O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (12) que se a reforma da
Previdência entrar em vigor com as regras do relatório aprovado na comissão
especial da Câmara não serão necessárias outras mudanças em décadas.
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De
acordo com Meirelles, a reforma feita nos termos do atual relatório é
suficiente para garantir uma economia de R$ 600 bilhões em 10 anos, cerca de
75% do previsto na proposta original do governo, de R$ 800 bilhões.
“É
um número que está dentro das nossas expectativas. Outra reforma não seria
necessária nos próximos anos, com este projeto como está aprovado”, disse o
ministro em entrevista após participar da posse da nova diretoria da Câmara de
Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), no Hotel Copacabana Palace.
Mesmo
com a perspectiva positiva, Meirelles destacou que tudo depende do crescimento
do Brasil, da situação fiscal e da evolução demográfica nos próximos anos.
Segundo o ministro, a reforma atende às necessidades do país, mas se houver
mudanças significativas no texto no plenário a situação será diferente. “Vai
depender de uma série de favores, mas se for aprovada como está, acreditamos
que esta reforma pode tornar desnecessária outra reforma por algumas décadas.”
O
governo avalia que não haverá novas demandas dos parlamentares por mudanças no
texto. “A nossa expectativa é que não, porque o momento a discussão se dá
exatamente na confecção e na aprovação do relatório na comissão especial e essa
fase já passou”, afirmou Meirelles.
Calendário
O
ministro da Fazenda espera que a Câmara vote a reforma ainda em maio para que o
texto siga para análise do Senado. No entanto, como o tema é complexo,
Meirelles diz que não haverá prejuízo significativo se a votação dos deputados
ficar para junho ou até para agosto, após o recesso parlamentar.
Segundo
ele, a reforma da Previdência é aguardada há décadas e não faria diferença
esperar mais dois ou três meses. O ministro ponderou, no entanto, que para a
recuperação do nível de confiança na economia brasileira e da atividade este
ano, quanto mais cedo as mudanças forem aprovadas, melhor.
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