O novo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, disse hoje
(12) que apoiará a Operação Lava Jato e incentivará o combate à
corrupção. "Combate total à corrupção. A Lava Jato hoje é o símbolo
desse combate à corrupção", afirmou Moraes a um grupo de jornalistas,
após participar da cerimônia de posse do presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes.
"Se é que é possível melhorar a operação, ampliar com mais celeridade,
mais efetividade, se é que é possível, é uma belíssima operação, com
muita estratégia", acrescentou.
A pasta comandada por Moraes incorporou o Ministério das Mulheres, da
Igualdade Racial e Direitos Humanos, que foi extinto. O ministro deixou
a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para assumir a pasta.
Algumas controvérsias envolveram a gestão.
Em janeiro, Moraes foi
alvo de críticas de movimentos sociais após negar abusos da Polícia
Militar na dispersão de manifestantes em protestos contra o aumento de
passagens na capital paulista. Na ocasião, os manifestantes foram
encurralados pela tropa de choque. Diversas imagens publicadas em redes
sociais mostraram cidadãos e jornalistas sendo agredidos por policiais.
Perguntado
sobre as críticas que recebeu, o ministro negou: "Não fui bastante
questionado não. São dois, três jornalistas que questionam, não a
população". Diante da insistência na pergunta, questionou: "Qual
movimento social? Me diga um."
"Como todo movimento social, o MTST
[Movimento dos Trabalhadores sem Teto] tem todo o direito de se
manifestar. Mas o MTST, ABC ou ZYH serão combatidos a partir do momento
em que deixam o livre direito de se manifestar para queimar pneus,
colocar em risco as pessoas, que são atitudes criminosas", adiantou.
Em
seu discurso de posse na secretaria, Moraes defendeu o uso de balas de
borracha por policiais no controle de multidões. O recurso chegou a ser
proibido por uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo,
mas que acabou vetada pelo governador Geraldo Alckmin.
Outro tema
que gerou fortes críticas de juristas e especialistas foi a decisão da
secretaria, que, em fevereiro, resolveu tornar sigilosos por 50 anos
todos os boletins de ocorrência registrados pela polícia em São Paulo.
Foram classificados como secretos também os manuais e procedimentos da
Polícia Militar paulista. A decisão foi assinada por Geraldo Alckmin.
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