O
plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar se presidente da
República pode ser investigado por acusações ocorridas antes de assumir o
mandato. A questão foi definida após decisão do ministro Luiz Fux, que enviou
para a deliberação do colegiado uma ação na qual o PDT pede que a Corte diminua
a imunidade ao chefe do Executivo. Ainda não há data para o julgamento.
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Na
ação, o PDT defende que o Supremo deve dar interpretação à Constituição para
garantir que o presidente da República pode ser investigado durante o mandato,
mas não pode ser alvo de ação penal por crime comum.
De
acordo com o Artigo 86 da Constituição, “o presidente da República, na vigência
de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício
de suas funções”.
Para
a Procuradoria-Geral da República (PGR) a norma impede a investigação do chefe
do Executivo. No entanto, advogados do partido sustentam que a investigação
feita pela polícia não pode ser considerada como responsabilização.
“Na
verdade, é somente com a adoção de providências investigatórias que será
possível preservar eventuais elementos de prova indispensáveis à comprovação de
delitos comuns, sem relação com o mandato presidencial, inclusive anteriores,
mas que só poderão ser processados no futuro”, argumenta o PDT.
O
próximo passo do processo serão as manifestações da Advocacia-Geral da União
(AGU) e da PGR. Os órgãos deverão enviar ao STF as informações no prazo de
cinco dias.
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