O
presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assegurou nesta sexta-feira
(28) a integrantes da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês)
que eles têm um "amigo" na Casa Branca e prometeu que jamais agirá
contra o direito ao porte de armas. A NRA é o maior grupo de pressão favorável
à posse de armas no país, As informações são da agência EFE.
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"O
ataque dos últimos oito anos contra os seus direitos, protegidos pela Segunda
Emenda (da Constituição dos EUA), chegou a um final surpreendente. Vocês têm
agora um amigo na Casa Branca", afirmou Trump em discurso na convenção
anual da NRA em Atlanta, no estado da Geórgia.
"Eu
lhes prometo que, como presidente, jamais vou interferir no direito das pessoas
de possuir e portar armas. A liberdade não é um presente do governo, é um
presente de Deus", acrescentou Trump. Ele é o primeiro presidente a
discursar na reunião anual da NRA desde Ronald Reagan, em 1983, um fato que
Trump destacou com orgulho, enquanto lembrava o apoio público que recebeu da
NRA durante a campanha eleitoral do ano passado.
"Vocês
me apoiaram, e eu vou apoiá-los agora", disse o presidente, que neste
sábado (29) completa 100 dias no poder. Trump pediu aos presentes que se
mantenham "atentos" àqueles que querem atacar o direito de portar
armas. "Quando alguém proíbe as armas, [o resultado é que] apenas os
criminosos estarão armados", disse Trump, ao ressaltar que "a
propriedade responsável de armas salva vidas". Trump lembrou que, além
disso, seu governo "agiu rapidamente para restaurar algo que importa muito
aos proprietários de armas: a aplicação da lei", mediante apoio claro aos
policiais e agentes da ordem.
MS-13
O
presidente dos EUA destacou, em particular, a política de tolerância zero
declarada ao grupo Mara Salvatrucha (MS-13), uma organização criminosa que
surgiu nas ruas de Los Angeles, na Califórnia, e que ganhou força na América
Central, especialmente em El Salvador. "Sabem o que é a MS-13, não? As
coisas já não são agradáveis para eles. Vamos tirá-los daqui, não é verdade? Fora
daqui", disse Trump.
A
posição do presidente na questão do porte contrasta com a política adotada no
governo Barack Obama, que afirmou, em várias ocasiões, que uma de suas maiores
frustrações era não ter conseguido fazer nada para evitar a morte de inocentes
em episódios violentos envolvendo massacres com armas de fogo que ocorrem com
regularidade nos EUA.
Obama
promoveu, em 2013, medidas para o controle de armas, mas o Congresso sequer
aprovou a iniciativa que gerava mais consenso no país, a verificação de antecedentes
dos compradores, devido, em parte, à grande influência política da NRA.
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