O
ex-assessor da Secretaria Estadual de Obras do Rio de Janeiro Wagner Jordão
Garcia, preso desde novembro do ano passado na Operação Calicute, um
desdobramento da Lava Jato, chorou e pediu perdão ao juiz Marcelo Bretas
durante audiência na 7ª Vara Federal Criminal, nesta quinta-feira (4).
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Acusado
de recolher propina para o ex-secretário de Obras Hudson Braga, Garcia
reconheceu ter errado e reclamou das condições da prisão no Complexo
Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
“Vai
fazer seis meses que estou na penitenciária, convivendo com barata e rato todo
dia. Eu sei que cometi um crime e quero pedir perdão, até ao povo do Rio de
Janeiro. Vou fazer um pedido: me deixe em prisão domiciliar. Eu nunca quis
fugir”, desabafou Garcia, aos prantos.
Segundo
o Ministério Público, o ex-assessor era responsável por pegar das empresas a
chamada “taxa de oxigênio”, de 1% do valor dos contratos. Bretas disse, ao
final da audiência, que o pedido de Garcia precisa ser apresentado por sua
defesa, por meios apropriados.
O
juiz também ouviu nesta quinta-feira o empresário do ramo hoteleiro em Angra
dos Reis Carlos Jardim Borges; o ex-assessor de Sergio Cabral Luiz Carlos
Bezerra e o empreiteiro Luiz Paulo Reis. Na próxima quarta-feira (10), a
ex-primeira-dama Adriana Ancelmo deverá prestar depoimento a Bretas.
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