A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, encaminhou
hoje (24) à Procuradoria-Geral da República (PGR) o pedido da defesa do
presidente Michel Temer de acesso a sete gravações recuperadas pela Polícia
Federal (PF) na perícia feita no áudio da conversa gravada pelo empresário
Joesley Batista com o presidente em março, no Palácio do Jaburu.
Na
decisão, a ministra entendeu que o pedido dos advogados não tem urgência e deve
ser decidido pelo relator do processo, ministro Edson Fachin, após o fim do
recesso na Corte, que termina no dia 1º de agosto. Após o parecer da PGR, a
questão deve ser analisada por Fachin.
“Esta
circunstância demonstra que o pleito agora apresentado quanto ao acesso aos
dados não constitui novidade para a defesa, nem para ela poderia ser tida como
imprescindível, pelo menos de imediato, de modo a não se poder aguardar sequer
o retorno ao trabalho do ministro Edson Fachin, em férias neste mês, e cujo
retorno, como antes anotado, se dará antes da data aprazada inicialmente para o
compromisso da Câmara dos Deputados quando os dados buscados seriam
apresentados”, decidiu a ministra.
Ao
Supremo, os advogados alegam que sete gravações não foram juntadas ao inquérito
sobre o presidente após o trabalho pericial. Para Antônio Claudio Mariz,
representante de Temer, as gravações são necessárias para compor a defesa
durante a votação na Câmara dos Deputados, prevista para 2 de agosto, sobre o
aval da Casa para o prosseguimento da denúncia contra o presidente no Supremo.
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