A
Rede, o PSOL e o PSB entraram hoje (22) com representação junto ao Conselho de
Ética da Câmara contra o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por
quebra de decoro parlamentar. Loures foi citado em delação premiada do
empresário Joesley Batista, dono da JBS, homologada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). O parlamentar foi filmado recebendo R$ 500 mil enviados por
Joesley Batista. Na representação, os partidos pedem a cassação do mandato do
deputado.
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Pela
denúncia, o deputado aparece ainda em uma das conversas gravadas com Ricardo
Saud, ex-diretor de Relações Instituições da J&F, concordando em apresentar
uma prévia do relatório da Medida Provisória do Refis, que ainda não era
público. Na conversa, os dois falam sobre esconder o que a JBS queria no texto
incluindo os pontos como sugestão da Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carnes (ABIEC).
Posteriormente,
Rocha Loures teria sido filmado recebendo R$ 500 mil enviados por Joesley
Batista. Loures é apontado como intermediário do presidente Michel Temer para
assuntos do grupo J&F com o governo, de acordo com denúncia do Ministério
Público Federal (MPF) com base em áudio de conversa gravada por Joesley.
Em
razão disso, Rocha Loures teve a prisão pedida pela Procuradoria-Geral da
República (PGR). O ministro Edson Fachin, do STF, negou a prisão do aliado de
Temer, mas decretou seu afastamento do mandato.
Segundo
a representação, as “ações realizadas por Rocha Loures, no âmbito do esquema de
corrupção investigado, que transcendem o simples papel de ‘mula’ do presidente
Michel Temer.”
O
deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse que a conduta é incompatível com o
decoro parlamentar e enseja a cassação do mandato. Caberá ao presidente do
conselho, Elmar Nascimento (DEM-BA), fazer o sorteio de três membros do
colegiado para relatar o processo, entre aqueles que não são do mesmo partido
dos representantes ou do representado, nem do mesmo estado.
O
relator escolhido dará, então, um parecer inicial sobre a continuidade ou não
das investigações. “Nosso Código de Ética proíbe claramente obter vantagens
indevidas para si ou para outrem no exercício do mandato. Isso está claramente
configurado”, disse Molon.
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Dag Vulpi