Começa hoje
(1º) o desligamento das 21 usinas termelétricas com preço de geração de energia
superior a R$ 250 por megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão
a adotar a cor amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100
quilowatt-hora (kWh) consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de
abril, quando será adotada a bandeira verde.
O sistema de
bandeiras foi criado com o objetivo de informar mensalmente ao consumidor se a
energia consumida por ele está mais cara ou mais barata. Com a melhora da
situação dos reservatórios das hidrelétricas e a entrada de energia nova no
sistema – caso, por exemplo, da fornecida pelas usinas de Belo Monte, Jirau e
Santo Antônio – foi possível iniciar os desligamentos das termelétricas com
custo mais caro de geração.
A decisão
levou em conta também o comportamento de carga, influenciado pela redução de
consumo. Apesar do cenário mais favorável, a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) mantém o alerta para que os consumidores façam uso eficiente
de energia, de forma a combater os desperdícios e a evitar um futuro retorno às
bandeiras vermelha ou amarela – o que implicaria a volta da taxa extra.
Ao fazer, em
25 de abril, o anúncio do desligamento, previsto para abril, das termelétricas
com custo acima de R$ 211 por MWh, o ministro de Minas e Energia, Eduardo
Braga, disse que a adoção da bandeira verde deverá resultar em redução média
entre 6% e 7% na conta de luz.
Até o final de
abril, 5 mil MW gerados pelas térmicas terão sido desligados do sistema, o que
representará economia total de R$ 10 bilhões ao ano. Segundo Braga, mantida a
previsão positiva da situação hidrológica, mais 2 mil MW gerados em usinas
térmicas poderão ser desligados nos próximos meses.
Também entram
hoje em vigor as novas regras da resolução que estabelece o Sistema de
Compensação de Energia Elétrica. Por meio desse sistema, é possível que o
consumidor instale pequenos geradores (painéis solares fotovoltaicos,
microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis) em sua unidade
consumidora e troque energia com a distribuidora local, de forma a reduzir os
gastos com energia elétrica.
Ao simplificar
a norma, a Aneel estima que até 2024 mais 1,2 milhão de consumidores passem a
produzir sua própria energia – o que equivaleria a uma potência instalada de
4,5 gigawatts.
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