Pelo
terceiro dia consecutivo, manifestantes se reuniram hoje (6) em frente ao
edifício onde mora o ex-ministro José Dirceu, no bairro Sudoeste, em Brasília.
O ato começou por volta das 18h, convocado pelo movimento Rua Brasil e Bloco
Brasil, e reuniu cerca de 20 pessoas, que batiam panelas e gritavam ofensas ao
ex-ministro.
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A
Polícia Militar (PM) foi acionada para acompanhar o protesto. A PM recebeu
chamada de morador incomodado com o barulho. Foi feito um acordo com os
manifestantes para o ato acabasse às 20h.
Segundo
moradores e funcionários do edifício, Dirceu saiu de casa por volta das 10h e
não retornou. O apartamento permaneceu com as luzes apagadas. O ex-ministro
teria se mudado hoje (6). Procurado, o advogado de Dirceu, Roberto Podval, não
confirmou a informação.
Tornozeleira
Manifestações
ocorrem no local desde quinta-feira (4) quando o ex-ministro José Dirceu chegou
a Brasília, onde permanecerá sendo monitorado com o uso de tornozeleira
eletrônica. Dirceu estava preso no Complexo-Médico Penal de Pinhais, na região
metropolitana de Curitiba, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, desde
2015.
Em
maio do ano passado, José Dirceu foi condenado a 23 anos de prisão pelos crimes
de corrupção e lavagem de dinheiro. Na sentença, Moro manteve a prisão preventiva.
Posteriormente, o ex-ministro da Casa Civil teve a pena reduzida para 20 anos e
10 meses. Ele foi acusado de receber mais de R$ 48 milhões por meio de serviços
de consultoria, valores que seriam oriundos de propina proveniente do esquema
na Petrobras.
A
soltura foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (2),
durante julgamento da Segunda Turma da Corte, que aceitou pedido de habeas
corpus feito pela defesa de Dirceu.
Os
advogados sustentaram que o ex-ministro estava preso ilegalmente e que ele deve
cumprir medidas cautelares diversas da prisão. Os advogados também argumentam
que Dirceu não oferece riscos à investigação por já ter sido condenado e a fase
de coleta de provas ter acabado.
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