O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli será o relator dos
novos pedidos de liberdade baseados na decisão que libertou o ex-ministro José
Dirceu. Os recursos foram encaminhados para o gabinete de Toffoli pelo fato de
o ministro ter proferido o primeiro voto a favor da soltura, na votação da
terça-feira (2).
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Com
a mudança, os pedidos de liberdade de acusados que foram citados no processo
envolvendo Dirceu serão julgados por Toffoli, e não pelo relator da Lava Jato
no Supremo, Edson Fachin.
A
mudança foi justificada pelo STF com base no regimento interno da Corte.
A norma diz que o relator será substituído pelo ministro que proferiu o
primeiro voto divergente para julgar questões posteriores ao julgamento.
No
julgamento de Dirceu, além de Toffoli, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski votaram pela soltura. Celso de Mello e Fachin foram contra a
concessão do habeas corpus.
Dessa
forma, Toffoli vai relatar pedidos de liberdade dos empresários Eduardo
Aparecido de Meira e Flávio de Oliveira Macedo, que foram presos no mesmo
processo a que Dirceu responde na 13ª Vara Federal da Justiça Federal de
Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro.
A
mudança ocorre no momento em que Edson Fachin tenta obter apoio da Corte para
manter as prisões na Lava Jato. Fachin é relator das ações da operação no
colegiado e foi derrotado na terça-feira (2), por maioria, na votação que
concedeu liberdade ao ex-ministro José Dirceu. Antes da decisão que beneficiou
Dirceu, os empresários José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Claudio
Genú foram soltos por decisão da Turma.
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