O
presidente Michel Temer afirmou que tem “quase certeza absoluta” que a denúncia
feita contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não será
aceita pelo plenário da Câmara dos Deputados.
“Eu
tenho confiança [na base do governo no congresso]. Estou muito obediente ao
Congresso. Tenho esperança, quase certeza absoluta, de que teremos sucesso na
Câmara”, disse o presidente em entrevista à rádio BandNews, no final da tarde
de hoje (3).
Temer
afirmou ainda que a denúncia apresentada por Janot é “inepta” e que está
“animadíssimo” com os resultados do desempenho da indústria, conforme divulgados
hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Estou
animadíssimo. Estou cada vez mais animado porque na verdade estamos indo muito
bem. As reformas estão indo adiante, a inflação está caindo. Hoje a CNI
divulgou que aumentou 5,5% as vendas das fábricas, a capacidade instalada da
indústria está em 77,4% e, no comércio exterior, tivemos o melhor resultado de
junho da série histórica, desde 1989”, disse Temer.
O
presidente encerrou a entrevista afirmando que o Brasil não está parado e que o
governo tem certeza do que está fazendo. “O Brasil não para. Continua e temos
certeza do que estamos fazendo, no plano governamental e no plano ético e
moral”.
Denúncia
No
último dia 26, o procurador-geral da República denunciou o presidente Michel
Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva. A
acusação está baseada nas investigações iniciadas a partir do acordo de delação
premiada da JBS. A denúncia contra o presidente da República só pode ser
analisada pelo STF após a autorização da Câmara.
Antes
de ir ao plenário da Câmara, a denúncia será apreciada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
da Casa. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), afirmou que deverá
indicar o relator nesta terça-feira (4). A defesa de Temer deve apresentar
defesa à CCJ nesta semana.
Concluída
a fase na CCJ, o parecer será lido no plenário da Câmara. Para que a
Câmara autorize a investigação contra o presidente Michel Temer são necessários
os votos de, no mínimo, 342 deputados favoráveis à autorização, o que representa
dois terços dos 513 deputados. Se esse número for atendido, o STF está
autorizado a aceitar a denúncia. Caso não se atinja os dois terços, a
tramitação é interrompida enquanto ele estiver no exercício do mandato.
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