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segunda-feira, 19 de junho de 2017

México diz que atos contra missão venezuelana na OEA ocorrem em "país livre"

O chanceler do México, Luis Videgaray, disse nesta segunda-feira (19) que a agressão verbal a diplomatas venezuelanos ocorrida no hotel sede da 47ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) são próprias de "um país livre." As  informações são da Agência EFE.

No hotel há "um perímetro" onde o evento é feito e dentro dele há "todas as condições de trabalho", mas os protestos são próprios de "qualquer país livre", onde "existem portas abertas para qualquer pessoa da Venezuela ou de qualquer outro lugar do mundo", disse Videgaray em uma entrevista à Agência EFE.

O vice-chanceler venezuelano para a América do Norte, Samuel Moncada, acusou no último domingo (18) o governo mexicano de ser "cúmplice" das agressões "verbais" e "ameaças" que recebeu de "extremistas" de seu país ao chegar ao hotel Moon Palace, sede da Assembleia Geral da OEA em Cancún.

Moncada, que também representa a Venezuela na OEA, explicou à EFE que o ativista Gustavo Tovar-Arroyo agrediu verbalmente a missão venezuelana e fez ameaças quando estavam na recepção do hotel, onde acontece de 19 a 21 de junho a assembleia anual do organismo interamericano.

"É um hotel grande, onde chega gente por vontade própria. Chegaram muitos venezuelanos e, certamente, não se pode impedir que estejam em áreas não restritas", especificou nesta segunda-feira o chanceler mexicano.

Videgaray lembrou que Cancún é um "destino turístico muito grande", e afirmou que para governo mexicano é importante a participação venezuelana nesta cúpula.
A Venezuela é um dos protagonistas da reunião de hoje, prévia à inauguração oficial, e será objeto de debate entre chanceleres que pretendem aprovar uma declaração conjunta sobre a situação no país.

Desde o último domingo, venezuelanos residentes no México protestam em vários pontos de Cancún para pedir à Assembleia Geral que intervenha e freie a "crise humanitária" em seu país.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Ted Cruz quer financiar muro com México com fundos do traficante "El Chapo"


O senador republicano pelo Texas, Ted Cruz, propôs nesta quarta-feira (26) financiar a construção do polêmico muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, proposto pelo presidente Donald Trump, com os fundos apreendidos do narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, atualmente preso em Nova Iorque.

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Cruz, ex-aspirante à candidatura presidencial republicana, disse hoje que as autoridades federais estão tratando de recuperar cerca de US$ 14 bilhões de supostos lucros obtidos pelo narcotraficante como chefe do cartel de Sinaloa.

"US$ 14 bi seriam mais do que suficientes para a construção do muro que manterá os EUA seguros e estancará o fluxo ilegal de drogas, armas e indivíduos através de nossa fronteira sul", disse Cruz em uma entrevista à emissora Fox.

Problemas
Apesar de sua insistência na construção do muro na fronteira, que a princípio disse que seria pago pelo México, Donald Trump enfrenta grandes dificuldades para cumprir com sua controversa promessa de campanha, entre elas os problemas para encontrar financiamento e a negativa de muitos congressistas a contribuir com fundos para isso.

O custo inicial estimado pelo magnata para a construção do muro era de cerca de US$ 8 bilhões, mas o cálculo hoje já passa de US$ 21,6 bilhões, segundo as últimas cifras do Departamento de Segurança Nacional dos EUA.

O traficante "El Chapo" foi extraditado do México para ser julgado nos Estados Unidos no último dia 19 de janeiro, poucas horas antes de o então presidente, Barack Obama, passar o poder a Trump.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

EUA podem taxar importações do México para custear construção de muro


José Romildo - Agência Brasil
Os Estados Unidos pretendem aplicar um imposto de 20% sobre todas as importações do México direcionadas para o mercado americano. Com a receita deste imposto, o governo norte-americano quer pagar os custos de um muro na fronteira sul do país com o México, segundo informou hoje (26) o secretário de imprensa da presidência, Sean Spicer. Conforme o secretário, o dinheiro a ser arrecadado é suficiente para levantar US$ 10 bilhões em apenas um ano.

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A ideia de taxar as mercadorias provenientes do México foi dada por parlamentares republicanos. O custo do muro, de acordo com o cálculo de alguns congressistas, pode alcançar entre US$ 14 bilhões e US$ 20 bilhões, o que significa que o imposto cobriria grande parte do valor do projeto.
Os parlamentares estão estudando outras propostas para cobrir o valor do muro, inclusive a possibilidade de imposição de uma taxa sobre operações das bolsas de valores americanas.

O valor das mercadorias importadas do México em 2015 alcançou US $ 296 bilhões. O México é o terceiro parceiro comercial dos Estados Unidos, depois do Canadá e da China.

Spicer afirmou que a instituição de uma taxa exigirá a aprovação de uma nova lei sobre o assunto. No entanto, o presidente Donald Trump tem a autoridade, em determinadas situações, de impor tarifas sobre as importações se considerar que os interesses dos Estados Unidos estão ameaçados.

A aprovação do imposto pode representar uma nova escalada de reclamações e desentendimentos entre os  dois países, após uma campanha eleitoral em que Trump se referiu aos mexicanos, em um discurso, como "estupradores" e insistiu que o país pagaria pelo muro.

No início deste mês, o ministro mexicano da Economia, Ildefonso Guajardo, alertou que um imposto de fronteira desencadearia conseqüências em todo o mundo e poderia gerar uma recessão global.

O anúncio de Spicer ocorreu horas depois que o presidente Peña Nieto cancelou uma visita programada à Casa Branca, um dia após Trump ter assinado uma ordem executiva para construção do muro.
Apenas uma opção

Horas depois de dizer que os Estados Unidos pretendem impor uma taxa de  20% sobre a importação de mercadorias do México para pagar a construção do muro na fronteira sul norte-americana com o território mexicano, o secretário de imprensa da Casa Branca convocou os repórteres para dar mais esclarecimentos sobre a informação anteriormente divulgada. Sean Spicer disse que o imposto era apenas uma opção em consideração para pagar o muro. O chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, também deu entrevista à imprensa esclarecendo o assunto. Segundo ele, a taxação das importações do México constitui apena uma em um "buffet" de opções.

A informação inicial de Sean Spice provocou uma drástica queda do peso mexicano. Quando, porém, ele afirmou que a taxação constituía apenas uma opção em estudo, o peso voltou a se recuperar.

Muro entre o México e EUA preocupa governo do Brasil, diz Itamarary


Paulo Victor Chagas - Agência Brasil
O governo brasileiro disse ver com “preocupação” a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a construção de um muro na fronteira com o México. Por meio de nota à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores criticou a iniciativa unilateral do governo norte-americano e pregou o diálogo para solução de problemas entre “povos amigos, como é o caso de Estados Unidos e México”.

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Nesta quinta-feira (26), o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, cancelou a viagem que faria ao país vizinho após Trump assinar uma ordem executiva autorizando as obras. O presidente dos Estados Unidos também defende que o México pague pela construção, o que Peña Nieto rechaça.

“A grande maioria dos países da América Latina mantém estreitos laços de amizade com o povo dos Estados Unidos. Por isso, o governo brasileiro recebeu com preocupação a ideia da construção de um muro para separar nações irmãs do nosso continente sem que haja consenso entre ambas”, informou o Itamaraty.

“O Brasil sempre se conduziu com base na firme crença de que as questões entre povos amigos – como é o caso de Estados Unidos e México – devem ser solucionadas pelo diálogo e pela construção de espaços de entendimento”, acrescentou o governo brasileiro no comunicado.

Após tomar posse na última sexta-feira (20), Trump vem anunciando uma série de medidas polêmicas, entre elas a saída dos Estados Unidos do Tratado Trasnpacífico de Comércio Livre e o endurecimento de regras de imigração.

Em dezembro, o presidente Michel Temer conversou com ele sobre o lançamento de uma agenda entre os dois países em prol do crescimento.

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