Certamente
que muitos dos agora atingidos pelo programa de desgoverno do temeroso, “Uma
Ponte para o Futuro”, como no caso dos caminhoneiros, devem lembrar-se de que também
foram usados como massa de manobra numa das tantas tentativas de derrubada o
governo anterior. Quem não se recorda que antes de conseguirem aprovar o
processo de impeachment contra a então presidente Dilma, artifícios como o de
os caminhoneiros fazerem greve geral, foram uma daquelas tentativas?
Em
audiência pública realizada hoje (9) na Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa do Senado, representantes dos caminhoneiros criticaram
o decreto presidencial que aumentou os tributos sobre os combustíveis, o que
está tornando inviável a atividade autônoma, e prometem intensificar os
protestos contra a medida.
Líder
do movimento dos caminhoneiros de Mato Grosso, Odilon Pereira da Fonseca,
classificou o decreto de “criminoso” e disse que a categoria não tem dinheiro
para rodar com os caminhões.
“Com
os três rodotrens [caminhão de nove eixos] que tenho rodando, se eu conseguir
colocar 12 viagens de Querência, no Mato Grosso, a Barcarela, no Pará, eu vou
pagar R$ 15.380 a mais, com três caminhões”, disse, acrescentando que a viagem
de 1.551 quilômetros de distância fica inviabilizada.
Sobre
o repasse do aumento para o valor dos fretes, Fonseca acredita que isso pode
impactar na inflação e no fornecimento de itens básicos para a população, como
alimentos. De acordo com a Agência Nacional de Transporte de Cargas
(ANTC), o aumento do imposto poderá refletir em alta de até 4% no preço do
frete. O combustível representa 40% do frete, conforme a agência.
“Nós
estamos falidos, não conseguimos honrar com nossas contas, as contas não
fecham. Nós queremos trabalhar e não queremos causar transtorno, mas no fim do
mês quero conseguir pagar minhas contas”, argumentou Rogério Alberto Reame,
líder da categoria de São Paulo.
Durante
a audiência convocada para discutir a situação do setor rodoviário, o
representante dos cegonheiros do Paraná, Wanderlei Alves, contou que a
mobilização da categoria contra o aumento teve início assim que o Ministério da
Fazenda anunciou a medida.
Desde
o dia 1° de agosto, grupos de caminhoneiros estão protestando com
bloqueios de trechos de rodovias. Manifestações foram registradas em São Paulo,
Minas Gerais, na Bahia, em Mato Grosso, em Santa Catarina, no Rio Grande do
Sul, em Goiás e no Espírito Santo, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.
Alves
argumentou que os organizadores dos protestos não estão bloqueando as rodovias.
“Estamos parando nas rodovias e convidando os caminhoneiros a participarem da
greve, ou o transporte dos caminhoneiros autônomos no país vai morrer. O Brasil
vai parar, porque ninguém vai conseguir transportar mais nada com o preço que o
combustível chegou”, disse, acrescentando que o litro do óleo diesel já está
sendo vendido a R$ 4 em algumas localidades no Norte do país.
Wanderlei
Alves cobrou apoio e posicionamento das entidades representativas dos
caminhoneiros, entre elas a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a
União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam).
"Vamos
intensificar os pontos de parada no país, tendo liminar ou não”, afirmou. As
lideranças estaduais informaram que a ideia é “parar o país até o final do
mês”.
Já
o presidente da Unicam, José Araújo da Silva, o China, discorda das
paralisações como forma de resolver o impasse. Ele disse que nunca participou
de uma greve de caminhoneiros porque acredita que o melhor âmbito de negociação
é no Congresso.
“Vamos
trabalhar aqui, porque aqui é a Casa onde podemos conseguir avançar.Eu não sou
omisso, mas eu sou um só para 27 estados e toda a legislação desse país. Se
pudermos, nós vamos falar com quem quer seja. Agora, eu não vou incentivar
“vocês têm que estar parando”. Nós vamos encontrar uma saída", argumentou.
Por
meio de nota, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) afirmou que
respeitará a decisão dos caminhoneiros que optarem pela greve, mas “solicita
que a manifestação seja feita em casa, com os transportadores deixando de
entregar suas cargas, e não bloqueando as rodovias”.
A
assessoria de imprensa da Abcanm informou que a entidade não participou da
audiência pública de hoje no Senado, porque não foi convidada.
Composta
por 54 entidades filiadas, incluindo sindicatos, associações e cooperativas, a
Abcam informou que representa os interesses de cerca de 500 mil caminhoneiros
autônomos em todo o país. A entidade está consultando as federações para
saber sobre adesão dos filiados aos protestos.
“Segundo
a análise feita pela entidade, a paralisação pode trazer um prejuízo muito
maior ao transportador, que além de perder um dia de remuneração, continuará a
arcar com a alta dos impostos. A solução encontrada é aumentar o frete em média
5%, passando o aumento do custo para o contratante”, diz a nota.
Aumento dos combustíveis
Para
compensar perdas com arrecadação e cumprir a meta fiscal de déficit primário, o
governo decidiu aumentar a alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes
sobre os combustíveis.
A
expectativa do governo é arrecadar mais R$ 10,4 bilhões com o aumento do
PIS/Cofins, de modo a conseguir cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$
139 bilhões para este ano.
todo mundo so olha o seu,imaginem quem dirige caminhao dos outros!
ResponderExcluirtenho um conhecido que era empregado ,comprou um caminhao velho.
hoje tem tres.
chorando de barriga cheia.
o Pre-sal e nosso
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