O
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou nesta
terça-feira (25) que quer reforçar a equipe de seu gabinete para poder lidar
com o grande número de inquéritos criminais relativos à Lava Jato.
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Somente
este mês, foram abertos no STF 76 novos inquéritos ligados à operação, que se
somam a outras 37 investigações contra políticos e mais cinco ações penais que
se acumulam no gabinete de Fachin, sem contar os outros milhares de processos
não relacionados à operação.
Os
ministros do STF costumam ter dois juízes auxiliares em seus gabinetes. Devido
à Lava Jato, atualmente Fachin conta com três magistrados auxiliares para
ajudar no encaminhamento dos processos. “Estou
vendo com a presidente [do STF, ministra Cármen Lúcia] a possibilidade da
convocação de um quarto auxiliar”, afirmou Fachin.
O
ministro Ricardo Lewandowski, no entanto, defendeu que qualquer aumento na
equipe que trabalha na Lava Jato seja decidido por todos os ministros do STF,
em uma reunião administrativa da Corte. “Quando
houve o aumento de um juiz para o ministro Teori Zavascki, esta matéria foi
decidida em sessão administrativa”, recordou.
Abordado
sobre o assunto, o ministro Marco Aurélio voltou a manifestar sua discordância
com o uso de juízes auxiliares no STF. “Com esforço, a estrutura do Supremo é
suficiente para tocar a Lava Jato”, disse.
Redistribuição
Fachin
disse ainda nesta terça-feira que deve revelar em breve quantos dos 76 novos
inquéritos da Lava Jato devem ser redistribuídos a outros ministros do STF. “Eu farei esse exame e (depois) darei esse
dado”, disse.
Pouco
depois da abertura dos processos, os advogados de algumas pessoas que são alvos
de inquérito – incluindo os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e
o das Cidades, Bruno Araújo – solicitaram a redistribuição dos processos,
argumentando que os fatos investigados não possuem relação com o esquema de
corrupção na Petrobras.
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