de um muro na fronteira com o México e estabelecendo barreiras para a entrada de refugiados sírios e imigrantes provenientes de países propensos ao terror. Com isso, o presidente transforma em realidade a mais polêmica promessa de sua campanha eleitoral, que é a construção do muro na fronteira sul do país. "Grande dia planejado para a segurança nacional, amanhã", disse Trump em mensagem no Twitter no fim da noite de ontem (24). "Entre muitas outras coisas, vamos construir o muro", acrescentou.

Leia também:

Os decretos devem ser assinados durante uma visita que Trump fará ao Departamento de Segurança Interna, em Washington. O muro será erguido de forma prioritária nos locais que fazem fronteira com cidades mexicanas, onde as autoridades locais se recusam a entregar aos Estados Unidos imigrantes ilegais para serem deportados e pessoas acusadas de transportar drogas para o mercado americano.

O presidente deverá reafirmar também, nesta quarta-feira, que a imigração está fora de controle e que a entrada de potenciais criminosos ameaça a segurança dos Estados Unidos. Os decreto devem restringir a entrada de imigrantes  originários do Iraque, Irã, da Líbia, Somália, do Sudão, da Síria e do Iêmen.

Quem pagará a obra
Donald Trump poderá ainda dar mais esclarecimentos sobre que país pagará pela construção do muro. Durante a campanha eleitoral, ele disse repetidamente que o "México pagará" a obra. Afirmou também que os Estados Unidos serão reembolsados pelo México para compensar o dinheiro a ser investido no muro com fundos do contribuinte americano.


Agência Brasil

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Trump chama jornalistas de "desonestos"



José Romildo
Em seu primeiro dia de trabalho como mandatário dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visitou a sede da CIA (Agência Central de Inteligência), no estado da Virgínia, onde fez um discurso criticando a cobertura da imprensa durante sua posse. Segundo Trump, os jornalistas estão "entre os seres humanos mais desonestos na terra".

No discurso, dia (21), Trump criticou o trabalho da imprensa em duas ocasiões. Primeiramente, ao acusar os jornalistas de terem criado um mal estar entre ele e os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Em seguida, disse que os jornalistas subestimaram deliberadamente o número de pessoas que compareceu à sua posse.

Em referência às notícias de que a multidão era inferior ao número de pessoas que esteve presente à posse de Barack Obama, há oito anos, o presidente disse que pelo menos 1,5 milhão de pessoas compareceram à festa que marcou o início de seu governo.

Os jornais dos Estados Unidos, porém, desmentiram essa afirmação com fotos tiradas de avião que mostram claramente que, na posse de Obama, o número de pessoas presentes era bem superior ao de Trump.

Mais tarde, na Casa Branca, Trump pediu que seu secretário de imprensa, Sean Spicer, reiterasse suas declarações. Em um briefing aos jornalistas,  Spicer demonstrou irritação com a cobertura dos jornalistas e repetiu as afirmações de que os jornalistas erraram a contagem sobre a multidão presente na posse de Trump. Ele acrescentou que a imprensa deliberadamente computou um número menor.


Agência Brasil

Donald Trump tem pela frente inúmeros desafios econômicos e sociais


Fabíola Sinimbú

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá à sua frente inúmeros desafios à frente da maior economia do planeta. Ele assumiu o cargo no mesmo dia do encerramento do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, onde, ao longo de quatro dias, autoridades de todo o mundo debateram a economia global e muitas das atenções se voltaram para os possíveis passos do novo mandatário americano.

Durante o fórum, foram muitos protestos e também manifestações de apoio à política protecionista e nacionalista de Trump. E, já em seu discurso de posse, o novo presidente deixou claro que pretende manter boas relações com as outras nações, mas que os Estados Unidos virão em primeiro lugar em seu governo.

Como presidente de um país que detém um PIB de quase 18 trilhões, sobre Trump recai a responsabilidade de levantar a economia norte-americana, que passa por um dos períodos de menor crescimento dos últimos anos. De acordo com os dados do Fundo Monetário Internacional, os EUA fecharam o ano de 2015 com um crescimento do PIB de 2,6%. O balanco econômico do ano de 2016 ainda não foi fechado, mas a estimativa é que o PIB tenha avançado apenas 1,6% e a projeção para 2017, de 2,3%, não é muito otimista.

Desemprego cai, mas desigualdade aumenta
Segundo uma pesquisa encomendada pelo Departamento de Trabalho da Casa Branca, a taxa de desemprego no país caiu consideravelmente em 2016, para 4,7%, no entanto, o número de pessoas que trabalham apenas meio período por razões econômicas ainda é grande. Elas somam 5,6 milhões de trabalhadores que gostariam de trabalhar em período integral, mas não têm oportunidade.

A média salarial por hora também cresceu nos últimos anos, atingindo 21,7 dólares em dezembro de 2016, mas a produção industrial caiu consideravelmente. Mesmo assim, encerrou 2016 com um crescimento de 0,5% no mês de dezembro, o primeiro desde 2014, de acordo com dados do Federal Reserve Bank, o Banco Central norte-americano.

Uma das bandeiras de campanha do novo presidente é uma reforma tributária na qual ele promete grandes cortes nos impostos de empresas e cidadãos. Outro foco de sua campanha, foi a melhoria e manutenção na infraestrutura.

Além desses desafios, a desigualdade social vem aumentando nos EUA consideravelmente. De acordo com dados divulgados recentemente pela Oxfam (organização que atua  na busca de soluções para a pobreza e a injustiça), a renda dos 50% mais pobres permaneceu inalterada, enquanto a do 1% mais rico da população aumentou 300% nos últimos 30 anos nos Estados Unidos.

De forma geral, o novo presidente ainda terá um longo caminho a percorrer para ganhar a confiança tanto da população americana como a do mercado financeiro e da comunidade internacional.


Agência Brasil

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook