O relator da
Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), disse
há pouco, depois de reunião com a bancada do seu partido, estar “tranquilo” e
“sem pressa” para a leitura do seu parecer na Comissão Especial do
Impeachment. A sessão para apresentação do texto começou há pouco, mas o
relator ainda não começou a leitura.
Arantes disse
que não repassou para os colegas de partido detalhes do seu voto, nem a
conclusão do seu parecer. “Os colegas podem dizer o que quiser, cada um diz o
que quer. Mas o meu voto só será lido agora no plenário.”
Próximo à sala
que a comissão especial está reunida, 20 representantes da União Nacional dos
Estudantes (UNE) protestam contra o pedido de impeachment da
presidenta Dilma Rousseff. De acordo com a estudante de direito da Universidade
Federal de Mato Grosso e diretora da UNE Daniela Veiga, a entidade “se mudou”
para Brasília para tentar convencer deputados indecisos a votar contra o
impedimento da presidenta.
Um grupo de
pessoas favoráveis ao impeachment também tentou entrar na sala da
comissão, mas foi barrado.
O parecer de
Arantes tem cerca de 130 páginas. Após a leitura, os parlamentares da comissão
poderão de manifestar. A expectativa do presidente do colegiado, deputado
Rogério Rosso (PSD-DF), é concluir o debate até a próxima segunda-feira (11),
incluindo trabalho no fim de semana.
Pelo Regimento
Interno da Casa, cada um dos 130 integrantes da comissão (65 titulares e 65
suplentes) tem direito a se pronunciar por 15 minutos e deputados que não são
membros do colegiado podem se inscrever para falar por 10 minutos.
Se o andamento
do debate ultrapassar o prazo de cinco sessões plenárias após a entrega da
defesa de Dilma, pode haver brecha para contestações na Justiça.
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