Mais uma vez o
apresentador jornalístico da Globo, senhor William Waack, erra ao tentar induzir o seu público a
acreditar que a presidente da Republica iria barganhar cargos públicos, mais
precisamente ministérios, em troca de votos na votação do impeachment.
O apresentador que ancora o programa por detrás de uma bela mesa de vidro, sentado numa confortável cadeira, fez questão de levantar-se no momento em que convidou o jornalista Heraldo Pereira para trazer as noticias que foram destaque em Brasília. Com um ar debochado e uma frase feita. “Heraldo, parece que a presidente não está medindo esforços para se manter no poder. É isso?” Foi dessa forma que ele “vendeu” a falsa noticia de que a presidente Dilma estaria trocando cargos por votos.
Indo na contramão
do que afirmara o global, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (5) que o
Palácio do Planalto não pretende fazer qualquer reestruturação ministerial
antes do processo de votação do impeachment na Câmara dos Deputados.
“Nós não iremos mexer em nada atualmente. O governo não está avaliando nenhuma
mudança hoje”, afirmou, após conhecer, na Base Aérea de Brasília, a aeronave
KC-390, novo avião cargueiro projetado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Perguntada se
considera como precipitada a saída do PMDB do governo, Dilma respondeu que não
avalia “ação de partido nenhum”, sequer a de sua legenda, o PT. “Eu não faço
avaliações sobre ações partidárias, porque isso não é algo adequado para uma
presidenta da República fazer”.
No final de
março, o PMDB, que era o principal partido da base aliada, decidiu deixar de
apoiar o governo. O partido ocupa atualmente seis ministérios no governo Dilma.
Sobre a
sugestão do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) de antecipar as eleições
presidenciais para outubro, Dilma afirmou que é uma proposta. “Não rechaço nem
aceito. É uma proposta. Convence a Câmara e o Senado a abrir mão de seus
mandatos?”, disse, em referência aos mandatos dos parlamentares.
Defesa
na Câmara
Em relação à
defesa do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentada ontem (4),
na Comissão do Impeachment da Câmara, Dilma afirmou concordar “integralmente”
com os argumentos. “Acho lamentável essa questão em relação aos decretos
[suplementares] assim como as chamadas pedaladas fiscais. Acho que qualquer
tentativa de transformar isso em tentativa de impeachment é golpe. É
golpe porque não tem base legal”, reiterou.
Instabilidade
política
A presidenta
voltou a dizer que sem estabilidade política fica muito difícil conseguir a
recuperação da economia e a geração de empregos. Segundo Dilma, a oposição tem
criado instabilidade desde que assumiu o segundo mandato com as pautas-bomba.
“Tem uma [pauta-bomba] transitando no Congresso. É uma pauta-bomba de
hidrogênio, porque ela tem um impacto de R$ 300 bilhões ao transformar os juros
das dívidas dos estados em juros simples. Quem é aqui que consegue um
empréstimo com juros simples? Nenhum de vocês”, afirmou aos jornalistas.
“É público e
notório no Brasil que tem um pessoal que torce para o quanto pior melhor. Pior
para a população e melhor para eles que querem encurtar o caminho do poder.
Nenhum governo conseguirá governar o Brasil se não tiver um pacto pelo diálogo,
pela estabilidade política”, destacou, encerrando a entrevista dizendo que o
governo está “inteiramente disposto a abrir o diálogo”.
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