O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou pedido do deputado federal
Weverton Rocha (PDT-MA) para que a Corte definisse a sequência de votação do
processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O parecer favorável à
abertura do processo contra a presidenta foi aprovado na comissão especial da
Câmara e deve começar a ser votado na sexta-feira (15), no plenário da Casa.
Na decisão, o
ministro Edson Fachin argumentou que o Judiciário não pode interferir em
questões internas do Congresso. "Não cabe ao Poder Judiciário determinar,
preventivamente, ao presidente da Câmara dos Deputados qual é a melhor forma de
se interpretar o Regimento Interno dessa Casa Legislativa, especialmente se tal
receio surge apenas de matérias jornalísticas que noticiam uma possível
interpretação. Descabe, portanto, na hipótese, a intervenção do Poder
Judiciário.", decidiu.
Mais cedo, o
deputado Weverton Rocha entrou com mandado de segurança no Supremo para
garantir que a votação fosse de forma alternada entre as bancadas dos estados
do Norte e do Sul do país. O parlamentar pretendia evitar que a votação fosse
iniciada pelos deputados de estados do Sul, conforme pretende o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Caso o pedido não fosse atendido, Weverton
Rocha propôs que fosse determinada a votação por ordem alfabética dos
deputados.
Para Weverton
Rocha, as regras da votação devem ser decididas antecipadamente e seguir o que
foi feito na votação do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992.
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