Funcionários
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fizeram hoje
(12) um ato de solidariedade aos colegas conduzidos coercitivamente pela
Polícia Federal (PF) para prestarem depoimento na Operação Bullish, que
investiga irregularidades em aportes de R$ 8,1 bilhões da BNDES Participações
(BNDESPar) ao grupo JBS. Os funcionários criticam o uso da condução coercitiva,
quando a pessoa é levada para prestar depoimento.
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Após
reunião interna entre os funcionários e a diretoria do banco, membros da
associação externaram solidariedade aos colegas alvos da operação, que
consideram serem “vítimas de arbitrariedade”.
Segundo
o presidente da Associação de Funcionários do BNDES (AFBNDES), Thiago
Mitidieri, não era necessária a adoção de condução coercitiva e nada desabona o
corpo funcional. “O funcionário do BNDES não tem nada a esconder. Todas as
informações que foram perguntadas, a gente vai fornecer isso”, disse,
acrescentando que entre os levados para depor está uma funcionária com 39
semanas de gestação.
Para
Mitideri, o banco deve se posicionar e a sociedade precisa entender que os
funcionários do banco são sérios, éticos e têm compromisso com o
desenvolvimento do país.
A
Operação Bullish investiga que o BNDES tenha favorecido a JBS, da qual a
BNDESPAR detém 21%, com aportes efetuados no período de 2007 a 2011, que
somaram R$ 8,1 bilhões, para compra de empresas do setor frigorífico.
Em
nota divulgada mais cedo, o BNDES informou que está buscando informações sobre
a operação da PF e dando apoio aos seus empregados. “O BNDES colabora com as
autoridades na apuração. A presidente Maria Silvia Bastos Marques está em
compromisso em Brasília, retornando ao banco nas próximas horas. O BNDES fará
novo pronunciamento até o fim do dia”, diz o texto.
A
Polícia Federal informou que não irá se manifestar sobre a operação.
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