A
senadora Gleisi Hoffmann (PR), que é também presidente do PT, disse hoje (28)
que a ação penal contra ela na Lava Jato não passa de perseguição política, não
havendo provas de que recebeu recursos ilícitos. Ela deu as declarações
na saída de seu primeiro depoimento na condição de ré, no Supremo Tribunal
Federal (STF).
"Eu
sou vítima de perseguição política em razão da origem desse processo, com
Alberto Yousseff e seu advogado", disse Gleisi, referindo-se ao doleiro
que foi o primeiro delator da Lava Jato e seu defensor, Antonio Figueiredo
Basto, a quem acusa de ser ligado ao atual governador do Paraná, Beto Richa
(PSDB), adversário político da senadora.
Para
Gleisi, que nesta segunda-feira foi a primeira parlamentar a ser ouvida na Lava
Jato por um dos juízes auxiliares do ministro Edson Fachin, a denúncia
apresentada contra ela pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é
fruto de pressões da opinião pública.
"Eu
estou achando que tem um alto grau de politização desse processo e, quando eu
fui denunciada, meu processo foi um dos primeiros, tinha um alto grau de
politização e muita influência no Judiciário, incluindo o Ministério Público,
pela opinião pública. É um erro, então muitas questões não foram consideradas
ali", disse Gleisi.
"Eu
sou uma pessoa pública, tenho de responder pelos meus atos, não tenho problema
nenhum em relação a isso, agora, tenho de ser julgada dentro do devido processo
legal e não pelo calor da opinião publica", disse.
Na
ação penal, Gleisi e seu marido, o ex-ministro do Planejamento e das
Comunicações Paulo Bernardo, são acusados de terem recebido R$ 1 milhão em
recursos desviados da Petrobras por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal.
Em contrapartida, os políticos teriam atuado para manter o executivo no cargo.
"Não
tive contato com Paulo Roberto Costa, nunca tive ascendência na Petrobras,
nunca pedi para ele ficar no cargo e nunca facilitei ou dei condições para se
facilitar", afirmou Gleisi aos jornalistas que a abordaram do lado de fora
da sala de audiências. "Não há provas", disse.
Paulo
Bernardo também prestou depoimento nesta segunda-feira. Ele admitiu ter se
reunido com Paulo Roberto Costa em mais de uma ocasião, mas negou ter
solicitado qualquer vantagem indevida ou ter atuado para manter o executivo no
cargo. "Nunca movi uma palha", disse.
Após
o depoimento dos acusados, a ação penal entra em sua fase de alegações finais.
A expectativa é de que o caso seja julgado pela Segunda Turma do STF ainda
neste ano, tornando-se o primeiro processo da Lava Jato a ter um desfecho na
Corte.
rsrsrs a narizinho tem muita cara de pau....
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